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Bob Marley

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki


Bob Marley
Bob Marley
Bob Marley durante apresentação em Dublin em julho de 1980.
Informação geral
Nome completo Robert Nesta Marley
Também conhecido(a) como Rei do Reggae, Tuff Gong
Nascimento 6 de fevereiro de 1945
Nine Mile, Saint Ann, Jamaica
Origem Trenchtown, Kingston
Morte 11 de maio de 1981 (36 anos)
Miami, Flórida, Estados Unidos
Nacionalidade jamaicano
Gênero(s) reggae, ska, rocksteady
Instrumento(s) guitarra, violão, percussão
Período em atividade 19621980
Gravadora(s) Studio One, Beverley's, Upsetter, Trojan, Island, Tuff Gong, Universal Music, Inc.
Afiliação(ões) The Wailers, Bob Marley & The Wailers, I Threes, The Upsetters, Lee Scratch Perry
Página oficial bobmarley.com

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Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley[1] (Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945Miami, 11 de maio de 1981), foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar internacionalmente o gênero. Marley já vendeu mais de 75 milhões de discos.[2]

Sua obra tratava principalmente de temas político-sociais e espirituais. Dedicado a protestar contra injustiças sociais, Bob Marley é mundialmente celebrado como a voz dos pobres e oprimidos, sendo considerado um símbolo de resistência negra, espiritualidade e luta por justiça social. Suas músicas denunciavam o racismo, a desigualdade social, o colonialismo e a guerra. Devoto do movimento religioso Rastafári, a vida e a obra de Bob Marley foram profundamente influenciadas por sua fé. Sua música serviu de porta-voz às convicções e temas da fé Rastafári, como as interpretações afrocêntricas da Bíblia e o pan-africanismo. A África e seus problemas, como a miséria e a colonização europeia, foram também assuntos muito abordados em suas músicas, por tratar-se da terra sagrada para os rastafáris.

A coletânea Legend, lançada três anos após sua morte e que reúne algumas das músicas menos militantes do artista, é o álbum de reggae mais vendido da história. Bob foi casado com Rita Marley (de 1966 até a morte), uma das I Threes, trio de backing vocals que passaram a cantar com o The Wailers, banda de Marley, após o grupo ter alcançado sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (entre eles, dois adotados), a exemplo dos renomados Ziggy Marley e Stephen Marley. Outros de seus filhos também seguiram carreira musical, como Ky-Mani Marley, Julian Marley e Damian Marley. Bob Marley foi eleito pela revista Rolling Stone o 11º maior artista da música de todos os tempos.[3]

Biografia[editar]

Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945, em Nine Mile, uma vila, situada na paróquia jamaicana de Saint Ann, no interior do país. O artista era filho de Norval Sinclair Marley, um capitão do exército inglês, jamaicano e branco, de 50 anos, nascido em May Pen, em Clarendon, descendente de ingleses do Condado de Sussex, e de Cedella Booker, uma jovem de dezoito anos, pobre e negra, também nascida em Nine Mile. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944, entretanto, Norval não casou-se, e abandonou-a grávida, tendo voltado para a Inglaterra. Ele não conheceu seu filho famoso Bob Marley, que após ficar adulto descobriu ter uma meia-irmã paterna, Constance Marley, que seu pai teve quando voltou para a Inglaterra e casou-se. O pai do cantor faleceu de infarto, em 1955. Nesse mesmo ano sua mãe casou-se com Toddy Livingstone, um jamaicano negro, também de Nine Mile. Em busca de uma vida melhor, Bob Marley mudou-se com a mãe e o padrasto para a capital do país,Kingston, indo viver em Trenchtown, a maior e mais miserável favela da Jamaica, onde Bob Marley sofria bullying, sendo rejeitado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura. Em 1964 nasceu a meia-irmã materna de Bob Marley, Claudette Pearl Livingstone. Bob foi criado junto com Bunny Wailer, nascido em 10 de abril de 1947, filho de seu padrasto, que tornou-se seu melhor amigo e o considerava um irmão.[4][5]

Casa de Marley em Nine Mile, que ele dividia com sua mãe

Carreira musical[editar]

A jornada[editar]

Quando foi morar em Trenchtown, Bob ainda jovem já tinha uma ligação forte com a música. Ele e o seu melhor amigo Bunny, filho de seu padrasto, improvisavam guitarras feitas de lata e acompanhavam os sucessos vindos da América, particularmente de New Orleans, sintonizados em um minirrádio transistorizado. Eles captavam Ray Charles, Fats Domino, Brook Benton (um dos preferidos de Marley) e grupos como os Drifters, que eram muito populares na Jamaica.

Por volta do início dos anos 60, o movimento R&B começou a decair nos Estados Unidos e tornou-se difícil a aquisição de discos para satisfazer a dieta insaciável de lançamentos que o povo jamaicano exigia. Os donos dos Sound Systems viram-se então obrigados a investir no talento dos músicos locais. Começava-se a desenvolver nesta época na ilha, uma música que incorporava as tradições musicais jamaicanas com influências do R&B e das big bands, resultando no vibrante e agitado som do ska. A independência da Jamaica em 1962, deixando de ser uma colónia britânica, ajudou a compor o momento de criação de uma música originalmente jamaicana.

