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Bíblia

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

A Bíblia (do grego βιβλία, plural de βιβλίον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro", diminutivo de "byblos", “papiro egípcio”, provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia, Biblos, atual Jbeil, no Líbano),[1][2][3][4] formalmente chamada de Bíblia Sagrada, é uma coleção de textos religiosos de valor sagrado para o cristianismo e parcialmente para o judaísmo e islamismo.[5][6][7][8][9] Surgiu a partir da compilação de narrativas da tradição oral, que com o tempo se fixaram num cânone escrito. É considerada pelos cristãos como divinamente inspirada,[2] tratando-se de importante documento doutrinário.

Seu conteúdo é de largo escopo, mostrando a criação do mundo, a origem do homem e o plano de Deus para a humanidade, traçando a milenar história do povo hebreu e descrevendo suas leis, doutrinas, costumes e sociedade, os atos e pensamentos dos seus personagens e líderes mais destacados, e traz também um panorama sobre o surgimento, a doutrina e a primeira difusão do cristianismo.

Segundo a tradição aceita pela maioria dos cristãos, a Bíblia foi escrita por cerca de 40 autores, entre 1500 AC e 450 AC para protestantes e 100 AC, para os católicos (livros do Antigo Testamento) e entre 45 DC e 110 DC (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1 600 anos.[10] A maioria dos historiadores considera que a data dos primeiros escritos acreditados como sagrados é bem mais recente: por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela primeira vez apenas após o exílio babilônico, a partir de outros textos datados entre o décimo e o quarto século antes de Cristo.[11] Muitos estudiosos também afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas oriundas de diferentes regiões e nações.[12][13]

A Bíblia tem sido lida e interpretada de maneiras as mais variadas, que vão do literalismo rigoroso a uma postura liberal e crítica,[14] muitas vezes chegando-se a conclusões diametralmente opostas, e as controvérsias doutrinais, teológicas e morais que ela desencadeou ao longo dos séculos são incontáveis, em cuja esteira foram travadas muitas guerras e cometidos muitos abusos, massacres e violências.[15] Por outro lado, ela tem sido uma inesgotável fonte de inspiração, direção, consolo e fortalecimento para milhões de pessoas, além de ser um tesouro de modelos e imagens de referência para a criatividade artística e literária.[16] Sua influência sobre a construção da civilização e da cultura ocidental não tem paralelos.[17] É o livro mais estudado, o mais comentado, o mais traduzido[18][19] e o mais vendido de todos os tempos[20] com mais de seis bilhões de cópias em todo o mundo, uma quantidade sete vezes maior que o número de cópias do 2º colocado da lista dos livros mais vendidos, O Livro Vermelho.[21]

Nos Estados Unidos, o único presidente que não fez o juramento de posse com a mão em uma Bíblia foi Theodore Roosevelt (1901-1909), de acordo com os registros oficiais do Arquiteto do Capitólio.[22] John Quincy Adams (1825-1829), em sua posse, de acordo com cartas de sua própria autoria, colocou a mão em um volume de direito constitucional em vez da Bíblia para indicar a quem pertencia sua lealdade.[22] Não há registros para presidentes anteriores a John Tyler (1841-1845).[22]

Origens e autoria[editar]

A Bíblia é um conjunto de muitos livros que foram sendo compilados ao longo de muitos séculos até chegarem à forma canônica conhecida hoje. Há um consenso entre os historiadores que suas origens remontam a cantos, tradições, leis, profecias, poesias, doutrinas, histórias e outras narrativas transmitidas oralmente, e que começaram a ser postas por escrito no início do primeiro milênio a.C., num processo que continuou por mais de mil anos. Esses textos, cuja autoria é em sua maciça maioria desconhecida, refletiam uma larga variedade de contextos sociais, culturais, econômicos, políticos e religiosos. Nenhum dos textos originais sobreviveu, e os mais antigos manuscritos conhecidos datam de séculos depois que os textos foram primeiro postos por escrito. Existem muitas versões diferentes dos textos mais antigos, resultado de um longo processo de revisão e edição realizado por muitos escribas diferentes, que envolviam supressões, correções e acréscimos de variadas passagens.[23][24][25][26][27]

