Dercy Gonçalves
Dercy Gonçalves | |
---|---|
Dercy Gonçalves em 2006 | |
Nome completo | Dolores Gonçalves Costa |
Nascimento | 23 de junho de 1907 Santa Maria Madalena, RJ |
Nacionalidade | brasileira |
Morte | 19 de julho de 2008 (101 anos)[1] Rio de Janeiro, RJ |
Ocupação | atriz, humorista e cantora |
Atividade | c 1924–2008[2] |
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Dolores Gonçalves Costa, artisticamente conhecida como Dercy Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008), foi uma atriz, humorista e cantora brasileira, oriunda do teatro de revista,[3] notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960. Foi reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial (86 anos).[4]
Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil.[5]
Biografia[editar]
Dercy veio de uma família miscigenada: a avó era negra africana e o avô, português de Coimbra.[6] Uma outra avó era “quase índia”.[7] Originária de família pobre, nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro em 1905, tendo sido registrada em 1907. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro civil. Era filha de um alfaiate, chamado Manuel Gonçalves Costa e de uma lavadeira, chamada Margarida Gonçalves Costa. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina, que foi crescendo, teve que conviver com um pai bêbado em casa e sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícia.[8][9]
Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de uma negra.
Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteria de cinema. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as artistas. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.
Aos dezessete anos fugiu de casa para Macaé embaixo do vagão de um trem, pois queria se juntar à uma trupe de teatro mambembe que lá estava, diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro.[2]
Após um tempo morando em Macaé e trabalhando no teatro circense, o circo teve que partir para se fixar em outra cidade e fazer apresentações novas. Então, ela foi junto com a Companhia de Circo para Minas Gerais, onde estreou em 1929, em Leopoldina, integrando o elenco da Companhia Maria Castro. Fazendo teatro itinerante, fez dupla com Eugênio Pascoal em 1930, com quem se apresentou por cidades do interior de alguns estados, sob o nome de "Os Pascoalinos".[5]
Dercy se apaixonou por Eugênio Pascoal, que foi seu primeiro namorado, aos 23 anos, no papel, e 25 na vida real. Dercy dissera uma vez em entrevista que, fora enganada por seu primeiro namorado, Pascoal, que a violentou sexualmente. Dercy conta que na noite em que perdeu a virgindade, usava uma camisola feita de saco de arroz: "Tinha escrito no peito: Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira", contou. Anos depois, a atriz disse que, inocente na época, não sabia o que estava acontecendo e não entendeu por que estava sangrando. Ela foi convencida a fazer sexo e não sabia que esse convencimento, mediante ameaça de término do namoro, configura-se como estupro. Após alguns anos convivendo junto com ele, por causa de ciúmes violentos por parte dele, eles se separaram.
Enquanto excursionava com a trupe pelo interior de Minas Gerais, Dercy contraiu tuberculose, tendo que se afastar de sua maior paixão, o circo. Um exportador de café mineiro chamado Ademar Martins Senra a conheceu quando passava próximo à tenda do circo e se encantou por ela, apesar de ter ficado com pena da pobre moça doente. De bom coração, pagou todas as contas do sanatório para a internação da atriz, que não tinha dinheiro suficiente para custear o tratamento.
Depois de curada, em 1934, tendo largado o circo, teve um romance com o exportador de café mineiro Ademar Martins, mesmo ele sendo casado. Desse relacionamento de 2 anos, nasceu sua única filha, em 1936,[10] Dercimar.[11]
Sua filha, Maria Dercimar Gonçalves Senra,[12] ainda é viva. O nome Dercimar é uma mistura do apelido de Dolores, Dercy, com o nome do pai dela, Ademar. Ademar descobriu que Dercy engravidou e, mesmo casado, decidiu assumir o filho fora do casamento e colocou Dercy em uma casa decente para se viver e ficou a ajudando nas despesas. Quando o bebê nasceu, Ademar registrou a criança e às vezes ia visitar Dercy e a neném. No entanto, não podiam morar juntos pelo fato de ele ser casado e o romance deles ser secreto. Um dia, porém, não apareceu mais, o que fez Dercy sofrer muito, além de ter que criar a filha sozinha. Ela, então, voltou a trabalhar em teatro.
Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto.
Na década de 1960 iniciou sua carreira-solo. Suas apresentações, em diversos teatros brasileiros, conquistavam um público cheio de moralismo. Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo, no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.
Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior em 1963, onde também conheceu o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Depois passou para a TV Rio e já na TV Globo, convenceu Boni a trabalhar na emissora, junto de Walter Clark. De 1966 a 1969 apresentou na TV Globo um programa de auditório de muito sucesso, Dercy de Verdade (1966-1969), que acabou saindo do ar com a intensificação da censura no país após o AI-5. No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso — o que a fez retomar a carreira, já octogenária.
Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.
Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra.
Sua biografia se intitula Dercy de Cabo a Rabo (1994), e foi escrita por Maria Adelaide Amaral.
Dercy de Verdade é o título dado à minissérie sobre a vida da atriz, que também foi escrita por Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. A minissérie estreou no dia 10 de janeiro de 2012 e teve 4 capítulos.
Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.
Centenário[editar]

No dia 23 de junho de 2007, Dercy Gonçalves completou cem anos com uma festa na Praça Coronel Braz, no centro do município de Santa Maria Madalena (sua cidade natal), na região serrana do Rio de Janeiro. Na festa, Dercy comeu bolo, levantou as pernas fazendo graça para os fotógrafos, falou palavrão e saudou o povo, que parou para acompanhar a comemoração. Embora oficialmente tenha completado cem anos, Dercy afirmava que seu pai a registrou com dois anos de atraso, logo teria completado 102 anos de idade.[13]
Foi este também o mês em que Dercy subiu pela última vez num palco: foi na comédia teatral Pout-PourRir (espetáculo criado e dirigido pela dupla Afra Gomes e Leandro Goulart), onde comemorou "Cem Anos de Humor", com direito à festa, autógrafos de seu DVD biográfico e um teatro hiperlotado por um público de fãs, celebridades e jornalistas. À noite, inesquecível para quem estava presente, onde Dercy foi entrevistada por uma personagem interpretada pelo ator Luís Lobianco, ainda deixou para a história duas frases memoráveis. É perguntado à atriz se ela tem medo da morte, e Dercy, sempre de forma irreverente responde: "Não tenho medo da morte, a morte é linda... (ela repensa) ...mas a vida também é muito boa!", e no fim, após cortar o bolo com as próprias mãos e atirar nos atores, diretores e plateia, faz o público emocionar-se ainda mais, dizendo: "Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha".
Morte[editar]
Dercy Gonçalves morreu no dia 19 de julho de 2008, aos 101 anos de idade,[nota 1][1] no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ela foi internada durante a madrugada. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma pneumonia comunitária grave que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória.[14] O estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em memória à atriz.[15] Encontra-se sepultada em sua terra natal em Santa Maria Madalena. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestaram, em cena, uma última homenagem a Dercy.
