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Antônio Fernandes Mendes

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Antônio Fernandes Mendes
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Antônio Fernandes Mendes
Nome completo Antônio Fernandes Mendes
Pseudônimo(s) Antônio Bakunin, Antônio Cearense
Conhecido(a) por Tomio Kikuchi, Roberto das Neves, Ricardo Líper
Nascimento 21 de outubro de 1936
Quixeramobim, CE
Morte 19 de agosto de 2015
Salvador, BA
Nacionalidade brasileiro
Alma mater
Ocupação anarquista, fitoterapeuta, autodidata
Principais interesses anarquismo, autogestão, ação direta, mutualismo, fitoterapia, macrobiótica, agroecologia, permacultura, método paulo freire
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Antônio Fernandes Mendes também era conhecido como Antônio Bakunin [1](Quixeramobim, 21 de outubro de 1936 - 19 de agosto de 2015, Salvador) foi autodidata, conhecedor profundo das ervas medicinais, fitoterapeuta, anarquista, cordelista.[2][3][4][5][6]

Biografia[editar]

Antônio Fernandes Mendes, nasceu em Quixeramobim, Ceará, em 21 de outubro de 1936, numa fazenda chamada Jurema, à 22 km da cidade, as margens do Rio Quixeramobim. Antônio pertence ao clã de Antônio Vicente Mendes Maciel (mais conhecido como Antônio Conselheiro). Foi uma das vítimas da ditadura militar, vivenciou a seca no Ceará de 1941 à 1943, viu sendo instalado em sua terra natal duas grandes bases aéreas e convocação de jovens para servir o exército para a guerra.

Fundou o Sindicato de trabalhadores rurais, em 1960, realizando um intenso trabalho de alfabetização através do Método Paulo Freire. Antônio, foi adepto da permacultura e da agroecologia, durante a muitos anos, praticou a macrobiótica, Do In e outras terapias alternativas.

Em Salvador, no bairro periférico Valéria implantou o projeto "Horta Natureza", que abasteceu os restaurantes macrobióticos e naturais. Antônio, se envolveu na luta pela preservação da floresta de Pirajá, assim passando a acompanhar os movimentos em defesa do Parque São Bartolomeu e da Reserva Florestal, antigo manancial de abastecimento d'água da cidade de Salvador e que, hoje tem sua área ameaçada de degradação pelo intenso crescimento urbano.[7][8]

Exploração dos ricos e a sêca[editar]

Os ricos exploravam, quanto aos pagamentos da mão de obra feita por Antônio Fernandes Mendes e outros que trabalhavam com ele na produção agrícola, havia também a privação de alimentos pela sêca e a guerra.

Briga da família Mendes Macieis com os Araújos[editar]

Segundo Antônio, a família dele tinha uma briga com os ricos da família Araújo, esse conflito durou 150 anos de lutas com muitas mortes dos familiares dele. O Miguel Carlos Mendes Maciel matou 21 pessoas da família Araújo e foi morto por gente da família Araújo, a irmã de Miguel Carlos Mendes Maciel, Helena Carlos Mendes Maciel[9] continuou vingando as mortes da família, ela era prima legítima[10] de Antônio Conselheiro.[11][12]




Alfabetização[editar]

Antônio Fernandes Mendes, aprendeu a ler as primeiras letras com uma das tias chamada Conceição (irmã do pai), ganhou o primeiro livro de presente pelo pedreiro (que ele considera como mestre), Zé Pretinho.

Clandestinidade[editar]

Antônio Fernandes Mendes, ajudou a criar e a fundar diversos sindicatos no Ceará, de forma clandestina. Ajudou diversos camponeses a aprenderem a ler e a escrever através do Método Paulo Freire (também de forma clandestina).[13]

Ditadura militar e civil[editar]

Antônio Fernandes Mendes, foi uma das vítimas da ditadura militar e civil, teve que se refugiar da cidade natal para o Sul e depois foi descendo para o nordeste brasileiro, passando a morar na Bahia, a partir de meados da década de 1970.

Ainda no Ceará, Antônio tinha um acervo que contava com mais ou menos 1.200 (mil e duzentos) livros, mais 6.000 (seis mil) livros de cordéis que ele tinha publicado contando a história dos camponeses no nordeste brasileiro.