O Pentateuco só se tornou canônico em torno do século V a.C.; os Profetas em torno do século III a.C., e uma coleção de salmos, provérbios e histórias narrativas se fixou no cânone entre o século II a.C. e o século II d.C. O conjunto desses livros é conhecido como a Bíblia Hebraica, que é a base do Velho Testamento. A partir do século III a.C. judeus falantes do grego incluíram outros textos na Bíblia Hebraica, numa versão revista que se tornou conhecida como a Septuaginta. Durante o século I d.C. com o surgimento do cristianismo, novas escrituras foram produzidas narrando a vida de Jesus e as atividades dos seus discípulos. O resultado foi a compilação do Novo Testamento, que se tornou canônico em torno do século II d.C. Entre 385 e 405 d.C. os cristãos traduziram os textos hebreus, gregos e aramaicos considerados por eles canônicos em uma versão latina, conhecida como a Vulgata, que se tornou o texto mais autorizado. Novas discussões sobre o cânone se seguiram, com o resultado de que a composição da Bíblia moderna não é homogênea, e versões significativamente diferentes foram adotadas pelas correntes judaicas, católicas, ortodoxas e protestantes, que divergem no número de livros considerados canônicos e disputam a canonicidade de determinados trechos de alguns livros.[24][25][26][28][29]

As versões mais antigas conhecidas dos livros do Velho Testamento não indicam quem foram seus autores. A autoria que se tornou tradicional (por exemplo, o Pentateuco como escrito por Moisés, o Livro de Josué por Josué, os livros dos profetas pelos profetas homônimos, etc) só se fixou tardiamente como produto de atribuição, principalmente porque esses textos passaram a ser considerados sagrados. Em função deste caráter sublime, pareceu natural e mesmo necessário para os antigos atribuir a autoria a líderes divinamente inspirados, consolidando a tradição, iniciada pelos eruditos judeus e depois adotada pelos cristãos, de que a Bíblia era a manifestação da palavra de Deus fixada materialmente através de escribas iluminados. Segundo Nelson Kilpp, "conforme toda a tradição judaico-cristã da Antiguidade, um livro era sagrado quando remontava a um autor inspirado. Na verdade, o que geralmente ocorria era o contrário. A tradição, o conteúdo, a relevância ou a popularidade de um livro o haviam tornado, com o tempo, significativo, normativo, canônico, sagrado. Somente num segundo momento, após ser aceito o caráter normativo, se refletia sobre o presumível autor de um livro".[30]

A autoria divinamente inspirada se tornou universalmente aceita durante muitos séculos, dando origem ao fundamentalismo ou literalismo bíblico e à teoria da inerrância bíblica. Considerando-se Deus como seu autor, imaginou-se que a Bíblia devia ser interpretada literalmente e não podia conter erros.[31] Correntes radicais de inerrância bíblica não apenas alegam que o conteúdo é inspirado "em seu sentido geral", mas também que cada palavra, cada letra, cada vírgula, cada ponto do texto, mesmo em suas versões traduzidas, é um ditado direto da divindade.[32] A partir do século XVI começaram a aparecer algumas dúvidas sérias contra a autoria divina, que se disseminaram e ampliaram com a progressiva ascensão do racionalismo e do cientificismo, que levantaram evidências sólidas capazes de refutar, por exemplo, as narrativas bíblicas sobre a criação do mundo e sobre a origem do homem.[31] Com os progressos na arqueologia, na filologia, na crítica textual, na hermenêutica e outras ciências, foram encontradas muitas inconsistências e anacronismos no texto, e muitas afirmações sobre eventos e personagens históricos que os livros contêm não puderam ser confirmadas por evidências externas ao texto ou foram inteiramente derrubadas, erodindo ainda mais a tese da inerrância bíblica e boa parte da sua credibilidade como documento histórico confiável.[33][34][35][36][37][38] A crença na autoria divina é de natureza doutrinal e teológica e não é um argumento válido para os estudos historiográficos modernos, embora os historiadores a estudem como um aspecto central de uma tradição plurissecular e como um produto de um contexto cultural, social e religioso específico. Por outro lado, permanece como um artigo de fé para muitas comunidades religiosas, embora mesmo nestes círculos seja um tópico hoje em dia cercado de enorme controvérsia, com variadas correntes propondo diferentes graus de inspiração.[31]