Trabalhos[editar]
Cinema[editar]
Ano | Título | Personagem |
---|---|---|
1943 | Samba em Berlim | Empregada |
1944 | Abacaxi Azul | Interiorana[16] |
Romance Proibido | Dercy | |
1946 | Caídos do Céu | Rita Naftalina |
1948 | Folias Cariocas | |
1956 | Depois Eu Conto | Ofélia |
1957 | A Baronesa Transviada | Gonçalina / Baronesa |
Absolutamente Certo | Dona Bela[17] | |
Feitiço do Amazonas | ||
1958 | Uma certa Lucrécia | Lucrécia |
A Grande Vedete | Jeanette | |
1959 | Cala a Boca, Etelvina | Etelvina |
Entrei de Gaiato | Anastácia da Emancipação | |
Minervina Vem Aí | Minervina | |
1960 | A Viúva Valentina | Valentina |
Dona Violante Miranda | Violante Miranda | |
Com Minha Sogra em Paquetá | Dona Faustina | |
Só Naquela Base | Ernestina | |
1963 | Sonhando com Milhões | Agripina |
1970 | Se Meu Dólar Falasse | Bisisica |
1971 | Cômicos e mais Cômicos | Documentário |
1980 | Bububu no Bobobó | |
1983 | O Menino Arco-Íris | Maria Marcha-à-Ré[18] |
1993 | Oceano Atlantis | |
2000 | Célia & Rosita | Ela Mesma |
2008 | Nossa Vida Não Cabe Num Opala | Senhora no carro |
Televisão[editar]
Ano | Título | Personagem | Notas | Emissora |
---|---|---|---|---|
1960 | Dercy Beaucoup | Apresentadora | TV Excelsior | |
1966 | Dercy Espetacular | Apresentadora | 1966-1967 | TV Globo |
1967 | Dercy de Verdade | Apresentadora | 1967-1970[19] | |
Dercy Comédias | Dona Castidade /Gina | Vários personagens | ||
1971 | Dercy em Família | Apresentadora | RecordTV | |
Família Trapo | namorada do Bronco | |||
1980 | Cavalo Amarelo | Dulcinéa | Troféu Imprensa de Melhor Atriz | Rede Bandeirantes |
Dulcinéa vai à guerra | ||||
1981 | Dercy Sempre aos Domingos | Apresentadora | RecordTV | |
1984 | Humor Livre | Rainha Tarada | TV Globo | |
1988 | Cocó, My Darling | Coco Baisos | Especial Para a Televisão | |
1989 | Que Rei Sou Eu? | Baronesa Eknésia | Participação especial | |
1989 | Domingão do Faustão | ela mesma | Quadro: "Jogo da Velha" | |
1990 | La Mamma | Mamma | ||
1992 | Deus nos Acuda | Celestina | ||
1994 | Brasil Especial - Feliz Aniversário | D. Anita | ||
1996 | Caça Talentos | Miss Dayse | Episódio: "TV Galera" | |
Sai de Baixo | Leopoldina Mathias | Episódio: "A Estátua da Libertinagem" | ||
2000 | Fala Dercy | Apresentadora | Sistema Brasileiro de Televisão | |
2001 | A Praça é Nossa | ela mesma | ||
2002 | SBT Palace Hotel | Avó de Laraiah | Especial de final de ano | |
2004 | Meu Cunhado | Loura Sexy | Episódio: "Bronco Connection" | |
2012 | Dercy de Verdade | Ela mesma | Arquivos de vídeo e fotos | TV Globo |
Teatro[editar]
Dados do site Itaú Cultural[20]
- Autoria
Ano | Título | Cidade |
---|---|---|
1982 | Dercy Vem Aí | Rio de Janeiro RJ |
1983 | Dercy de Cabo a Rabo | |
1984 | Dercy de Peito Aberto | |
1987 | Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos | |
1991 | Bravíssimo |
- Direção
Ano | Título | Cidade |
---|---|---|
1953 | Bomba da Paz | Rio de Janeiro RJ |
1955 | Um Marido Pelo amor de Deus | |
1963 | Siamo Tutti Tarados | São Paulo SP |
1966 | Cocó My Darling | |
1968 | A Virgem Psicodélica | Rio de Janeiro RJ |
1970 | A Gatatarada | |
1970 | Sepulcro para Casal | |
1971 | A Difa... Amada | |
1974 | A Dama do Camarote | |
1977 | Dercy Biônica | São Paulo SP |