Os donos de Sound Systems tornaram-se então produtores. Alugavam algum estúdio de duas pistas, descobriam algum rapaz que tivesse o talento de cantar suas emoções vividas nos guetos de Kingston, e faziam discos de ska.

Apartamento de Bob Marley em Londres, onde ele viveu em 1972

Quando Bob Marley deixou a escola aos 14 anos, parecia ter apenas uma ambição: a música. Mas, muito para agradar sua mãe, que temia que ele se tornasse um rude boy (como são conhecidos os delinquentes juvenis na Jamaica), arranjou um emprego de soldador.

Passava suas horas livres ao lado de Bunny aperfeiçoando as suas habilidades vocais. Eles eram ajudados por um dos mais célebres habitantes de Trenchtown na época, o cantor Joe Higgs, que dava aulas informais de canto para artistas aspirantes que estivessem interessados em aperfeiçoar suas habilidades. Foi numa destas sessões que Bob e Bunny Wailer conheceram Peter Tosh, outro jovem com grande ambição na música.[6]

Em 1962, Bob fez uma audiência para o produtor Leslie Kong, que veio a publicar as suas primeiras gravações. "Judge Not", composta pelo próprio Marley, foi a primeira. Apesar de as músicas gravadas não terem sido executadas nas rádios e chamado pouca atenção do público, vieram confirmar a ambição de Marley de se tornar cantor.

No ano seguinte, Bob decidiu que o caminho a seguir seria criar uma banda. Juntou-se com os seus amigos Bunny Wailer e Peter Tosh para formar os "Wailing Wailers". Escolheram este nome para a banda porque diziam que, ao nascer no gueto, nasciam a lamentar, e "wail" significa "lamentar". O novo grupo tinha um mentor: o percussionista rastafári chamado Alvin Patterson, que apresentou os garotos para o produtor Coxsone Dodd. No verão de 1963, Coxsone ouviu os Wailing Wailers e, satisfeito com o som do grupo, resolveu gravá-los.[4]

Os Wailing Wailers finalizaram seu primeiro single, "Simmer Down" através do selo de Coxsone, durante as últimas semanas de 1963. Já em janeiro do ano seguinte era a primeira nas paradas jamaicanas, e se manteve nesta posição durante os próximos dois meses.

O grupo, Bob, Bunny e Peter juntamente com outro cantor, Junior Braithwaite e mais duas backing vocals, Berverly Kelso e Cherry Smith, eram a grande novidade no cenário jamaicano. "Simmer Down" causou grande sensação na ilha e os Wailing Wailers começaram a gravar com regularidade para o lendário Studio One de Coxsone Dodd. O grupo agora criava novos temas identificando-se com os Rude Boys das ruas de Kingston. A música jamaicana finalmente tinha uma identidade e alguém que falava a mais pura linguagem do gueto.

Nos anos seguintes, a banda de Marley colocou mais alguns hits nas paradas da ilha, o que estabeleceu a popularidade do grupo mas, apesar disto as dificuldades económicas que atravessavam fez com que Junior Braithwaite, Berverly Kelso e Cherry Smith deixassem a banda.

Em 1965, a mãe de Bob separou-se de Toddy Livingstone, e em 1966 casou-se com Edward Booker, um militar civil americano branco. Ambos mudaram-se para Delaware, junto com Pear Livingstone, a filha de Cedella Booker, então com dois anos de idade. Bob Marley continuou morando em Kingston, na Jamaica,e não quis se mudar junto com a mãe, a meia-irmã e o novo padrasto. Cedella insistiu que ele fosse morar com eles, e economizou dinheiro para mandar uma passagem de avião para o jovem Marley, naquela época com 21 anos. A intenção da mãe de Bob era que lá ele começasse uma nova vida, onde teria mais oportunidades. Antes de aceitar se mudar para os Estados Unidos, Bob conheceu uma jovem chamada Rita Anderson, e no dia 10 de fevereiro de 1966 casaram-se.

Em Delaware, nasceram os dois meios-irmãos maternos de Bob, filhos de sua mãe com Edward: Richard Booker, cantor, nascido em 10 de março de 1967, e Anthony Booker, músico, nascido em 1968, e assassinado por bala perdida, pela polícia de Miami em 1987.