Interpretação[editar]

Segundo o jornalista David Plotz, da revista eletrônica Slate, até um século atrás, a maioria dos estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo.[39] Ele também afirma que atualmente, o desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não religiosas.[39] Ainda segundo Plotz, mesmo entre os fiéis, a leitura da Bíblia é irregular: a Igreja Católica inclui somente uma pequena parcela do Antigo Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que a Bíblia em si; muitos protestantes e/ou evangélicos leem a Bíblia frequentemente, mas geralmente dão mais ênfase ao Novo Testamento.[39]

A inacessibilidade da Bíblia[40] entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas narrativas sobre os personagens bíblicos, criando acréscimos e distorções.[41] A Igreja Católica não podia entregar muitos exemplares da Bíblia, por causa da dificuldades da época que não existia impressão, tendo a Igreja, alegando que nem todos teriam a capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade, tanto que a Igreja justificava essa dificuldade de entendê-la, mostrando aos seus fiéis às grandes heresias que até desbalancear a sociedade, desbalanceava, como o catarismo.[42] Assim, afirmava que a responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua.[42]

Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia.[43] Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história da humanidade ou uma descrição perfeita da natureza.[43] Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do estudo da natureza.[44]

Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho Cam e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão.[45]

Martinho Lutero considerava que o amor de Cristo era alcançável gratuitamente por meio da Bíblia.[42] Foi um dos primeiros teólogos a sugerir que as pessoas deveriam ler e interpretar a Bíblia por si mesmas.[40] A maioria das pessoas interpreta a Bíblia por intermédio de seu líder religioso.[46]

As Testemunhas de Jeová consideram 66 livros como componentes da Bíblia, interpretando-a de forma literal exceto quando o texto evidencia estar em sentido figurado.[47] Chamam o Novo Testamento de Escrituras Gregas Cristãs e o Antigo Testamento de Escrituras Hebraicas.[47] Usam o método de comparação de textos bíblicos com outros textos bíblicos, encontrando, por temas, o que a Bíblia ensina como um todo. Suas conclusões são registradas por escrito, sendo utilizadas para outras pesquisas bíblicas.

Para o espiritismo a Bíblia é uma das várias referências de compreensão do mundo espiritual (não é a principal), para eles, tem um sentido um pouco espiritual, outras, contrárias às suas doutrinas dos espíritos.[48]

Estrutura interna[editar]

A Bíblia é dividida em duas partes: o Antigo e o Novo Testamentos. O primeiro, na versão aceita de forma geral por protestantes e judeus, apresenta a história do mundo desde sua criação até os acontecimentos após a volta dos judeus do exílio babilônico, no século IV a.C. Os católicos e ortodoxos, por outro lado, têm um cânon mais extenso, cobrindo até os asmoneus do século II a.C.

O Novo Testamento apresenta a história de Jesus Cristo e a pregação de seus ensinamentos, durante sua vida e após sua morte e ressurreição, no século I. (ver: Vida de Cristo) A Bíblia não era dividida em capítulos até 1 227, quando o cardeal Sthepen Langton os criou, e não apresentava versículos até ser assim dividida em 1 551 por Robert Stephanus.[2]

Livros do Antigo Testamento[editar]

Ver artigo principal: Antigo Testamento

A quantidade de livros do Antigo Testamento varia de acordo com a religião ou denominação cristã que o adota: a Bíblia dos cristãos protestantes e o Tanakh judaico incluem apenas 39 livros, enquanto a Igreja Católica possui 46 e a Igreja Ortodoxa em geral aceita 51. Os sete livros existentes na Bíblia católica, ausentes da judaica e da protestante são conhecidos como deuterocanônicos para os católicos e apócrifos para os protestantes. O mesmo se aplica aos livros da Bíblia ortodoxa, que por sua vez pode vir a ter mais livros.[49]

Os livros do Antigo Testamento aceitos por todos os cristãos como sagrados (chamados protocanônicos pela Igreja Católica) são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, , Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.[50]

Os deuterocanônicos, aceitos pela Igreja Católica como sagrados são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque. Estes estão disponíveis na tradução grega do Antigo Testamento, datada do Século I AC, a Septuaginta.

Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "Livros apócrifos" pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e o Novo Testamento, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa (ver: Testimonium Flavianum). O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista, "A lei e os profetas duraram até João" (cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).[50]

Livros do Novo Testamento[editar]

Ver artigo principal: Novo Testamento

O Novo Testamento é composto de 27 livros: Evangelho de Mateus, Evangelho de Marcos, Evangelho de Lucas, Evangelho de João, Atos dos Apóstolos, Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filémon, Hebreus, Epístola de Tiago, Primeira Epístola de Pedro, Segunda Epístola de Pedro, Primeira Epístola de João, Segunda Epístola de João, Terceira Epístola de João, Epístola de Judas e Apocalipse.[50]

As traduções do Novo Testamento foram feitas a partir de mais de 5 000 manuscritos, que podem ser divididos em duas categorias: Texto-Tipo Bizantino e Texto-Tipo Alexandrino.[51] Os pergaminhos do Texto-Tipo Bizantino (também chamado Textus Receptus) são representados pela maioria (cerca de 95%) dos manuscritos existentes.[52]

Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em alguns contextos, como na Reforma Protestante do século XVI, os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas protestantes decidiram rejeitar todos os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar todos os textos deuterocanônicos do Novo Testamento, embora houvesse em Lutero, no processo da Reforma Protestante, a intenção de remover determinados livros do Novo Testamento por considerá-los apócrifos ou dolosos, como a Epístola de Tiago.[53] (ver: Apócrifos do Novo Testamento).

Origem do termo "testamento"[editar]

Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes. A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Segundo a própria Bíblia, tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritores do Novo Testamento denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3:6-14).

Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).[54]

As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança. As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado. O termo "testamento" surgiu através do latim, quando a primeira versão latina do Antigo Testamento grego traduziu diatheke por testamentum . Jerônimo de Estridão, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — "aliança", "concerto", quando a palavra não tinha essa significação no grego (ver: Vulgata). Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.[54][55]

Traduções[editar]

Ver artigo principal: Tradução da Bíblia
Livro do Gênesis, Bíblia em tâmil de 1723

Eusébio Sofrônio Jerônimo (conhecido como São Jerônimo pelos católicos) traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim, criando a Vulgata.[56][57] No Concílio de Trento em 1542, essa tradução foi estabelecida como versão oficial da Bíblia para a Igreja Católica (vide Cânone de Trento).[58][57]

Em meados do século XIV o teólogo John Wyclif realizou a tradução da Bíblia para o inglês.[59] Após a Reforma Protestante a Bíblia recebeu traduções para diversas línguas e passou a ser distribuída sem restrições para as pessoas.[60]

Martinho Lutero traduziu a Bíblia para a língua alemã[61] enquanto estava escondido em Wittenberg do papa Leão X, que queria fazer um "julgamento" após a publicação das 95 Teses.[42]

A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o texto massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.[62]

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente a Septuaginta grega (sigla LXX).[63]

A Versão dos Setenta ou Septuaginta grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e I AC, feita em Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, versão que continha os deuterocanônicos, e a que é de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.[64][65]

A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Antigo Testamento do que das demais religiões cristãs e pelo judaísmo.[2] Já a Bíblia usada pela Igreja Ortodoxa contém 78 livros, 5 a mais que a católica e 12 a mais que a protestante.[66]

Número de traduções[editar]

De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2 454 línguas e dialetos.[67] (ver: Traduções da Bíblia em línguas indígenas do Brasil).

