Catarina Andreevna Balashova
| Catarina Andreevna | |
|---|---|
| Condessa Shuvalova
Condessa Balashova | |
 | |
| Marido | Nicolau Petrovich Balashov |
| Descendência | Pedro Nikolaevich Balashov Alexandre Nikolaevich Balashov Andrei Nikolaevich Balashov Sofia Nikolaevna Osten-Saken |
| Casa | Shuvalov (por nascimento) Balashov (por casamento) |
| Nome completo | Elizabeth Andreevna Vorontsova-Dashkova |
| Nascimento | 1848 |
| Rússia | |
| Morte | 1931 (83 anos) Viroflay, França |
| 1931 | |
| Pai | Andrei Pavlovich Shuvalov |
| Mãe | Sofia Mikhailovna Vorontsova |
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Condessa Catarina Andreevna Balashova, nascida Shuvalova(1848, Império Russo -1931, Viroflay, França). Dama de honra da corte mais tarde Dama da Ordem de Santa Catarina (menos do que a cruz) . Neta do Príncipe Mikhail Semyonovich Vorontsov e filha Andrei Pavlovich Shuvalov, esposa de Nicolau Petrovich Balashov (1840-1931). Segundo um contemporâneo, Madame Balashova era uma loira extrema, quase branca, uma mulher refinada e naturalmente graciosa, capaz de organizar recepções lotadas que se distinguem pela solenidade e bom gosto. Ela era a herdeira das propriedades de Massandra , Ai-Danil e a posse de Staroselye.
Família[editar]
Catarina Andreevna era a segunda filha do Conde Andrei Pavlovich Shuvalov (1816-1876) e da Condessa Sofia Mikhailovna Vorontsova (1825-1879). Seu pai era filho do diplomata Conde Paulo Andreievich Shuvalov (1776–1823) e herdeiro de uma grande fortuna. A mãe era filha de Elizabeth Ksaverevna nascida Condessa Branitskaya, com o Príncipe Mikhail Semyonovich Vorontsov . Catarina tinha 2 irmãos mais velhos, Paulo e Elizabeth e 4 irmãos mais novos, Mikhail, Pedro, Maria e Andrei, sendo muito apegada a irmã Elizabeth, que se casaria com o Conde Illarion Ivanovich Vorontsov-Dashkov. A vida familiar Shuvalov não era particularmente boa, em 1850 seu pai teve um relacionamento com outra mulher, e de fato seus pais viviam em casas diferentes. Na infância, Catarina chegou a visitar o Palácio Vorontsov na Criméia, onde sua mãe havia herdado uma parte do palácio de seu pai, que depois passou a ser chamada de ''Ala Shuvalov''.
Casamento[editar]
Em 9 de novembro de 1869, a jovem condessa se casou com o general adjunto Conde Nicolau Petrovich Balashov (1840-1931) com quem teve 5 filhos, Pedro, Alexandre, Andrei, Sofia e Alexandra (que viria a falecer de pneumonia em 1896) Seu marido ocupava um cargo muito alto - chefe Ogermeister da corte de sua Majestade Imperial, ou seja, ele estava encarregado de toda a economia de caça do rei. Ele era membro do conselho soberano e conselheiro privado. Ele tinha o direito de enviar cartas ao imperador, ignorando a chancelaria. Ele foi um dos famosos proprietários de terras russos, vice-diretor da Sociedade para a Promoção das Artes.
Em 1871 nasceu o primeiro filho do casal, Pedro. Em 1874, nasceu o segundo filho da família, batizado de Andrei, em homenagem ao avô materno, o Conde Shuvalov. No ano seguinte, em 1875, mais um menino nasceu nas família Balashov, dessa vez chamado de Alexandre, mas infelizmente a criança faleceu prematuramente com poucos dias de vida. Em 1877 a primeira filha mulher nasceu, batizada de Alexandra, em homenagem a avó paterna.Quase 10 anos mais tarde, em 1886, Catarina Andreevna deu a luz última criança dos Balashovs, batizada de Sofia, em homenagem a avó materna. Em 1896, a família sofreu um duro golpe quando a filha mais velha, Alexandra Nikolaevna, faleceu aos 19 anos de idade. Fontes variam na causa da morte da jovem condessa, alguns indicam que ela teria morrido depois de contrair uma pneumonia enquanto outros indicam que na verdade Alexandra teria morrido após sofrer uma queda enquanto cavalgava. A jovem condessa foi enterrada em um lugar de destaque no jazigo familiar do Palácio de Gomel, que pertencia ao tio do esposo de Catarina Andreevna, o Sereno Príncipe Feodor Ivanovich Paskevich-Erivansky (1823-1903). Um epitáfio estava inscrito no túmulo: "A donzela não morreu, mas está dormindo".