A estadia de Marley nos Estados Unidos com a esposa teve vida curta. Eles viveram na casa do padrasto de Bob, e o artista trabalhou no país como garçom para financiar a sua verdadeira ambição profissional: Ser músico. Em outubro de 1966, Bob Marley, depois de oito meses em Delaware, retornou à Jamaica com a esposa. Este foi um período decisivo na sua formação, pois o imperador da Etiópia, Haile Selassie, havia feito uma visita de estado na Jamaica em abril daquele ano, e durante o período em que Bob esteve fora, o movimento rastafári ganhou nova vida nas ruas de Kingston. Marley começou cada vez mais a se aprofundar dentro do espírito e cultura rastafári.[7]

Em 1967, a música de Bob já refletia a sua nova crença. Ao invés de cantar hinos para os Rude Boys, Marley começou a compor temas sociais e espirituais, o que se tornou sua marca registrada e seu maior legado. Uniu-se novamente a Peter Tosh e Bunny Wailer para reorganizar o grupo. Eles simplificaram o nome original "Wailling Wailers" para "The Wailers". Rita tinha iniciado sua carreira como cantora e alcançou um grande sucesso com a música "Pied Piper", uma versão cover de uma música pop inglesa. A música jamaicana, por sua vez, estava a transformar-se: o agitado ska tinha sido substituído por um ritmo mais lento e sensual chamado rocksteady.

O compromisso que os Wailers vinham assumindo com o movimento rastafári provocou um certo conflito com o produtor Coxsone Dodd. Então, decidiram controlar o seu destino fundando seu próprio selo, Waili'N'Soul. Devido à ingenuidade deles nos negócios, apesar de terem conseguido algum sucesso no princípio, a firma acabou falindo no final de 1967. Apesar disto, o grupo sobreviveu inicialmente como compositores para uma companhia associada ao cantor americano Johnny Nash, que na década seguinte teve um grande sucesso internacional com a música "Stir it Up" de Marley.

No final da década de 1960 e início de 1970, os Wailers também se uniram ao produtor Lee Perry, o mago dos estúdios, que transformou as possibilidades técnicas de gravação numa forma requintada de arte. A união dos Wailers com Lee Perry resultou em algumas das mais belas produções da banda. Faixas como "Soul Rebel", "Duppy Conqueror", "400 Years" e "Small Axe" não foram apenas clássicos, mas definiram a direção do reggae. Nesta mesma época, o baixista Aston "Family Man" Barret e seu irmão, o baterista Carlton se uniram aos Wailers. Eram eles que formavam a base rítmica dos "Upsetters", o grupo de estúdio de Lee Perry com quem os Wailers tinham gravado em todas aquelas sessões junto ao produtor. Os dois irmãos eram, indiscutivelmente, a melhor sessão rítmica da época e o The Wailers, junto a eles, começou a ganhar forma. Anos mais tarde, Family Man, numa declaração, disse:

Apesar da aclamação local, a banda permanecia obscura internacionalmente. No verão de 1971, no entanto, Bob aceitou o convite de Johnny Nash para acompanhá-lo até a Suécia, onde o cantor americano tinha sido encarregado de produzir a trilha sonora para um filme sueco.[8] Enquanto estava na Europa, Marley assinou um contrato com a CBS, que naturalmente também era a gravadora de Nash. No verão de 72 todos integrantes dos Wailers estavam em Londres promovendo ostensivamente um single para a CBS: "Reggae on Broadway". Mas assim como o filme de Nash, o projeto fracassou e os Wailers se viram em maus lençóis numa terra distante. Como última cartada na Europa naquele ano, Marley dirigiu-se aos estúdios da Island Records, em Londres, e perguntou se podia ver seu fundador Chris Blackwell.

Bob Marley em concerto em 1980

Chris Blackwell, um jamaicano branco, descendente de ingleses, pertencente a uma rica e tradicional família da ilha, havia fundado a Island Records na Jamaica ainda no final dos anos 50 e já estava envolvido com a cultura musical jamaicana, mesmo antes da época do Ska. A companhia foi uma das pioneiras em exportar a música jamaicana para o mundo e na década de 60 se tornou a principal responsável por lançamentos e divulgação da música da ilha no Reino Unido, desde o ska, passando pelo rocksteady até o reggae. A Island, ainda nos anos 60, também expandiu seus negócios para o rock'n roll, tendo em seu "casting" artistas como Traffic, Jethro Tull, King Crimson, Cat Stevens, Free e Fairport Convention. Assim, quando Marley fez seus primeiros passos dentro da Island em 1971, ele estava se conectando com a mais quente das gravadoras independentes na época.

Blackwell sabia da reputação de Marley na ilha caribenha. Tanto o lado no qual eram conhecidos como um bando de Rude Boys, quanto a de que eram de qualidade e fibra inigualáveis e que, acima de tudo eram muito populares e respeitados tanto na Jamaica como, já na época, em todo Caribe. Foi oferecida ao grupo uma oferta de confiança aonde Chris Blackwell, o contratante, dava um adiantamento de £ 4 000 (o equivalente aproximadamente a US$ 8 000), e uma carta branca para eles irem para a Jamaica e produzirem o material para o primeiro álbum do The Wailers na Island Records. Pela primeira vez uma banda de reggae tinha este tipo de tratamento, comparável aos seus contemporâneos do rock n' roll, com acesso ao mais alto nível de gravação. Antes disso, considerava-se que reggae só vendia discos "singles" ou coletâneas de baixo custo. Blackwell foi advertido por várias pessoas a não confiar tanto assim nos garotos e que possivelmente eles sumiriam com o dinheiro sem que se visse resultado de gravação alguma. Depois de alguns meses, os Wailers estavam de volta a Londres com o material que haviam gravado nos estúdios da Island em Kingston.