Mundo lusófono[editar]

A primeira versão portuguesa da Bíblia surgiu em 1681, a partir das línguas originais, traduzida para o português por João Ferreira de Almeida. Almeida faleceu antes de concluir o trabalho, que foi finalizado por colaboradores da Igreja Reformada holandesa, e a versão completa com o Antigo Testamento foi publicada no início de 1750.[68]

Versões[editar]

Cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso dos Estados Unidos

As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados,[nota 1] inclusive entre protestantes.[nota 1]

A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico.[69] Os livros de Livro de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus e II Macabeus e as chamadas Adições em Ester e Adições em Daniel) são considerados "deuterocanônicos" (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica.[70] Além disso, existem 27 livros no Novo Testamento.[69]

As igrejas cristãs ortodoxas e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[nota 2]

Religiões[editar]

Os judeus têm o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio) como seu mais importante livro sagrado, o qual chamam de Torá. O restante do Antigo Testamento de acordo com a tradição protestante são chamados de Nevi'im e Ketuvim, coletivamente com a Torá chamados de Tanakh.[71] Os samaritanos, cuja fé se originou em uma antiga divisão no seio de Israel, usam apenas a Torá. A fé bahá'i tem tanto a Bíblia quanto o Alcorão como livros sagrados, além de seu livro particular, o Kitáb-i-Aqdas.

O Alcorão, livro sagrado do Islã, possui várias passagens em coincidência com a Bíblia, o que leva alguns estudiosos islâmicos a estudarem-na em busca de informações adicionais. As visões dentro do Islã sobre esta Escritura, no entanto, são variadas, com o próprio Alcorão denunciando-a como corrupta e estudiosos como Abzeme denunciando os supostos textos subjacentes à Bíblia condizentes à ortodoxia islâmica como irrecuperáveis.[72] [73]

Os Espíritas consideram a Primeira Aliança como um livro histórico, e têm sua doutrina, seus princípios morais, fundamentada em O Evangelho segundo o Espiritismo, que alegam ser uma terceira revelação, superando o Antigo e o Novo Testamentos, que creem ser, respectivamente, a revelação da lei por Moisés e a da graça por Jesus Cristo.[74]

Ver também[editar]

Bibliografia[editar]

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  • LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.
  • Gibert, Pierre (2003). A Bíblia: o Livro, os livros. Col: «Descobrir», série Religiões. Lisboa: Quimera Editores. ISBN 9789725890929 
  • PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
  • ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.

Notas

  1. 1,0 1,1 Veja por exemplo em "Canon of the New Testament" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.. Para uma discussão mais aprofundada, veja o artigo Cânon bíblico
  2. Veja por exemplo, Taylor, Larry A (1999). [The Canon of the Bible The Canon of the Bible] Verifique valor |url= (ajuda) (em inglês). [S.l.: s.n.] . O artigo «Biblical canon» na Wikipédia em inglês da Wikipedia em inglês contém uma tabela com as diferenças entre as diversas denominações cristãs.

