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Data Privacy Brasil

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki


A Data Privacy Brasil é uma organização que nasce da união entre uma escola e uma associação civil em prol da promoção da cultura de proteção de dados e direitos digitais no Brasil e no mundo. Para isso, com o apoio de uma equipe multidisciplinar, realiza formações, eventos, certificações, consultorias, conteúdos multimídia, pesquisas de interesse público e auditorias cívicas para promoção de direitos em uma sociedade datificada marcada por assimetrias e injustiças. Por meio da educação, da sensibilização e da mobilização da sociedade, almeja uma sociedade democrática onde as tecnologias estejam a serviço da autonomia e dignidade das pessoas.

Origem[editar]

O Data Privacy Brasil é um espaço de articulação entre duas organizações distintas: a Data Privacy Ensino Ltda., fundada em 2018, e a Associação de Pesquisa Data Privacy Brasil, fundada em 2019 e formalizada em 2020.

Fundado em 2018, o Data Privacy Brasil Ensino surge como um espaço para difundir e inovar no conhecimento sobre privacidade e proteção de dados no país. Em uma sociedade cada vez mais orientada por dados, temas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), privacidade, proteção de dados, regulação, novas tecnologias, e design para a privacidade, ganham ainda mais importância. Se por um lado, a privacidade e a proteção de dados são peças fundamentais dentro deste novo ecossistema tecnológico no qual vivemos, de outro, não estamos limitados à elas. Para além das correlações entre todos esses assuntos, seguimos atento às inovações tecnológicas e às áreas ao seu redor – que ganham cada vez mais força e terreno.

Ao longo de três anos, mais de 4 mil alunos de diversas áreas de atuação e regiões do país passaram pelas salas de aula do Data. Desde de 2020 todos os cursos são 100% digitais, em formato EAD ou online ao vivo. Com conteúdo adaptado para um linguagem mais prática, com exercícios e estudos de caso, esta é uma escola para todos aqueles que se interessam e querem se aprofundar na rica temática da privacidade, proteção de dados e novas tecnologias.

Já a Associação de Pesquisa Data Privacy Brasil foi criada como instituto focado em pesquisa e incidência. A partir de uma Política de Financiamento Ético, a associação desenvolve projetos estratégicos de pesquisa em proteção de dados pessoais, mobilizando conhecimentos que podem ajudar reguladores, juízes e profissionais do direito e em privacidade a lidar com questões complexas que exigem conhecimento profundo sobre como os sistemas sócio técnicos que afetam os direitos fundamentais. A associação é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

Privacidade e pandemia[editar]

Em abril de 2020, a associação lançou o relatório "Privacidade e pandemia", que apresenta recomendações sobre uso de dados pessoais em políticas de combate à Covid-19.[1] O relatório apresenta recomendações a gestores públicos, como motivação clara, finalidade da coleta, ciclo de vida e descarte dos dados, pseudo-anonimização, tecnologias de código aberto e medidas de transparência.[2] De acordo com o instituto, iniciativas de monitoramento com base em informações de serviços de telecomunicações carecem de transparência e fundamentação clara.[3]

Caso IBGE no Supremo Tribunal Federal[editar]

Em maio de 2020, a associação foi aceita como amicus curiae no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 6.387 no Supremo Tribunal Federal. A ADI foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil e diferentes partidos políticos contra a Medida Provisória 954/2020 do governo federal. A Medida Provisória previa o repasse de dados (nome, endereço e telefone celular) de brasileiros, das empresas de telecomunicações ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.[4]

A tese apresentada pela associação foi de que a proteção de dados pessoais é um direito fundamental autônomo.[5] Os votos dos ministros Rosa Weber, Edson Fachin e Gilmar Mendes adotaram o mesmo posicionamento, reconhecendo o caráter autônomo da proteção de dados e a ausência de finalidade específica, adequação, necessidade e segurança no repasse dos dados de milhões de brasileiros ao IBGE.[6]

Livro - Os Dados e o Vírus (e-Book)[editar]

Em abril de 2020, a associação abriu o edital para a seleção de ensaios sobre o tema "COVID-10 e os direitos à privacidade e proteção de dados pessoais".[7] Desta seleção resultou um e-Book "Os Dados e o Vírus: pandemia, proteção de dados e democracia" que compila 18 ensaios escritos por autores de diversas partes do Brasil.[8]

Os ensaios evidenciam as tensões geradas no âmbito da saúde pública e proteção de dados pessoais pelo uso de tecnologias para o combate ao coronavírus e para a adaptação à nova realidade. Considerando a diversidade de visões apresentadas, o livro é seccionado em quatro partes: A responsabilidade do Poder Público, A ausência de salvaguardas que fragiliza os direitos, O problema do uso de dados sensíveis e O receio de uma vigilância contínua.

Financiamento e direção[editar]

A Associação possui financiamento de filantropias internacionais como Ford Foundation, Open Society Foundations e AccessNow. Os financiamentos seguem uma Política de Financiamento Ético.[9]

A Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa é dirigida por Bruno R. Bioni e Rafael A. F. Zanatta, pesquisadores da Universidade de São Paulo.

Referências

  1. Urupá, Marcos (15 de abril de 2020). «Relatório alerta para uso indevido de dados no combate ao coronavírus». TELETIME News. Consultado em 17 de junho de 2020 
  2. «Os cuidados com o uso de dados móveis na pandemia, segundo este relatório». Nexo Jornal. Consultado em 17 de junho de 2020 
  3. «Monitoramento de celular para combate a covid-19 escorrega feio em 5 pontos». www.uol.com.br. Consultado em 17 de junho de 2020 
  4. «STF barra MP que previa compartilhamento de dados pessoais com IBGE». Consultor Jurídico. Consultado em 17 de junho de 2020 
  5. «Discussão do STF sobre envio de dados ao IBGE foi de "1984" a fake news» 🔗. tecfront.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 17 de junho de 2020 
  6. «Laura Schertel Mendes: Um direito fundamental para o século 21». Folha de S.Paulo. 11 de maio de 2020. Consultado em 17 de junho de 2020 
  7. «Edital nº 01/2020 - Seleção de ensaios» (PDF). Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa. Abril de 2020. Consultado em 26 de agosto de 2020 
  8. «E-Book Os Dados e o Vírus». Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa. 27 de julho de 2020. Consultado em 26 de agosto de 2020 
  9. «Data Privacy Brasil Research |». Consultado em 17 de junho de 2020 


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