Para tornar o material mais agradável aos ouvidos do público internacional, foram acrescentadas às gravações originais, solos de guitarra e linha de teclados executadas por músicos ingleses. A estratégia de Blackwell consistia em lançar os Wailers como uma nova banda de Rock, composta por negros jamaicanos. O resultado disso foi o álbum "Catch a Fire", com uma sugestiva embalagem em forma de isqueiro, de onde se retira o vinil abrindo a tampa. O disco foi pesadamente promovido, iniciando a partir daí a escalada internacional do sucesso e reconhecimento de Bob Marley.

A cadência de Marley, aliada a suas letras de paz, protesto e engajamento social contrastavam completamente com o que rolava no cenário do rock da época. A gravadora decidiu que os Wailers deveriam excursionar fazendo shows tanto no Reino Unido, como também nos Estados Unidos, de novo uma completa novidade para uma banda de reggae. A banda embarcou numa excursão pela Europa, o que a solidificou em suas performances ao vivo. Depois de três meses, voltaram à Jamaica, e Bunny, decepcionado com a vida na estrada e o pouco dinheiro que ganhavam, recusou-se a participar da tour pelos Estados Unidos. Foi substituído por Joe Higgs, o mestre musical dos ainda adolescentes Wailers, nos tempos de Trenchtown. Nos Estados Unidos, Bob Marley e seus parceiros lotaram alguns clubes noturnos e abriram shows para outros artistas. A repercussão da banda em sua tournée andava tão bem que foram arranjadas 17 datas para os Wailers abrirem os shows de Sly & The Family Stone, na época a maior banda de Black Music da América. Depois de abrir quatro shows para Sly, Bob Marley e sua banda foram retirados da tournée. Pelo que parece, Bob Marley & The Wailers destacavam-se mais do que a banda que deveria ser a atração principal.

Sede da Tuff Gong Records, gravadora fundada por Bob

O primeiro sinal da projeção de Bob Marley como astro internacional viria através de um presente de Chris Blackwell, para o proeminente novo artista. Logo após o impacto do álbum "Catch a Fire" no mercado europeu, Blackwell entregou a Marley as chaves da Island House, uma imponente mansão situada na Hope Road Avenue, parte rica de Kingston, inclusive muito próxima à sede do governo, que ficava rua abaixo com seus imensos jardins. Em pouco tempo o novo "yard" de Marley tornou-se um núcleo de criação e uma espécie de comunidade, com acesso livre para toda a família, amigos do gueto, rastas, namoradas de uns e outros, músicos, jornalistas estrangeiros, e mais alguns outros que eventualmente apareciam para jogar o famoso futebol de fim de tarde no estacionamento da casa. Bob Marley, como revelam relatos de amigos e família, dava dinheiro e comida para pessoas que vinham da favela pedir. Era comum formar filas de mulheres com bebês, crianças, jovens e até mesmo homens que queriam começar um pequeno negócio, na porta da casa do músico.

Este clima de euforia de uma nova vida comunitária religiosa e criativa encontraria sua tradução no disco "Burnin", segundo lançamento dos Wailers pela Island Records, no final de 1973. As músicas, com um conteúdo ainda mais politizado e social que as do álbum anterior, atingiam o público branco da Europa e Estados Unidos com clássicos como "Get Up, Stand Up", na qual Bob alerta as pessoas para que lutem por seus direitos , "I Shot the Sheriff", etc. Estava a acontecer uma verdadeira revolução musical e ideológica.

Celebridades como Paul McCartney, Mick Jagger começavam a admirar o ascendente trabalho do jamaicano. O lendário Eric Clapton ressurgiu regravando "I Shot the Sherif", de Marley, versão que atingiu os primeiros lugares nas paradas, colocou o guitarrista inglês novamente no cenário musical e ajudou a alavancar ainda mais a carreira de Bob Marley & The Wailers.

Em outubro de 1974, "Natty Dread" foi lançado. Graças ao sucesso da faixa "No Woman No Cry", que atingiu o primeiro lugar na parada inglesa, Marley tornou-se ainda mais popular. A essa altura, o grupo já não contava mais com Bunny Wailer e Peter Tosh, que partiram para suas carreiras solo e foram substituídos pelas I-Threes: as cantoras Judy Mowatt, Marcia Griffiths e a mulher de Bob, Rita Marley.

Com o lançamento do próximo disco, "Rastaman Vibration", em 1976, o cantor conquistou a fama nos Estados Unidos. Na Jamaica, a sua fama já era quase mística, e em grande parte graças às mensagens de suas músicas, o pensamento rastafári estava a tornar-se muito popular nos guetos jamaicanos. Em meio a este quadro, também havia o fato de o imperador etíope Haile Selassie, considerado pelos rastas como a representação de Deus na Terra, ter falecido no final de 1975.

