Esquadrilha Branca (Roménia)
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A Esquadrilha Branca ( Escadrila Albă ) ou Esquadrilha Sanitária foi um esquadrão de ambulâncias aéreas da Força Aérea Real Romena pilotado por mulheres na Segunda Guerra Mundial, utilizando aviões polacos RWD 13S enviados para a Roménia aquando da capitulação polaca perante a Alemanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Roménia foi o único país beligerante a permitir a mulheres o desempenho de missões aéreas de resgate e salvamento. A esquadrilha foi criada a 25 de junho de 1940 por proposta da princesa Marina Știrbei, ela própria aviadora desde 1935, tendo realizado um voo pioneiro entre Bucareste e Estocolmo. A criação da esquadrilha inspirou-se por sua vez na organização finlandesa Lotta Svärd que mobilizava mulheres para várias funções auxiliares durante a guerra entre a Finlândia e a União Soviética, sem que no entanto incluísse aviadoras.
O nome de Esquadrilha Branca foi criado pelo jornalista italiano Curzio Malaparte, correspondente de guerra na Roménia.
Os aviões da esquadrilha eram pintados de branco com uma cruz vermelha a sinalizá-los. Estas características, no entanto, tornaram os aviões facilmente detectáveis para as forças soviéticas, optando-se ao final de um mês por uma pintura camuflada. Voavam a muito baixa altitude (cerca de 50 metros do solo), altura a que os pilotos de caça inimigos não voavam por considerarem muito perigo.
A par do resgate de feridos, a esquadrilha desempenhou missões de transporte de pessoal e material médico para a frente de batalha. Estima-se que a sua atuação salvou a vida a cerca de 1500 soldados na frente soviética, nomeadamente nas batalhas de Odessa e Estalinegrado.
Entre os nomes de destaque conta-se o de Smaranda Brăescu, Mariana Drăgescu, Nadia Russo ou Marina Știrbei. Irina Burnaia, nome de guerra de Irina Cioc (Burnaia era o nome do rio da sua terra natal, Ciurari), formada em direito, recebeu a licença de aviadora em 1933, sendo a segunda romena a fazê-lo, após Ioana Cantacuzino. Apesar de ter participado nas manobras de aviação médica em 1938, não fez parte da Esquadrilha Branca, comandando a Esquadrilha da Bessarabia.
A participação das aviadoras no conflito, a par da condição social aristocrática de diversas entre elas, estiveram na origem de perseguições judiciais movidas pelo regime comunista instaurado no pós-guerra. Algumas, como Marina Stirbei ou Irina Burnaia, optaram pelo exílio. Smaranda Braescu, a primeira romena pára-quedista e recordista de salto em Sacramento (EUA) em 1932, com um salto de 7233 metros, foi condenada a 2 anos de prisão e morreu em 1948.
O filme italo-romeno Squadriglia Bianca, realizado em 1944, foi inspirado na história da Esquadrilha.
Páginas de interesse (em romeno):
https://momenteistorice.ro/escadrila-alba-ajutoarele-sanitare-de-pe-front/
Em inglês:
https://romaniadacia.wordpress.com/2014/11/16/for-the-heroes/
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