1978 | Dercy Biônica | Rio de Janeiro RJ |
1979 | Dercy Beaucoup | São Paulo SP |
1982 | Dercy Vem Aí | Rio de Janeiro RJ |
1983 | Dercy de Cabo a Rabo | |
1984 | Dercy de Peito Aberto | |
1987 | Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos | |
1990 | Burlesque | São Paulo SP |
1991 | Bravíssimo | Rio de Janeiro RJ |
- Direção musical
Ano | Título | Cidade |
---|---|---|
1966 | Cocó My Darling | Rio de Janeiro RJ |
- Interpretação
Ano | Título | Cidade |
---|---|---|
1932 | Quequé Qué | Rio de Janeiro RJ |
1932 | Gente de Fora | |
1932 | Viva as Muié | |
1933 | Carnaval do Sertão | |
1933 | Coisas de caboclo | |
1933 | Promessa | |
1934 | Coisinha Boa | |
1934 | Foi seu Cabral | |
1941 | Filhas de Eva | |
1941 | Do que Elas Gostam | |
1942 | Rumo a Berlim | |
1942 | Passo de Ganso | |
1943 | Rei Momo na Guerra | |
1944 | A Barca da Cantareira | |
1944 | Momo na Fila | |
1945 | Canta Brasil | |
1945 | Bonde da Laite | |
1946 | Fogo no Pandeiro | |
1946 | Jogo Franco | |
1947 | Sinhô do Bonfim | |
1947 | Deixa Falar | |
1947 | Que Medo Ó! | |
1948 | É com Esse que Eu Vou! | |
1948 | Tem Gato na Tuba | |
1948 | Manda Quem Pode | |
1949 | Quero Ver Isso de Perto | |
1949 | Pro Cacete Vou a Pé | |
1950 | Nega Maluca | |
1950 | Catuca por Baixo | |
1951 | Zum, Zum! | |
1951 | Ó do Penacho! | |
1952 | Sou Tarada! | |
1952 | Mulheres de Todo o Mundo | |
1953 | Bomba da Paz | |
1953 | Túnica de Vênus | |
1954 | Uma Certa Viúva | São Paulo SP |
1955 | Um Marido Pelo amor de Deus | Rio de Janeiro RJ |
1956 | A Dama das Camélias | São Paulo SP |
1956 | Escândalos Romanos | |
1957 | A Sempre Viúva | |
1958 | Vinde Ensaboar Vossos Pecados | |
1958 | Dona Violante Miranda | |
1959 | La Mama | |
1962 | Escândalos Romanos | |
1963 | Senhora Presidenta | |
1963 | Siamo Tutti Tarados | |
1968 | A Virgem Psicodélica | Rio de Janeiro RJ |
1969 | A Viúva Recauchutada | |
1970 | Sepulcro para Casal | |
1970 | A Dama das Camélias | Lisboa (Portugal) |
1970 | A Gatatarada | Rio de Janeiro RJ |
1971 | A Difa... Amada | |
1972 | Os Marginalizados | |
1974 | A Dama do Camarote | |
1974 | Tudo na Cama | São Paulo SP |
1977 | Dercy Biônica | |
1978 | Dercy Biônica | Rio de Janeiro RJ |
1979 | Dercy Beaucoup | São Paulo SP |
1982 | Dercy Vem Aí | Rio de Janeiro RJ |
1983 | Dercy de Cabo a Rabo | |
1984 | Dercy de Peito Aberto | |
1987 | Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos | |
1989 | A Grande Revista | |
1990 | Burlesque | São Paulo SP |
1991 | Bravíssimo | Rio de Janeiro RJ |
1997 | Dercy, uma Lição de Vida | |
2007 | Pout-PourRir |
- Produção
Ano | Título | Cidade |
---|---|---|
1958 | A Valsa dos Toreadores | São Paulo SP |
1958 | Vinde Ensaboar Vossos Pecados | |
1958 | Society em Baby Doll |
Frases célebres[editar]
- "Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom."
- "Tudo que passou, acabou. Eu sobrevivi."
- "O ontem acabou. Não tenho mágoa de nada e nem saudade de nada. Vivo o hoje. Tenho alegria de viver, adoro a vida."
- "Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos."[21]
- "Não podia levantar o braço na passarela. Arriei e fui dançando e cantando. Tinha os seios lindos naquela ocasião. Mostrei. Houve gritaria, escândalo, mas por quê? Os seios são a coisa mais linda na mulher."
