Acusmática

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Música acusmática é um género de música que se projeta ou se compõe em estúdio e, posteriormente, se difunde em concerto utilizando-se, exclusivamente, de equipamento de reprodução de som e alto falantes, excluindo-se, assim, completamente, totalmente o intérprete como elemento presente. Ela é difundida em concerto através de dispositivos de amplificação e reprodução que privilegiam o preenchimento, a espacialização e a projeção da música na sala: este trabalho é a sua interpretação.

Uma música acusmática é uma música onde não há contato visual algum dos executores com os ouvintes, não se visualiza a origem dos sons. Portanto, uma música gravada e criada em estúdio para concertos onde se cria o efeito espacialidade com diversos alto-falantes, o que podemos chamar hoje de efeito sorround. O Termo acusmático surgiu da filosofia grega, era empregada pelos alunos de Pitágoras, que ouviam suas aulas escondidos atrás de uma cortina, sem ver a fonte sonora, da mesma forma que em um concerto eletroacústico.

É importante notar que nem toda música produzida em estúdio e depois difundida por altifalantes se caracteriza como acusmática, pois os critérios para defini-la também são estéticos. Entre eles estão: o uso de todos os tipos de sons, inclusive ruídos e sons "não musicais"; geralmente é apresentada em concertos; possui um profundo interesse investigador pelo evento sonoro.

O movimento de músicos que se denominaram músicos acusmáticos foi mais forte nas décadas de 60 e 70, principalmente pelo compositor François Bayle, sucessor de Schaeffer.