Referências

  1. Rainer Sousa. «Bíblia». Mundo educação. Consultado em 31 de março de 2011. Em seu significado original, o termo bíblia vem da palavra grega “biblos” que significa “papel, livro, papiro” e pode ser utilizado para todo e qualquer conjunto de textos sagrados que contém os ensinamentos fundamentais de qualquer tipo de religião. Entretanto, o uso desse termo acabou sendo também utilizado para se nomear o principal livro adotado pela religião cristã. Contendo sessenta e seis livros, a Bíblia é tida como uma das publicações mais vendidas ao redor do mundo. 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 «Bíblia». Infoescola. 26 de fevereiro de 2008. Consultado em 15 de abril de 2011. A Bíblia é um dos livros sagrados da Humanidade, a interpretação religiosa da jornada humana pela Terra, do ponto de vista do povo judeu, narrada pelo próprio Homem, mas segundo a Igreja inspirada diretamente por Deus. [...] Ela deriva do grego Bíblos ou bíblion, significando ‘rolo’ ou ‘livro’. [...] A palavra ‘Bíblia’ foi adotada pelo cristianismo a partir do ano 200 d.C. [...] A Igreja Católica Apostólica Romana determinou como oficiais 73 livros bíblicos, 46 integrantes do Antigo Testamento e 27 do Novo. A Bíblia Católica tem sete livros a mais no Velho Testamento do que as versões adotadas por outras religiões cristãs e pelo Judaísmo [...] Originalmente a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. Os capítulos foram criados pelo Professor Stephen Langton, em 1227 d.C [...]. Em 1551 Robert Stephanus percebeu que era fundamental implementar subdivisões nesta obra, e assim elaborou os versículos. [...] Somente em 1748 d.C. surgiu uma edição bíblica na língua portuguesa, a partir da Vulgata Latina. 
  3. «Bible». Online Etymology Dictionary. Consultado em 6 de setembro de 2016. early 14c., from Anglo-Latin biblia, Old French bible (13c.) "the Bible," also any large book generally, from Medieval and Late Latin biblia "the Bible" (neuter plural interpreted as feminine singular), from phrase biblia sacra "holy books," a translation of Greek ta biblia to hagia "the holy books." The Latin word is from Greek biblion "paper, scroll," the ordinary word for "book," originally a diminutive of byblos "Egyptian papyrus." The Greek word perhaps is from Byblos, the name of the Phoenician port from which Egyptian papyrus was exported to Greece (modern Jebeil, in Lebanon; compare parchment). Or the place name might be from the Greek word, which then would be probably of Egyptian origin. The Christian scripture was referred to in Greek as Ta Biblia as early as c. 223. Bible replaced Old English biblioðece (see bibliothek) as the ordinary word for "the Scriptures." Figurative sense of "any authoritative book" is from 1804. Bible-thumper "strict Christian" is from 1870. Bible belt in reference to the swath of the U.S. South then dominated by fundamentalist Christians is from 1926; likely coined by H.L. Mencken in the "American Mercury." 
  4. «Bíblia». Origem da Palavra - Site de Etimologia. Consultado em 6 de setembro de 2016. É o Latim medieval BIBLIA, retirado da expressão BIBLIA SACRA, “livros sagrados” (BIBLIA é um plural em Latim), uma tradução do Grego TA BIBLIA TO HAGIA, “os livros sagrados”, de BIBLION, “papel, rolo, livro”. Originalmente BIBLION era diminutivo de BYBLOS, “papiro egípcio”, provavelmente do nome da cidade (hoje JEBEIL, no Líbano), de onde esse material era exportado para a Grécia. 
  5. Rainer Sousa. «Hebreus». Brasil Escola. Consultado em 30 de março de 2011. Uma das maiores fontes de estudo da trajetória do povo hebreu se encontra na Bíblia, principalmente na parte do conhecido Velho Testamento. Nesse livro, hoje de valor sagrado para o Cristianismo, podemos ver alguns traços da história e da cultura desse povo. 
  6. Tiago Dantas. «Cristianismo». Brasil escola. Consultado em 31 de março de 2011. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus, como os cristãos primitivos viviam, etc. 
  7. Mundo educação. «Dia Mundial da Religião». Consultado em 31 de março de 2011. Com o cristianismo, a igreja se dividiu em três vertentes[...]. Seu livro sagrado é a bíblia, e traz como forma de vida os ensinamentos do filho do Messias, Jesus Cristo. 
  8. Jane Dammen McAuliffe. «Bible». Encyclopaedia of the Qur'an. 1. p. 228 
  9. Camilla Adang. Muslim Writers on Judaism and the Hebrew Bible: From Ibn Rabban to Ibn Hazm. BRILL, 1996. ISBN 978-9-004-10034-3. page 231.
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  15. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Riches6