Tiroteio e a violência eleitoral[editar]

Bob Marley & The Wailers ao Vivo no Crystal Palace Park durante a Uprising Tour

Em 1976, ano de eleições parlamentares na Jamaica, a ilha vivia um dos períodos mais sangrentos da sua história. Havia, praticamente, uma guerra civil entre jovens militantes, que defendiam partidos distintos. Bob Marley quis dar um show gratuito pela paz e pela união da juventude. O então primeiro-ministro, líder do partido PNP, Michael Manley, apoiou e deu força à ideia do concerto pela paz, para supostamente apaziguar as tensões antes das eleições, marcadas para dali uns dias. Dois dias antes do show, a casa de Bob Marley, na Hope Road Avenue, foi invadida por um grupo de pistoleiros defensores do candidato opositor a Michael Manley, que invadiu a sala onde Marley estava a ensaiar, e disparou tiros em todas as direções, com o intuito de matá-lo. Miraculosamente, ninguém foi morto no ataque noturno.[9] A casa foi rapidamente invadida, dentro de cinco minutos, os homens entraram na casa de Marley, disparando contra todos e fugiram. Não foram capturados e nem se soube quem eles eram ou para onde foram.[10]

Don Taylor, empresário de Marley, estava a aproximar-se dele no exato momento em que os homens começaram a disparar, levando vários tiros e tendo, como legado deste fato, uma vida sobre a cadeira de rodas. Rita Marley levou um tiro de raspão na cabeça. O projétil ficou alojado em seu couro cabeludo. Marley recebeu um tiro, que raspou seu peito logo abaixo do coração e penetrou profundamente em seu braço esquerdo. O caso de Marley foi o menos grave entre os atingidos, sendo o primeiro a sair do hospital. No dia 5 de Dezembro, Bob, depois de muitos alertas, resolveu subir ao palco do festival mesmo baleado. Ainda com os curativos, Marley apresentou-se no concerto "Smile Jamaica", pela paz, e depois mostrou os seus ferimentos ao público. Nesta ocasião, ao ser questionado sobre o fato de comparecer ao show mesmo baleado, o músico disse uma de suas mais conhecidas frases: "As pessoas que estão a tentar destruir o mundo não tiram um dia de folga. Como posso eu tirar, se estou a fazer o bem?".[11][12]

A continuação da jornada musical[editar]

Logo após o concerto "Smile Jamaica", o cantor mudou-se para Londres, temendo que fosse vítima de outro atentado político, devido aos temas e críticas políticas e sociais de suas músicas. Em Londres, gravou seu disco "Exodus". A partir de então, o sucesso dos The Wailers só aumentou e cada disco lançado destacava-se nas primeiras posições inglesas e americanas.

Estátua de Bob Marley em Kingston

Bob Marley voltou a morar na Jamaica em 1978. O músico resolveu conceder um concerto gratuito em Kingston para comemorar o seu retorno. No dia 22 de abril de 1978, Bob Marley & The Wailers apresentaram-se no Estádio Nacional de Kingston, no famoso "One Love Peace Concert". Neste show, Marley chamou ao palco o então primeiro-ministro jamaicano, Michael Manley, líder do partido PNP, e Edward Seaga, líder do partido da oposição, para que dessem as mãos e fizessem um juramento de paz. A multidão que assistia ao concerto foi à loucura.

Ainda em 1978, Bob foi pela primeira vez a África, onde visitou o Quénia e a Etiópia, país sagrado reverenciado pelo movimento rastafári. Depois de uma nova tournée pela Europa e EUA, o grupo lançou o disco ao vivo "Babylon By Bus", e tocou na Austrália, Japão e Nova Zelândia. Em 1979, Bob Marley & The Wailers lançaram seu álbum mais politizado de todos. "Survival" tinha como tema nas suas músicas os problemas sociais e políticos pelos quais o continente africano passava, como guerras, fome e o domínio branco. Neste álbum, foi lançada a música "Zimbabwe": uma música de apoio aos rebeldes negros da Rodésia, que estavam prestes a conquistarem sua independência do domínio branco, criando o estado do Zimbabwe. "Africa Unite" também é uma música clássica deste álbum, que mistura assuntos da fé rastafári com a situação social dos africanos. "Survival" chegou a ser censurado pelo regime do Apartheid na África do Sul. Mas, por sua vez, África era o único continente em que o grupo ainda não se havia apresentado. Porém, em 1980, após terem se apresentado no início do ano no Gabão, Bob Marley e sua banda foram convidados a se apresentarem na cerimonia de independência do Zimbabwe. Bob Marley & The Wailers apresentaram-se em 18 e 19 de abril na festa de independência, em Harare, no Zimbabwe.

Em maio de 1980, foi lançado "Uprising", sucesso instantâneo no mundo inteiro com hits como "Could You Be Loved" e a comovente faixa de encerramento "Redemption Song". Os Wailers embarcaram na sua maior tournée europeia, arrasando quarteirões em todos os lugares em que passaram, incluindo o legendário show em Milão, Itália, com público estimado em 100 000 pessoas, recorde absoluto até então para qualquer banda do mundo. Bob Marley & the Wailers eram simplesmente a banda em tournée mais importante daquele ano e o álbum "Uprising" bateu todas as paradas de sucesso no continente europeu. Foi um período de máximo otimismo na carreira de Bob Marley.

