Baby Jane
Baby Jane foi uma banda rock portuguesa que existiu entre 1994 e 2010 (data da última actuação). Os Baby Jane mantiveram enquanto duraram, a formação inicial, à exceção de um elemento. Composta por cinco músicos amigos de longa data – Hugo Simões (guitarra), João Graça (guitarra), Paulo Freitas do Amaral (bateria), Ricardo Pinto (voz) e Ricardo Tomás (baixo) -, a banda nasce em pleno fulgor adolescente, num tempo explosivo para o rock nacional e internacional, com epicentro em Seattle.
Ao fascínio comum pela música somou-se uma amizade partilhada que remonta à mais tenra infância. Quatro dos elementos da banda – todos ex-escuteiros do agrupamento 77 - cresceram na mesma rua cruz-quebradense, onde disputaram os primeiros jogos de futebol, no pequeno largo fronteiro à casa de Paulo Freitas do Amaral, cujos prédios se tocam. Anos mais tarde, corria o ano de 1993, Paulo Freitas do Amaral, que já havia formado uma banda com Ricardo Tomás e Ricardo Pinto, ingressa no Colégio Salesiano Oficinas de S. José, onde conhece o alfacinha Hugo Simões, também ele com banda já formada e uma vitória num concurso de música no currículo, apesar dos seus 14 anos.
Paulo Freitas do Amaral e Hugo Simões desenvolvem então uma amizade inseparável que leva o segundo a abandonar o anterior projeto e juntar-se, a convite de Paulo Freitas do Amaral, à banda que passaria então a denominar-se Baby Jane. O grupo recorda-se de, ao final do primeiro ensaio, no “Caracol” de Carnaxide, ter meia dúzia de temas prontos a apresentar ao vivo, o que atesta o entendimento imediato entre os seus elementos.
Em 2001, Paulo Freitas do Amaral, baterista e fundador dos Baby Jane, convida o guitarrista João Graça para assumir as funções de baixista, dado que Ricardo Tomás se encontrava então na ilha da Madeira, em compromissos profissionais. Com o regresso de Ricardo Tomás à capital, deu-se a sua reintegração no grupo, que tornava a compor-se por cinco elementos. João Graça cedeu o baixo a Ricardo Tomás e forma agora, juntamente com Hugo Simões, a “parede de guitarras” da banda.
Influenciados pelo que de melhor se fez musicalmente na prolífica década de 90, os Baby Jane apostaram desde cedo em canções pungentes e lírica sincera, com riffs de guitarra ora poderosos, ora melódicos, ambicionando a aproximação a referências nacionais e internacionais incontornáveis, situadas num largo espectro entre Pearl Jam e Xutos e Pontapés, ou Jorge Palma e Jimi Hendrix.
A sonoridade do grupo pode categorizar-se genericamente na esfera do rock português, mas uma audição atenta revela algo mais, para lá dos padrões estabelecidos por este ou aquele estilo.
Com quase 17 anos de existência, os Baby Jane foram uma das bandas rock portuguesas de maior longevidade. Um vasto currículo de mais de 200 concertos - onde se destacam atuações em palcos como Expo 98, Festa do Avante, Paradise Garage, Praça do Município - Festejos do 25 de Abril, ou o intenso circuito de bares com música ao vivo - é ainda reafirmado quando recordado o interesse da imprensa especializada e das rádios, bem como as consecutivas vitórias até à finalíssima do programa “Reis do Estúdio” (1998),[1] emitido pela RTP, ou a participação no histórico “Festival RTP da Canção” (2000).
Os Baby Jane também tocaram noutros programas televisivos como foi o caso do programa Portugal Sem Fronteiras apresentado por Carlos Alberto Moniz.
Os mais de 50 temas escritos ao longo do percurso seriam suficientes para o lançamento de cinco álbuns inéditos no panorama discográfico português. O seu último trabalho foi o EP História de Um Vinho Azedo” [2] É uma pequena parte de um legado que o grande público permanece desconhecendo.
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- ↑ «Reis do Estúdio – Parte I». RTP. Consultado em 7 de abril de 2023
- ↑ «Baby Jane | Rock from Lisboa, PT». ReverbNation (em English). Consultado em 7 de abril de 2023