Ele conta que "com o golpe da burguesia e dos militares eu tive que me refugiar clandestinamente". A família enterrou 6.000 (seis mil) cordéis e retirou 600 livros e mandaram clandestinamente para uma fazenda de um de seus irmãos. Segundo Antônio, chegou um portador da cidade de Quixeramobim para avisá-lo que o exército e a polícia federal estavam a procura dos livros, então levaram nas costas de um jegue os livros e queimaram, os cordéis que se encontravam enterrados se perderam, porque penetrou água, segundo Antônio "os cordéis que foram enterrados penetrou água rompeu o plástico que envolvia os papéis eram tipo papel de jornal, apodreceu todos".[14]

Anarquismo[editar]

Com a leitura do livro A Grande Revolução Francesa, de Michelet; A filosofia da Miséria, de Pierre-Joseph Proudhon e a leitura do livro A Revolução Francesa, de Piotr Kropotkin, publicado pela editora Progresso, em 1947, dois volumes, Antônio passou a identificar-se como anarquista. Com a leitura do livro Anti-cristo, de Nietzsche; O Assassinato de Cristo, de  Wilhelm Reich, dentre outras leituras, Antônio passou a identificar-se como ateu.


Antônio, mantinha contato com vários amigos anarquistas, na cidade se Assis, São Paulo, conheceu Francisco Di Idéia, que era anarquista e vegetariano, assim Antônio, foi tomando conhecimento sobre macrobiótica e do vegetarianismo, participou de palestras feitas com Tomio Kikuchi e teve diversas aulas com ele. Em Londrina, Antônio, teve acesso ao livro Macrobiótica Zen, assim aprofundando seus conhecimentos sobre a medicina popular nordestina, se adequando o conhecimento ao seu contexto regional.

Francisco Di Idéia, era presidente da Cooperativa de pequenos agricultores, em Assis (São Paulo) e cultivava produtos orgânicos. Através de Francisco Di Idéia, Antônio, passou a saber mais sobre a colônia Cicília, formada por anarquistas estrangeiros, arquitetos dentre outros profissionais de ideais libertários.

Através de Roberto das Neves, Antônio, passou a conhecermos Ricardo Líper (conhecedor profundo das obras de Michel Foucault).


Clã de Antônio Conselheiro[editar]

Antônio fala também que pertence ao clã de Antônio Conselheiro, e escreve que: "Antônio Conselheiro (Antônio Vicente Mendes Maciel), pertenço ao clã com muito orgulho, se o povo tivesse obtido uma consciência plena, hoje em cada rua ou praça teria um monumento a este líder camponês, que percebeu lucidamente as tiranias do Estado e da igreja, na religião ele pregava o cristianismo primitivo, distorcidos pelas autoridades(...), que envergonhava o papel do Cristo humano andando a pé pelos vales da Galiléia e percorrendo as margens do Rio Jordão com o grande João Batista".

Em Salvador[editar]

Em Salvador, Bahia, Antônio Fernandes Mendes, passou a morar em um bairro periférico conhecido como Valéria, ainda ajudou a criar e a fundar diversos sindicatos, de Candeias a Simões Filho. Criou junto com a comunidade local o projeto Horta Natureza, projeto esse que ao longo do tempo foi ficando conhecido como ISVA (Instituto Socioambiental de Valéria), dentro do ISVA funcionava a Biblioteca Comunitária de Valéria Prof José Oiticica,[15] onde se encontrava diversos livros de autores anarquistas.[16][17][18]

Biblioteca Comunitária de Valéria Prof José Oiticica, parte do Instituto Socioambiental de Valéria (ISVA).
Biblioteca Comunitária de Valéria Prof José Oiticica, parte do Instituto Socioambiental de Valéria (ISVA).

Fez palestras em universidades, escolas públicas e privadas. Ajudou a lutar pela preservação do Parque São Bartolomeu.[19]

Antônio Fernandes Mendes, foi um conhecedor profundo das ervas medicinais, no ISVA, ele lutava também pela preservação ambiental que se encontrava por volta, lutava também pela preservação ambiental do bairro, Antônio era tido por muitos dos moradores como um dos líderes comunitários do bairro. Sempre disposto a lutar pelas causas sociais, onde chegava sabia se colocar, tinha domínio sobre diversos assuntos.

Foi um dos colaboradores do jornal "O Inimigo do Rei".[20][21][22][23]

Faleceu em 2015, em Salvador, no leito do Hospital Geral Roberto Santos.

