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Candidato perene

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

Um candidato perene é um candidato político que frequentemente concorre a cargos eletivos e raramente, ou nunca, vence a eleição.[1][2] A existência de candidatos perenes reside no fato de que, em alguns países, não há leis que limitem o número de vezes que uma pessoa pode concorrer a um cargo político.[3][4]

Candidatos perenes podem assumir muitas formas; independentes sem apoio dos principais partidos, candidatos de grandes partidos concorrendo em distritos eleitorais seguros para o partido rival ou concorrendo sem sucesso pela indicação de seu partido nas primárias. Alguns candidatos perenes concorrem sabendo que não podem vencer a eleição seja por sátira política, para promover agendas marginais ou para receber benefícios de candidatos, como fundos eleitorais.[5]

Exemplos[editar]

Brasil[editar]

Devido ao complexo e intrincado sistema político brasileiro no que diz respeito aos partidos políticos, existem mais de 30 partidos políticos no Brasil. Nesse cenário, é muito útil ter candidatos sem chances de vitória que possam fazer um bom número de votos e aumentar a contagem geral de votos de um partido (ou coalizão).[carece de fontes?]

  • Luiz Inácio Lula da Silva concorreu à presidência do Brasil nas eleições de 1989, 1994 e 1998, ocupando o segundo lugar em cada ocasião. Ele finalmente venceu por uma maioria esmagadora na eleição presidencial de 2002 e foi reeleito em 2006.
  • José Maria Eymael concorreu à presidência cinco vezes (1998, 2006, 2010, 2014 e 2018); ele nunca conseguiu atingir 1% dos votos em nenhuma delas. Ele também concorreu à prefeitura de São Paulo sem sucesso em 1985 e 1992, embora tenha conquistado dois mandatos na Câmara dos Deputados, entre 1987 a 1995.
  • Rui Costa Pimenta, líder e fundador do trotskista Partido da Causa Operária (PCO), concorreu à Presidência em 2002, 2010 e 2014 (sua candidatura em 2006 foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral).[6] Ele esteve último lugar em todas as vezes em que concorreu, com seu melhor desempenho sendo 0,04% dos votos em 2002.
  • Vera Guasso, dirigente sindical, concorreu pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) ao cargos de vereadora em Porto Alegre, prefeita de Porto Alegre, senadora e outros cargos em uma candidatura em série ininterrupta (a cada dois anos) desde o início da década de 1990 em diante. Em seus melhores resultados, ela teve números de votos nas eleições locais de Porto Alegre semelhantes aos dos candidatos eleitos menos votados, mas não conseguiu uma cadeira na Câmara de Porto Alegre devido à pequena votação geral de seu partido.[7]
  • Enéas Carneiro, médico cardiologista e fundador do Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), de extrema-direita, concorreu à presidência por três vezes, em 1989, 1994 e 1998. Ele era conhecido principalmente por seu estilo cômico de discurso no horário eleitoral (em parte devido ao tempo reduzido que seu partido tinha) e sua barba distinta.[8] Ele também foi candidato a prefeito de São Paulo nas eleições de 2000, antes de finalmente ser eleito deputado federal em 2002 com votação recorde. Ele foi reeleito em 2006, mas faleceu no ano seguinte em decorrência de uma leucemia mieloide aguda.[9][10]
  • José Maria de Almeida, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), concorreu à Presidência em quatro ocasiões: 1998, 2002, 2010 e 2014. Seu melhor desempenho foi em 2002, quando obteve 0,47% dos votos.
  • Levy Fidelix, líder e fundador do conservador Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), concorreu a todas as eleições municipais e gerais realizadas no Brasil de 1996 a 2020. Foi duas vezes candidato à Presidência (em 2010 e 2014), duas vezes candidato ao Governo do Estado de São Paulo (em 1998 e 2002) e cinco vezes candidato à Prefeitura de São Paulo (em 1996, 2008, 2012, 2016 e 2020), nunca sendo eleito para nenhum cargo em sua carreira política. Fidelix morreu em decorrência de complicações relacionadas a COVID-19 em 23 de abril de 2021.[11][12][13][14]

Referências

  1. Zeitz, Josh (8 de fevereiro de 2015). «The Death of the Three-Time Candidate». POLITICO Magazine (em English). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  2. Aragão, Alexandre (11 de setembro de 2018). «Candidatos que não desistem nunca». Piauí. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  3. Brown, Chris (29 de setembro de 2015). «Canada election 2015: Perennial candidates make running and losing a full-time job» (em English). Canadian Broadcasting Corporation. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  4. Weeks, Linton (23 de setembro de 2011). «Also-Rans: What Drives The Perennial Candidates?». NPR (em English). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  5. «Em defesa de ser um candidato perene». billmcgaughey.com (em español). Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  6. «STF mantém impugnação da candidatura de Rui Pimenta». O Globo. 14 de setembro de 2006. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  7. Germano, Paulo (21 de agosto de 2018). «Onde está Vera Guasso, que concorreu em 12 eleições seguidas e desta vez está fora». GZH. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  8. Correa Lima, Natasha (28 abril 2017). «Nacionalista, Enéas Carneiro fez história com bordão e apenas 15 segundos na TV». Acervo, jornal O Globo. O Globo. Consultado em 10 de abril de 2019 
  9. «Morre o deputado federal Enéas Carneiro». G1. 6 de maio de 2007. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  10. Denise Luna (6 de maio de 2007). «Deputado Enéas Carneiro morre aos 68 anos de leucemia». Reuters. Consultado em 6 de maio de 2007. Arquivado do original em 8 de maio de 2007 
  11. «Morre Levy Fidelix, fundador do PRTB, aos 69 anos». Terra. Consultado em 24 de abril de 2021 
  12. «Morre Levy Fidelix, fundador do PRTB, aos 69 anos - Política». Estadão. Consultado em 24 de abril de 2021 
  13. «Morre Levy Fidelix, presidente nacional do PRTB, aos 69 anos». O Globo. 24 de abril de 2021. Consultado em 24 de abril de 2021 
  14. «Levy Fidelix, presidente do PRTB, morre aos 69 anos em São Paulo». VEJA. Consultado em 24 de abril de 2021 


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