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Bandeira Júnior

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

Bandeira Júnior
Bandeira Júnior
Bandeira Júnior em 1989
Nome completo José de Souza Bandeira Vianna
Nascimento 9 de outubro de 1932
Teresópolis, RJ
Morte 31 de maio de 2012 (79 anos)
Teresópolis, RJ
Ocupação Radialista
Nacionalidade brasileiro

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José de Souza Bandeira Vianna, (Teresópolis, 9 de outubro de 193231 de maio de 2012), popularmente conhecido como Bandeira Jr., foi um radialista brasileiro.

Biografia[editar]

Nascido em Teresópolis, cidade da região serrana do estado do RJ, e filho do relojoeiro e mecânico de autos José Bandeira Vianna Júnior, e da dona de casa Carmem de Souza, Bandeira Júnior se destacou na vida dentre outras qualidades pela sua determinação. Com apenas 13 anos, resolveu junto com sua irmã Maria Odete, recolher pela cidade garrafas de vidro usadas, e catar sapos - que eram utilizados para produção de couro - para vender e ajudar seus pais no difícil período de racionamento e alta de preços na época do esforço nacional de guerra durante a segunda guerra mundial.

No ano de 1949, Bandeira Júnior decide sair de Teresópolis, e ir para o Rio de Janeiro, então capital da República, buscar uma oportunidade melhor de trabalho. Na capital o jovem logo consegui um emprego como entregador em uma fábrica de cera e realizava entregas em uma bicicleta por todo centro da cidade. Em 1950, o jovem se alista no Exército Brasileiro, e durante sua prestação de serviço militar teve seu primeiro contato com a área de comunicação. Trabalhou como operador de rádio, e aprendeu o ofício de Letrista.

Bandeira Júnior já possuía a comunicação nas veias. Era neto do jornalista José Bandeira Vianna, que além de jornalista, foi coletor de impostos do Império Brasileiro assim como da recém criada República Brasileira. Figura emblemática, seu avô foi nomeado em 1891 pelo primeiro presidente constitucional do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Portella para Teresópolis-RJ como secretário junto ao Barão de Mesquita na criação da Intendência Municipal, onde o Barão era o presidente. Seu avô também foi o editor-chefe do jornal "O Theresopolitano" de propriedade de Eduardo Meirelles Sobrinho, desde sua fundação em 1902, até 1912[1], e foi figura importante na fundação do município de Teresópolis[2], no estado Rio de Janeiro.

O início no rádio[editar]

O ano de 1950 marca o início da longa carreira de Bandeira Júnior diante dos microfones. Foi neste ano que Bandeira falou pela primeira vez para o grande público, e o fez em uma campanha eleitoral. Tratava-se de um carro de propaganda política do candidato a vereador José Viana da Silveira. Nesta ocasião, Bandeira Júnior foi protagonista de uma história envolvendo partidos rivais que rendeu muito assunto na época. Subiu no carro de propaganda como locutor para fazer a propaganda política de José da Silveira da UDN em Teresópolis, mas como desempenhou bem a tarefa, acabou em Três Rios, fazendo a propaganda de um candidato do a convite do PRP, então rival da UDN.

Durante a campanha eleitoral de José Silveira, que era amigo do pai de Bandeira, o candidato chamava o jovem locutor carinhosamente como "Júnior". Bandeira não possuía este agnome, que na verdade era seu pai quem o carregava, mas como ficou conhecido assim durante a campanha, Bandeira decidiu aproveitar, e adotar definitivamente o "Júnior" ao seu nome artístico como uma forma de homenagear o seu pai. Levou este nome por toda sua carreira.

Após o primeiro trabalho como locutor de propaganda política, passou então por um serviço de auto-falantes fixos (serviço de som da época, que tinha auto-falantes distribuídos pelos postes da cidade). Era a "Amplificação de Teresópolis". Existiam 2 auto-falantes no Centro, 1 no bairro do Vale, 1 na Várzea, 1 na Tijuca, 1 na Barra, 1 no Alto, e outro na praça 3 de outubro, onde ficava a extinta estação de trem da Várzea - Hoje o Colégio Estadual Edmundo Bittencourt.

Ainda em 1950, recebeu um convite de um dos fundadores da Rádio Teresópolis AM fundada dois anos antes, o sr. Roger Malhardes, para fazer parte da equipe que foi pioneira do Rádio de Teresópolis, juntamente com Joel Seixas, Yolanda Maria, Grace Peter, Renê Mourão, Carlos Corradin, e José Pereira Sitônio, sendo o gerente da emissora Armando Magalhães. Esta formação durou até meados dos anos 50. O próprio Bandeira Júnior saiu da emissora por um curto período nesta época, e foi para a "Rádio Vera Cruz S/A", que era localizada na Rua Buenos Aires, 168, no centro do Rio de Janeiro a convite do então acionista majoritário, Dr. Placido Modesto de Mello.[3]

Nos anos 60, já de volta à Rádio Teresópolis AM, Bandeira Júnior após um teste de aptidão profissional, ingressa no funcionalismo público municipal como letrista, função que aprendeu ainda no serviço militar quando jovem, e que paralelamente ao rádio, sempre exerceu até mesmo após sua aposentadoria do dial.