A descoberta do cancro e a batalha contra a doença[editar]

Diagnóstico[editar]

Após a tournée europeia, com uma vasta agenda marcada, Bob Marley e a banda partiram para os Estados Unidos, quando fizeram dois shows no Madison Square Garden. Durante a segunda apresentação, Bob passou mal no palco e começou a ser averiguado o que se passava com o ídolo do reggae. Bob, embora com problemas de saúde, chegou a fazer ainda mais um show em Pittsburgh, no dia 23 de setembro de 1980 (último show de Bob Marley), mas logo o mundo recebeu a triste notícia de que o astro do reggae sofria de uma espécie de cancro de pele chamado melanoma lentiginoso acral, um dos vários tipos de melanoma, que se desenvolveu na unha do dedão do pé. Os médicos aconselharam-no a amputar o dedo, porém Marley recusou-se a fazê-lo devido à sua filosofia rastafári, de que o corpo é um templo que ninguém pode modificar (motivo pelos quais os rastas deixam crescer a barba e os dreadlocks). Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge.

Colapso e tratamento[editar]

O cancro espalhou-se para o cérebro, o pulmão e o estômago. Ele lutou contra a doença durante oito meses buscando tratamento na clínica do Dr. Joseph Issels na Alemanha, no final de 1980 e início de 1981. Durante algum tempo, o estado de Marley parecia ter se estabilizado com o tratamento naturalista do médico alemão.

Morte[editar]

Em maio de 1981, quando o Dr. Joseph Issels anuncia que nada mais poderia ser feito, Bob Marley já abatido pela doença, resolveu retornar para sua casa na Jamaica para passar seus últimos dias junto à família e amigos. Ele não conseguiu completar a viagem, tendo que ser internado em um hospital de Miami. Faleceu pouco antes do meio-dia de 11 de maio de 1981, menos de 40 horas depois de deixar a Alemanha.

Vida Pessoal[editar]

Bob Marley foi pai de onze filhos biológicos, e adotou oficialmente duas enteadas: A primeira filha de Bob, nascida em 22 de maio de 1963, em Kingston, se chama Imani Carole Marley, atualmente senadora da Jamaica, e é fruto de um relacionamento de três anos com a estudante jamaicana Cheryl Murray. Em 1965, após o término de sua união conjugal, começou a namorar com Alpharita Anderson, mais conhecida no mundo artístico como Rita Marley, que era mãe solteira de uma menina que se chamava Sharon, nascida em 23 de novembro de 1964, em Kingston. Bob e Rita casaram-se oficialmente em 10 de fevereiro de 1966, também na capital jamaicana, e após a união, o Rei do Reggae registrou e criou sua enteada como filha. Sharon Marley é curadora do museu de Bob Marley, também tendo sido backing vocal das bandas de seus irmãos e trabalha como filantropa em uma grande diversidade de serviços sociais e de caridade pelo mundo. O casal teve três filhos biológicos: Cedella Marley, nascida em 23 de agosto de 1967, David Marley, nascido em 17 de outubro de 1968, que é cantor, compositor e produtor musical. Esses dois filhos nasceram em Kingston, e Stephen Marley, nascido em 20 de abril de 1972, em Wilmington. Bob traiu Rita, e engravidou a jamaicana Pat Williams, que deu à luz em Kingston a Robert Marley, nascido em 16 de maio de 1972. Ele não seguiu carreira artística e formou-se em computação gráfica, chegando a ser dublê em cenas com motos. Em outro caso extraconjugal, Bob engravidou a dançarina jamaicana Janet Dunn, que deu à luz em Kingston a Rohan Marley, em 19 de maio de 1972. Ele seguiu a carreira de empresário e jogador de futebol americano. Rita, ao saber dos dois filhos frutos das traições de Bob, já que as mães das crianças abandonaram os meninos com Bob, fez com que ela se separasse do cantor ainda em 1972. Solteiro e mantendo relacionamentos casuais, engravidou a inglesa Janet Bowen, que deu à luz Karen Marley, nascida em Londres, em 15 de maio de 1973, e também dada a Bob Marley pela mãe. Karen seguiu a carreira de escritora, estilista e design de interiores. Em 1973, Bob e Rita reconciliaram-se, e Rita aceitou criar os três filhos de Bob. Rita estava grávida de outro homem, que a abandonou após ela engravidar. Bob aceitou cuidar da criança e registrá-la como filha. Em 10 de março de 1974, em Kingston, nasceu Stephanie Marley, que estudou psicologia e artes plásticas, e tornou-se empresária, abrindo um Resort e Spa em Nassau, nas Bahamas, onde vive, e que leva o sobrenome do pai - "Marley Resort and Spa". Após outras traições, Bob teve mais filhos: Julian Ricardo Marley, nascido em 04 de junho de 1975, em Londres, fruto de um caso entre Bob e a inglesa Lucy Pounder. Julian seguiu carreira na música, e é multi-instrumentista. Toca baixo, bateria e teclado, e gravou sua primeira canção aos cinco anos de idade. Seu primeiro álbum foi lançado quando ele tinha apenas 14 anos. Ele eventualmente viajava a Jamaica visitar o pai e os meios-irmãos. Ainda nesse ano, Bob envolveu-se com Anita Belnavis, uma campeã caribenha de tênis de mesa, com quem teve o filho Ky-Mani Marley, nascido em 26 de fevereiro de 1976, em Miami, e que esporadicamente visitava o pai e a família paterna na Jamaica. Ky-Mani estudou artes cênicas, trabalhando como ator, eventualmente compondo músicas e fazendo shows como cantor de músicas próprias e de seu pai. Em 1977, Bob Marley manteve um caso com Cindy Breakspeare, uma modelo e dançarina canadense, com quem teve o cantor Damian Marley, nascido em Kingston, em 21 de julho de 1978, que também viajava a Jamaica para visitar o pai e sua família. A última filha de Bob Marley, Makeda Jahnesta Marley, nasceu em Miami, no dia 30 de maio de 1981, semanas após a morte do ídolo do reggae mundial, fruto de uma noite de Bob com uma fã anônima. Ela também mantém contatos esporádicos com os meios-irmãos. Formou-se em administração na Universidade da Pensilvânia.[13]