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  40. 40,0 40,1 «Biblically Speaking» (em inglês). Slate. 4 de março de 2009. Consultado em 7 de julho de 2011. My book is by no means a substitute for the Bible. It's an effort to bring a new [...] perspective to a book that has been made inaccessible and difficult by clergy and academics. [...] James Kugel's recently published How To Read the Bible? [...] I read Kugel's book [...]. [...] Kugel demolishes, chapter by chapter, the idea that the Bible is historically true (No exodus from Egypt, no conquest of the Promised Land, God is an offshoot of Baal, etc). [...] Here we have a book written 3,000 years ago, with bizarre stories, peculiar laws, erratic deity [...] Martin Luther was one of the first theologians to suggest that people read AND interpret the Bible for themselves. [...] Clergy have mostly discouraged us from reading the Bible, insisting that we should only do it under their tutelage. 
  41. Rainer Sousa. «Onde Judas perdeu as botas». Brasil Escola. Consultado em 30 de março de 2011. Entre a Antiguidade e a Idade Média, por exemplo, a inacessibilidade aos textos bíblicos foi responsável pela criação de várias narrativas envolvendo os personagens cristãos. Os feitos e destinos de certos nomes presentes na Bíblia ganhavam acréscimos e certas distorções que salientavam a forte presença do cristianismo no imaginário dessa época. Levando em conta que boa parte da população era iletrada, ficava difícil de impor um rigor de verdade entre as várias histórias de cunho bíblico. 
  42. 42,0 42,1 42,2 42,3 «Lutero». [HistoriaNet]]. 22 de abril de 2005. Consultado em 7 de junho de 2011. Martin Lutero alegava ainda, que somente o amor de Cristo era capaz de providenciar paz de espírito, o alcance deste amor era oferecido por meio da Bíblia, gratuitamente. [...] A Igreja Católica centralizava seu poder sobre os fieis privando-os de possuírem um exemplar da bíblia, sob alegação que jamais poderiam entendê-la, devido a sua complexidade. Diziam ainda que o papel de ensinar as orientações de Deus era uma responsabilidade exclusiva da Igreja Católica, "comandada" pelo Papa. 
  43. 43,0 43,1 «É possível a convivência pacífica entre ciência e religião?». Ciência Hoje. 10 de janeiro de 2003. Consultado em 18 de maio de 2011. A interpretação literal da Bíblia também ajudou a criar os conflitos entre ciência e religião. A crença de que um deus criou a Terra para nos abrigar e todas as outras espécies para nos servir pode ser muito alentadora, embora contrarie consensos científicos que poucos ousam desafiar. Mas a Bíblia, inspirada em tantas fontes diferentes, não pode ser entendida como um relato preciso da história humana ou uma descrição perfeita da natureza, apesar de estar repleta de verdades morais valiosas e incontestáveis. 
  44. «Com os pés na terra e os olhos no céu». Ciência Hoje. 27 de outubro de 2009. Consultado em 18 de maio de 2011. Para o astrônomo e filósofo, as escrituras deveriam ser interpretadas a partir do estudo da natureza. 
  45. «O DNA do racismo». Ciência Hoje. 11 de julho de 2008. Mas a conciliação do inconciliável precisava ser racionalizada com argumentos da própria religião. Isso envolveu duas vertentes principais. A primeira consistiu em substituir a ênfase da unidade da humanidade a partir da Adão e Eva por uma divisão tricotômica baseada nos filhos de Noé: Cam, Sem e Jafé. Segundo o livro do Gênese na Bíblia, Cam viu Noé nu e bêbado e contou para seus irmãos, zombando do pai. Ao saber disso, Noé amaldiçoou Cam e o condenou, assim como toda a sua descendência, à servidão. Os escravocratas avidamente adotaram uma identificação dos africanos com os descendentes de Cam, uma cômoda justificativa religiosa para a escravidão, embora na própria Bíblia não haja nenhuma referência à cor de Cam ou qualquer descrição de seus descendentes. 
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  47. 47,0 47,1 Patrícia Lopes. «Testemunhas de Jeová». Brasil escola. Consultado em 31 de março de 2011. As Testemunhas de Jeová acreditam que a Bíblia é a palavra de Deus, tendo-a como base para suas crenças. O Novo Testamento é chamado de Escrituras Gregas Cristãs e o Velho Testamento, de Escrituras Hebraicas. Consideram os 66 livros que compõem a Bíblia, interpretando-a de forma literal, salvo quando as expressões ou o contexto revelam que o sentido é figurado ou simbólico. 
  48. Rainer Sousa. «Espiritismo». Brasil Escola. Consultado em 5 de abril de 2011. Abrindo portas para a doutrina cristã, o espiritismo tem um elo relativo com o texto bíblico e os evangelhos. Sem ocupar a posição fundamental da obra de Kardec, a Bíblia é utilizada como uma das várias referências de compreensão do mundo espiritual. Concomitantemente, a vida de Jesus Cristo é considerada um modelo de evolução espiritual também obtido na história de vida de outros indivíduos iluminados. 
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