No início do séc.XX a família morava em São Petersburgo, em uma mansão na prestigiada rua Gorokhovaya, no número 10, onde havia vivido a Princesa Natália Petrovna Golitsyna, a inspiração para a personagem principal da história de Pushkin " A Dama de Espadas ". . Era uma das famílias mais ricas do império. Propriedades, fábricas, minas nos Urais, minas de ouro na Sibéria Oriental. Em 1906, havia 330 mil acres de terra atrás deles, em particular na província de Kiev - 43 mil.
Posses[editar]
Em 1882, o tio de Catarina, o Mais Sereno Príncipe Semyon Mikhailovich Vorontsov, morreu sem herdeiros. De acordo com a vontade de seu falecido tio, as posses dele de Massanda e Ai-Danil, na Criméia, deveriam passar para sua esposa viúva, Maria Vasilievna Vorontsova, mas também para Catarina Andreevna. Para resolver a situação, a Princesa Vorontsova desistiu do direito de possuir Massandra e transferiu-o para a Catarina Andreevna Balashova, que assumiu a obrigação de "pagar à princesa Maria Vasilievna Vorontsova uma anuidade vitalícia no valor de 27.133 rublos anuais por desistir de seu direito de posse vitalícia de Massandra e Ai-Danil". “Pelo comando imperial que se seguiu em 12 de janeiro de 1889,” a propriedade de Massandra foi adquirida pelo Departamento de Appanages em 1889 para o Imperador Alexandre III da Condessa E.A. Balashova no valor de 1 milhão 874 mil 050 rublos. Alexandre III tornou-se o proprietário da propriedade de Massandra e do palácio inacabado nela.
Em 5 de janeiro de 1903, o irmão de Catarina, o Sereno Príncipe e Conde Shuvalov, Mikhail Andreievich (1850-1903), dono de toda a fortuna e posses da família Vorontsov, morreu sem deixar herdeiros. Dessa forma, por decisão do Tribunal do Distrito de São Petersburgo de 1 de maio de 1904, a fortuna e bens da família Vorontsov foram divididos entre os parentes mais próximos de Mikhail, que na época eram as suas duas únicas irmãs ainda vivas, a Condessa Elizabeth Andreevna Vorontsova-Dashkova e a Condessa Catarina Andreevna Balashova colocando as famílias Balashov e os Vorontsov-Dashkov entre os maiores proprietários de terras da Rússia do início do Século XX. Na partilha de bens, sua irmã mais velha Elizabeth, herdou as obras de ferro da South Kamsky, uma casa lucrativa em São Petersburgo, o Palácio Vorontsov em Alupka, a propriedade de Pargolovo, a propriedade Andreevskoye ,o Palácio Vorontsov em Odessa ao passo que Catarina Andreevna herdou dentre outra possses as propriedades de Massandra e Ai-Danil, ambas situadas em Yalta na costa sul da Crimeia, Staroselye na região de Odessa, e a propriedade Moshnogorodishche. (Situada atualmente na vila Moshny da região Tcherkássi da Ucrânia).
Segundo a lenda, Catarina visitava pelo menos uma vez por ano sua propriedade em Moshnogorodishche, onde o Palácio Balashov ostentava, um magnífico parque de 100 hectares e possuía um zoológico que continha, em particular, lhamas da América do Sul doados pelo Imperador Alexandre I. Durante esse período, ocorreu o desenvolvimento ativo do sistema de assistência médica das pessoas comuns na região. Quando Catarina assumiu a propriedade, havia dois hospitais em péssimo funcionamento e ela começou a colocar os dois hospitais em boas condições. Todo ano eram gastos nele por 8 mil rublos com hospitais da propriedade e 13,5 mil rublos eram gastos no conteúdo da educação local.