1967 marca a estreia Bandeira à frente de seu próprio programa de auditório, o Programa dos Bairros. O programa de Bandeira Júnior nasceu com a enorme responsabilidade de substituir um dos maiores sucessos da emissora até então, que era o programa de auditório de Luiz Moreno, que já estava no ar desde 1959. Bandeira participava esporadicamente do programa de Moreno, e quando ganhou seu programa de auditório teve grande ajuda de seu antecessor. Isso se deu, pois Bandeira Júnior e Moreno sempre cultivaram enorme amizade. O sucesso de Bandeira à frente da atração foi grande. Com grande apelo popular, descontração, e humor, marcas registradas do comunicador durante sua carreira, virou referência no Rádio da região serrana do estado do Rio de Janeiro.

O início da década de 1970, marca um curto afastamento de Bandeira dos microfones. O radialista resolve aceitar um convite do amigo de longa data, e então prefeito de Teresópolis Roger Malhardes para ser Secretário Municipal de Patrimônio. Neste período, devido às atribuições do cargo, e impossibilitado de acumular função de comunicador por determinação do executivo, permaneceu afastado dos microfones. Mas a saudade falou mais alto, e em meados dos anos 70, Bandeira decidiu abdicar da Secretaria de patrimônio por conta de um convite de Cid Camargo para voltar à Rádio Teresópolis, que agora pertencia ao poderoso, e em franco crescimento Sistema Globo de Rádio.

Bandeira Júnior permaneceu no ar pela Rádio Rádio Teresópolis ininterruptamente de 1972, à 1989, mantendo por exatos 17 anos o programa de maior audiência no horário da região serrana. Em 1989, através de um convite de Mário de Oliveira Tricano, saiu da Rádio Teresópolis, e participou da fundação da Rádio Geração 2000, onde além de manter seu tradicional programa, era também o Diretor Administrativo da Empresa.

No ano de 1989, Bandeira sofre um duro golpe, que foi o falecimento de sua companheira de mais de 30 anos, e mãe de seus quatro filhos, Iracema Silveira. Em 1991, Bandeira Júnior se casa novamente com Conceição Salles, com quem conviveu por 22 anos até seu falecimento.

Após alguns anos na Rádio Geração 2000, as quase quatro décadas pesaram, e Bandeira Júnior convidado pela empresária Gilda Lopes Leite, e pelo radialista Eloy Decarlo, novos proprietários da Rádio Teresópolis AM, adquirida junto ao Sistema Globo, o radialista volta à emissora, lugar que considerava sua casa.

O radialista resolveu se desligar da emissora e se aposentar do rádio em 1998, após discordar dos rumos que uma nova direção que adquiriu a emissora no mesmo ano resolveu traçar.

Morte[editar]

Após o falecimento de sua esposa Iracema Silveira Vianna em 1989, Bandeira Jr sofreu um infarto, e descobriu ser portador de uma doença que terminaria por lhe causar graves complicações 24 anos mais tarde. A Diabetes. Com o passar dos anos, passou a sofrer também com as doenças oportunistas, como pressão, problemas cardíacos e renais. Os anos de 2011, e 2012, foram marcados por diversas internações, e muita luta contra as complicações decorrentes da doença. Após um quadro de problemas renais e cardíacos, foi internado pela última vez no Hospital São José, e veio a falecer em 31 de Maio de 2013. Foi enterrado no dia seguinte, no Cemitério Carlinda Berlim, ou Caingá na cidade de Teresópolis.

Bandeira Júnior deixou quatro filhos de seu casamento com Iracema Vianna: Teresa Cristina, Carmem Cristina, Luiz Cláudio Bandeira, e Zeca Bandeira; e sete netos: Clara, Diego, Gisele, Gustavo, Carolina, Juliana, e Lívia. Não teve filhos com sua segunda esposa Conceição Salles.

Curiosidades[editar]

- Em entrevista ao escritor Laerth Almada, no livro "Teresópolis e seus personagens", Bandeira Júnior faz uma curiosa revelação acerca de seu casamento com Iracema:

Certa vez, recebi uma carta em que a ouvinte elogiava a mim e a minha voz. Com essa moça, eu vim a casar um ano depois. Era a Iracema, e meu casamento durou 32 anos, até que a morte a levou em 1989.[4]

- A Rua José Bandeira Vianna (grafada de forma errônea como José Bandeira Viana, com apenas um "n")[5], principal rua da localidade conhecida popularmente como Rosário, no Bairro de São Pedro em Teresópolis, é assim batizada em homenagem ao pai de Bandeira Júnior, e não ao seu ilustre avô como muitos pensam.

Referências

  1. «Pag. 73: Crônica. Vianna, José Bandeira. "O Therezopolitano", 1912» (PDF). Dissertação de Mestrado. UCP 
  2. Vieira, Armando. 1938. Irmãos Pongetti Editores. «Fundação de Teresópolis». "Therezópolis". Portal Terê 
  3. Bandeirando.com (25 de junho de 2012). «Bandeira Júnior, o professor» 
  4. ALMADA, Laerth, Teresópolis e seus personagens: 1891-1991, Edição Independente, Rio de Janeiro, 1991.
  5. «Código de Bairro 003 - CL047 - José Bandeira Vianna, R». LEI MUNICIPAL Nº 1805, DE 08/12/1997 


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