Notas
- ↑ De acordo com o registro de nascimento
Referências
- ↑ 1,0 1,1 «Biografia de Dercy Gonçalves.». FUNARTE, 2006. Consultado em 13 de setembro de 2012
- ↑ 2,0 2,1 «Morre Dercy Gonçalves aos 101 anos». Portal G1. 19 de julho de 2008. Consultado em 20 de julho de 2008
- ↑ Abril.com. «Dercy Gonçalves será enterrada em pé». Consultado em 17 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 7 de julho de 2015
- ↑ Folha.com. «Dercy Gonçalves está no 'Guinness 2012'». Consultado em 16 de novembro de 2011
- ↑ 5,0 5,1 «Gonçalves, Dercy (1907)». Enciclopédia Itaú Cultural. 11 de outubro de 2007. Consultado em 20 de julho de 2008
- ↑ Última entrevista de Dercy Gonçalves, aos 102 anos
- ↑ DERCY GONÇALVES, O CORPO TORTO DO TEATRO BRASILEIRO
- ↑ TALK SHOW COM DERCY NO PROGRAMA FALA DERCY. Participação do cantor Pedro Garcia, consultado em 18 de dezembro de 2021
- ↑ Sun, André. «Dercy Gonçalves, matriz do artista popular brasileiro». Consultado em 18 de dezembro de 2021
- ↑ Corpo de Dercy é levado para Santa Maria Madalena Arquivado em 8 de julho de 2015, no Wayback Machine. Agenciário (21 de julho de 2008)
- ↑ «Dercy Gonçalves». Portal Terraacessodata=20 de julho de 2008. Consultado em 20 de julho de 2008. Arquivado do original em 18 de agosto de 2007
- ↑ Filha de Dercy diz que última diversão da mãe foi ir ao bingo Portal Terra (19 de julho de 2008)
- ↑ «Dercy Gonçalves completa 100 anos neste sábado». Brasil Online. 22 de junho de 2007. Consultado em 20 de julho de 2008
- ↑ Daniella Machado (19 de julho de 2008). «Morre no Rio Dercy Gonçalves». Globo.com. Consultado em 20 de julho de 2008
- ↑ «Governo do estado do Rio decreta luto oficial de três dias pela morte de Dercy Gonçalves». O Globo. 19 de julho de 2008. Consultado em 20 de julho de 2008
- ↑ «Abacaxi Azul». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de fevereiro de 2017
- ↑ Cinemateca Brasileira Absolutamente Certo [em linha]
- ↑ Cinemateca Brasileira O Menino Arco-Íris - A Infância de Jesus Cristo [em linha]
- ↑ «Dercy de Verdade». Memória Globo. Consultado em 27 de março de 2018
- ↑ Biografia Itaú Cultural
- ↑ Valmir Santos, Paulo Sampaio (Folha de S.Paulo) (23 de abril de 2007). «A vida secreta de Dercy Gonçalves, 100». Brasil Online. Consultado em 20 de julho de 2008
Ligações externas[editar]
- Biografia de Dercy Gonçalves. (em português) Enciclopédia Itaú Cultural, 2008. Página visitada em 13/09/2012.
- Biografia de Dercy Gonçalves. (em português) FUNARTE, 2006. Página visitada em 13/09/2012.
- Dercy Gonçalves Turns 100 (em inglês) Alt Film Guide & Andre Soares, 2007. Página visitada em 13/09/2012.
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- Nascidos em 1907
- Mortos em 2008
- Naturais de Santa Maria Madalena (Rio de Janeiro)
- Vedetes
- Humoristas do Rio de Janeiro
- Atores do Rio de Janeiro
- Cantores do Rio de Janeiro (estado)
- Atrizes premiadas com o Troféu Imprensa
- Guinness Book of Records
- Ateus do Brasil
- Centenários do Rio de Janeiro
- Centenários do Brasil
- Mortes por pneumonia
- Mortes por doenças infecciosas no Rio de Janeiro
- Mortos no Rio de Janeiro (cidade)
- Pseudônimos do Brasil