Em 1892, houve uma epidemia de cólera na região. Imediatamente criou-se uma comissão para combater a doença, chefiada por Catarina. Eles desinfetaram a água potável, cavaram novos poços. Foram abertos 22 centros de acolhimento e contratados médicos adicionais. Havia dois "esquadrões voadores", que foram imediatamente para onde a situação era mais difícil, juntamente com Catarina. A condessa visitou os pacientes, confortou-os com palavras cordiais e gentis, ajudou com dinheiro, remédios, comida, vinho, utensílios. Em 1894, em homenagem ao 25º aniversário de casamento dos Balashov, dois hospitais com 10 leitos fixos foram abertos no assentamento
Em 24 de abril de 1905, em uma reunião rural, o morador da cidade I. Musienko exigiu que os proprietários da terra dessem a cada homem dois dízimos. Então alguém envenenou as plantações dos proprietários de terras. E em 4 de junho de 1906, a reunião decidiu não pagar impostos. Para punir os descontentes, chegou um destacamento de cavalaria do Inguchê. Um camponês foi morto em uma escaramuça. Onze rebeldes gravemente feridos. Em 1913 a Imperatriz Viúva Maria Feodorovna visitou Moshnogorodishche durante as celebrações do tricentenário da dinastia Romanov.
Revolução e exílio[editar]
Após a revolução estourar na Rússia em 1917, a família Balashov foi para a sua propriedade na Crimeia, de onde partiram para o exterior com parentes. Em outubro de 1919, a propriedade dos Balashovs de Moshnogorodishche foi saqueada e queimadas por camponeses. As ricas adegas explodiram. Mil e quinhentos gamos e outros animais do zoológico foram baleados e comidos pelos soldados do Exército Vermelho. O custo dos animais foi estimado em 45 mil rublos. No exterior a família se instalou na França, assim como famílias aristocratas da Rússia e onde estavam também seus parentes da família Vorontsov-Dashkov. Em 1931, Nicolau Petrovich Balashov faleceu em na comuna francesa de Chaville, perto de Paris e foi enterrado sob o nome de Príncisa Paskevich-Balashova.
Descendência[editar]
- Pedro Nikolaevich Balashov (1871-1939). Político russo, membro da Duma do Estado da província de Podolsk, líder da União Nacional da Rússia e facções nacionalistas na Duma das convocações III e IV. Ele era próximo do Presidente do Conselho de Ministros Pedro Arkadyevich Stolypin (1862-1911), assassinado enquanto assistia a uma ópera em Kiev em 1911. Ele foi casado desde 1896 com Maria Grigorievna Kantakuzina (1871-1943), uma dama de companhia da corte.
- Andrei Nikolaevich Balashov (1874-1916). Casado desde 1900 com a Condessa Alexandra Vasilievna Hendrikova (1882-1919).
- Alexandre Nikolaevich Balashov (1875-1875). Faleceu poucos dias após o nascimento.
- Alexandra Nikolaevna Balashova (1877-1896). Dama de companhia da Imperatriz. Foi madrinha de casamento de sua prima, a Condessa Alexandra Illarionovna Vorontsova-Dashkova (1860-1959) com o Conde Paulo Pavlovich Shuvalov (1859-1905) em 1890. Morreu jovem aos 19 anos, em 1896. Alguns apontam pneumonia como causa da morte, outros atribuem a uma queda de cavalo. Foi enterrada no túmulo da família dos Paskevich, no Palácio de Gomel, em um lugar de destaque. Um epitáfio estava inscrito no túmulo: "A donzela não morreu, mas está dormindo".com o Conde Paulo Pavlovich Shuvalov (1859-1905) em 1890. Morreu jovem, em 1896 de pneumonia.
- Sofia Nikolaevna Balashova (1886-1974). Casada com o Conde Nicolau Vladimirovich Osten-Saken (1879-1948), um coronel da Guarda da Vida do Regimento Hussar, diplomata e líder militar.