Reputação póstuma[editar]

A música, a mensagem e a lenda de Bob Marley ganharam mais e mais força desde a sua morte, dando-lhe um status mítico, similar ao de Elvis Presley e John Lennon. Marley é enormemente popular e bastante conhecido ao redor do mundo inteiro. É considerado o rei do reggae e é visto como uma das maiores vozes do povo pobre e oprimido, e um dos maiores defensores da paz, da liberdade e da igualdade social e de direitos.

Foi descrito por contemporâneos como a primeira celebridade do terceiro mundo.[14]

Convicções políticas e religiosas[editar]

Bob Marley, embora criado em um ambiente católico romano, tornou-se em 1966 adepto do movimento político-religioso rastafári, que proclama Haile Selassie (imperador da Etiópia falecido em 1975) como a representação divina na Terra e que defende o retorno do homem negro pelo mundo para a África. Bob Marley, altamente influenciado pela filosofia rastafári, expressava espiritualidade e defendia a liberdade, paz, igualdade social e de direitos, o amor universal e a irmandade para toda humanidade nas suas músicas, fazendo com que o movimento rastafári fosse conhecido pelo mundo inteiro. Mortimer Planno foi um ancião rasta que deu-lhe ensinamentos sobre o movimento.

Marley foi defensor da planta cannabis, usada por ele por razões religiosas. Na capa de Catch a Fire, ele é visto a fumar uma "ganja", e o uso espiritual da maconha, característico do Movimento Rastafári, é mencionado em algumas das suas músicas. Na fé rastafári, os cabelos com dreadlocks - que não podem ser cortados ou aparados - representam a força espiritual e a ligação com Deus, cujo fundamento encontra-se no Voto Nazireu hebraico, descrito em Números 6, no Antigo Testamento.

Em 4 de novembro de 1980, no entanto, Marley foi batizado na Igreja Ortodoxa Etíope pelo abuná (Arcebispo) Yesehaq.[15][16] O hierarca foi convencido pelo cometimento do cantor à fé, concedendo-lhe um funeral cristão ortodoxo depois de sua morte.[17]

Controvérsia sobre o local do túmulo[editar]

Em janeiro de 2005, foi divulgado que Rita Marley estava a planear exumar os restos de Bob Marley e enterrá-los em Shashamane, Etiópia. Ao anunciar sua decisão, Rita afirmou que "toda a vida do Bob foi centrada em África, não na Jamaica". Os jamaicanos foram amplamente contra a proposta, e a comemoração do aniversário de Bob em 6 de fevereiro de 2005 foi celebrada em Shashamane pela primeira vez, pois, antes todas as outras haviam sido realizadas na Jamaica.[18]

Prêmios e honrarias[editar]

Estrela de Marley na Calçada da Fama, em Hollywood
  • 1976 — Banda do Ano (Rolling Stone)
  • Junho de 1978 — Premiado com a "Medalha de Paz do Terceiro Mundo" pelas Nações Unidas
  • Fevereiro de 1981 — Premiado com a mais alta condecoração jamaicana, a "Ordem ao Mérito"
  • 1999 — Álbum do século (revista Time) por Exodus
  • Fevereiro de 2001 — Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood
  • Fevereiro de 2001 — Premiado com um Grammy pelo "Conjunto da Obra"
  • 2004: A Rolling Stone classificou-o # 11 em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos"[19]
  • "One Love" chamada canção do milénio pela BBC
  • Votado como um dos maiores letristas de todos os tempos por uma sondagem da BBC

Discografia[editar]

Álbuns de estúdio[editar]