Alguns cursos[editar]

  1. Curso técnico em agricultura sustentável, nível superior pela EMBRAPA, em convênio com a Faculdade de Agronomia de Cruz da alma, Bahia;
  2. Curso da Língua Espanhola pela Universidade do Ceará;
  3. Curso de Agricultura Ecológica do Instituto Terra Livre do Estado de São Paulo, com carga horária de 1200 horas, com direito a certificação;
  4. Curso de Permacultura com convênio entre o Instituto Permacultura e a Universidade da Austrália, 200 horas;
  5. Curso de Fitoterapia com a Doutora Raimunda da Universidade de Virsosa, Minas Gerais;
  6. Curso de Fitoterapia com o Doutor Yrochi da Universidade Luiz de Queiroz, São Paulo;
  7. Curso de  Fitoterapia, com Doutor Carlos Fonseca, diretor do laboratório de Brotas e presidente da AFIBA - Associação de Fitoterapia do Estado da Bahia, também fui um dos fundadores, com sede na Vitória da Conquista, 149, Rio Vermelho.

Ligações externas[editar]

Referências

  1. Luar. Versejos E Outras Sertaníces. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  2. «Antonio Fernandes Mendes (1)». História do Anarquismo na Bahia. 22 de julho de 2012. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  3. «Antonio Fernandes Mendes». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  4. «Grupos do Google». groups.google.com. Consultado em 18 de novembro de 2019 
  5. Conselheiro, Luar Do. Orgulho Nordestino. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  6. «Cordel». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 19 de novembro de 2019 
  7. Silva, Adilton Pedreira Daq (28 de julho de 2012). «Parque São Bartolomeu 1 de abril de 2009 037». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 19 de novembro de 2019 
  8. «Poesia marca Sessão Especial da Semana do Livro | Secretaria Municipal da Educação do Salvador». Secretaria Municipal da Educação. 23 de outubro de 2007. Consultado em 19 de novembro de 2019 
  9. Benício, Manoel; Azevedo, Sílvia Maria (2003). O rei dos jagunços de Manuel Benício: entre a ficção e a história. [S.l.]: EdUSP. ISBN 978-85-314-0776-5 
  10. Cunha, Euclydes da (1 de janeiro de 2010). Os sertões. [S.l.]: SciELO - Centro Edelstein. ISBN 978-85-7982-007-6 
  11. Silva, Rogério Souza (2001). Antônio Conselheiro: a fronteira entre a civilização e a barbárie. [S.l.]: Annablume. ISBN 978-85-7419-209-3 
  12. Galvão, Walnice Nogueira (25 de junho de 2019). No calor da hora: A Guerra de Canudos nos jornais. [S.l.]: CEPE Editora. ISBN 978-85-7858-783-3 
  13. «DO LIVRO "UMA VIDA CLANDESTINA" NA DITADURA». Consultado em 15 de novembro de 2019 
  14. Júnior, Valter Bitencourt (4 de outubro de 2017). Meu Amigo Antônio Por Entre a Ditadura Militar e Civil: Uma Vida Clandestina: Meu Amigo Antônio Por Entre a Ditadura Militar e Civil: Uma Vida Clandestina, livro da autoria de Valter Bitencourt Júnior, Amazon, 2017. [S.l.]: Amazon. ISBN 9781549891335 
  15. «[Brasil] Biblioteca Comunitária Prof. José Oiticica: una propuesta educativa libertaria. | Alasbarricadas.org». www.alasbarricadas.org. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  16. Line, A. TARDE On. «Reduto tem aulas de agroecologia». Portal A TARDE. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  17. «Maloca Libertária - pelas ruas do Pelourinho! - Café Preto». cafe-preto.org. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  18. «Ecologia». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  19. Silva, Adilton Pedreira Daq (28 de julho de 2012). «Parque São Bartolomeu 1 de abril de 2009 037». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  20. Baqueiro, Carlos; Nunes, Eliene. O inimigo do rei. Salvador: Achiamé. 149 páginas. ISBN 9788560982059 
  21. «Ricardo Liper». História do Anarquismo na Bahia. Consultado em 20 de novembro de 2019 
  22. «Inimigo do Rei, O - Archival Collections». atom.library.miami.edu. Consultado em 20 de novembro de 2019 
  23. Dadoum, Roger; Nero, del; De Sá, José Roberto; Líper, Ricardo; Rodrigues, Edgar; Lidório, Marcos; Faria, Tales; Figueiras, Julio; Candletro, Ari Selenio (1979-11). «O Inimigo do Rei, 1979, ano III, n 08». doi:http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/26358 Verifique |doi= (ajuda)  Verifique data em: |data= (ajuda)



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