Álbum Banda Data de lançamento Gravadora
The Wailing Wailers The Wailers 1965 Studio One
Soul Rebels The Wailers Dezembro de 1970 Upsetter/Trojan
Soul Revolution The Wailers 1971 Upsetter/Trojan
Soul Revolution Part II The Wailers 1971 Upsetter/Trojan
The Best of The Wailers The Wailers Agosto de 1971 Beverley's
Catch a Fire The Wailers 13 de abril de 1973 Island/Tuff Gong
Burnin' The Wailers 19 de outubro de 1973 Island/Tuff Gong
Natty Dread Bob Marley & The Wailers 25 de outubro de 1974 Island/Tuff Gong
Rastaman Vibration Bob Marley & The Wailers 30 de abril de 1976 Island/Tuff Gong
Exodus Bob Marley & The Wailers 3 de junho de 1977 Island/Tuff Gong
Kaya Bob Marley & The Wailers 23 de março de 1978 Island/Tuff Gong
Survival Bob Marley & The Wailers 2 de outubro de 1979 Island/Tuff Gong
Uprising Bob Marley & The Wailers 10 de junho de 1980 Island/Tuff Gong
Confrontation Bob Marley & The Wailers 23 de maio de 1983 (póstumo) Island/Tuff Gong

Álbuns ao vivo[editar]

Álbum Data Gravadora
Live! 5 de dezembro de 1975 Island/Tuff Gong
Babylon by Bus 10 de novembro de 1978 Island/Tuff Gong
Talkin' Blues (gravado em 1973) 4 de fevereiro de 1991 Island/Tuff Gong
Live at the Roxy (gravado em 1976) 24 de junho de 2003 Island/Tuff Gong

Videografia[editar]

  • Rebel Music: The Bob Marley Storydocumentário dirigido por Jeremy Marr, lançado em 2001 pela Universal Music.
  • One Love: The Bob Marley All-Star Tribute — tributo de diversos artistas exibido originalmente pela TNT[20] e lançado em 1999 pela Palm Pictures.
  • Legend — documentário e compilação de 23 canções com a banda The Wailers, lançada em 1979 pela Universal Music.
  • Bob Marley Live At The Rainbow — espetáculo realizado no Teatro Rainbow em Londres no verão de 1977 e lançado em 2005 pela Universal Music.
  • Marley — documentário-musical, dirigido por Kevin Macdonald, lançando em 2012 pela Magnolia Pictures.

Bibliografia[editar]

  • Marley, Rita e Jones, Rettie. No Woman No Cry: My Life With Bob Marley
  • White, Timothy. Catch a Fire: The Life of Bob Marley. Owl Books (NY), 1998.

Referências

  1. «Certidão de lista de associadas da Audiogest» (pdf). IGAC/Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 8 de Janeiro de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 24 de dezembro de 2013 
  2. «Michael Jackson, Elvis Presley Are Top-Earning Dead Musicians». Rolling Stone. 1 de novembro de 2012. Consultado em 30 de janeiro de 2013 
  3. Wyclef Jean. «100 Greatest Artists: Bob Marley» (em English). Consultado em 3 de setembro de 2011 
  4. 4,0 4,1 Bob Marley Official Site: History
  5. McHugh, Catherine. «7 Fascinating Facts About Bob Marley». Biography (em English). Consultado em 9 de maio de 2021 
  6. Junior Braithwaite interview at iration. Data: 5 de maio de 1985. Entrevistador: Roger Steffens. Visitada em 7 de novembro de 2013.
  7. «When Haile Selassie went to Jamaica in 1966». africasacountry.com (em English). Consultado em 9 de maio de 2021 
  8. John Rabbit Bundrick: Bob Goes to Sweden: Marley's Legacy
  9. Riepl, Martin (6 de setembro de 2016). «O dia em que tentaram matar Bob Marley com um tiro no coração». BBC News Brasil 
  10. Riepl, Martin (5 de setembro de 2016). «El día que intentaron matar a Bob Marley de un balazo en el corazón». BBC News Mundo (em español) 
  11. «Bob Marley sofre tentativa de assassinato na Jamaica». The History Channel. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  12. BBC, Da (6 de setembro de 2016). «O dia em que tentaram matar Bob Marley com um tiro no coração». Música. Consultado em 6 de fevereiro de 2020 
  13. http://www.zinios.com.br, ZINIOS Projetos Especiais-. «A vida de Bob Marley - Os filhos do Rei!». www.surforeggae.com. Consultado em 9 de maio de 2021 
  14. BORDOWITZ, Hank. Every Little Thing Gonna Be Alright: The Bob Marley Reader
  15. Marley, Rita. No Woman, No Cry: My Life with Bob Marley. [S.l.: s.n.] 
  16. White, Timothy. Catch A Fire: The Life Of Bob Marley:. [S.l.: s.n.] 
  17. Journey to Orthodoxy: Bob Marley: Orthodox Christian
  18. The Guardian: Ethiopia reburial for Bob Marley
  19. «The Immortals: The First Fifty». Rolling Stone Issue 946. Rolling Stone 
  20. One Love — DVD Verdict. (visitado em 14-9-09).

Ver também[editar]

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