Estados Confederados do Nordeste
Estados Confederados do Nordeste | |
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Bandeira_dos_Estados_Confederados_do_Nordeste.jpg Logotipo do movimento | |
Tipo | Organização Não Governamental Movimento separatista |
Fundação | 17 de novembro de 2010 (13 anos) |
Estado legal | Ativo |
Propósito | Movimento que busca a emancipação política e administrativa do Nordeste do Brasil. |
Sede | ![]() |
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Os Estados Confederados do Nordeste ou Confederação Nordestina é uma organização não governamental que baseia-se em um movimento separatista da Região Nordeste do Brasil, que estuda a viabilidade da separação dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia do restante do Brasil. Fundado no ano de 2010 e tem sede no estado do Ceará e comissões em diversos municípios do Nordeste.[carece de fontes] Objetiva avaliar as possibilidades de emancipação política e administrativa desses estados.[1]
O grupo também cita como motivação para a autonomia da região o conceito de autodeterminação dos povos, que garante a todo povo de um país o direito de se autogovernar.[2] Outros motivos citados por organizadores do movimento incluem fatores culturais, políticos, e econômicos, entre eles a xenofobia.[3]
Em 2020, o movimento iria realizar uma consulta informal, para apurar se a população dos nove estados do Nordeste aprovam a separação do restante do país.[carece de fontes] Para docentes da área do direito, uma eventual separação seria contra a atual constituição brasileira, apesar das consultas populares não serem ilegais.
Movimento[editar]
De acordo com as lideranças, o movimento possuí mais de 20 mil filiados e cerca de 100 mil simpatizantes.[carece de fontes]
Sua sede nacional localiza-se em Fortaleza, tendo diversas localizações anteriores, e conta com comissões em diversos municípios do Maranhão, Piauí e Pernambuco.[carece de fontes] O foco dos estudos do grupo é a emancipação dos nove estados do Nordeste do Brasil, cuja suposta independência da região Nordeste seria apenas uma conseqüência da emancipação política e econômica de todos os estados brasileiros através da adoção de um regime confederado. Reconhecendo a validade e apoiando supostas pautas separatistas de outras regiões. De acordo com os seus defensores, os estados da região Nordeste se aplicam a lei de autodeterminação por possuir características próprias e distintas do restante do país em política, econômica, social e cultural.[4]
Motivação[editar]
A motivação do movimento se dá pelo fato de o Nordeste possuir características divergentes do restante do país,[4] e tem como objetivo a autodeterminação de toda a região nordestina, já que para o grupo o Brasil da contemporaneidade sempre adotou politicas de proteção a empresas da região Sudeste, o que prejudica o consumismo da população nordestina. O grupo baseia-se também no livro "Nordeste Independente" de autoria de Jacques Ribemboim, onde são apresentados na obra, a ideia do movimento separatista, englobada por outros movimentos separatistas como a Confederação do Equador e a Revolução farroupilha. Ainda cita divergências e o favorecimento econômico nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, entre outras questões. É escrito ainda, dentre outras motivações, que o Brasil seria um país que "não deu certo", e que "não dá, nem nunca dará certo", mas que a região, caso possuísse autonomia para desenvolver-se de maneira independente, teria maior potencial para crescer.[carece de fontes]
História[editar]
Precedentes[editar]

A busca por autonomia está presente em diversos momentos da história do Nordeste, o que leva o movimento a inspirar-se na história como sua raiz. como a Confederação do Equador que foi um movimento revolucionário de caráter republicano e separatista que eclodiu no dia 2 de julho de 1824 em Pernambuco, se alastrando para outras províncias do Nordeste do Brasil.[5][6] Representando a principal reação contra a tendência monarquista e a política centralizadora do governo de Dom Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. O imperador, mesmo após a Independência do Brasil, permanecia atrelado aos interesses da Coroa Portuguesa, e mostrava-se simpático a uma proposta, feita pelo seu pai Dom João VI, de recriar o Reino Unido com base em fórmula que concederia ao Brasil uma ampla autonomia, porque assim preservaria seus direitos ao trono português. A fórmula, contudo, era vista por muitos pernambucanos como uma tentativa de recolonização.[7] O movimento é considerado um desdobramento da Revolução Pernambucana de 1817.[7] Para derrotar os revolucionários, Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou tropas no exterior, que seguiram para o Recife sob o comando de Thomas Cochrane. A repressão foi a mais violenta na história do império brasileiro: 31 revoltosos foram condenados à morte — sendo que 9 não foram executados porque conseguiram fugir —, centenas foram presos e muitos morreram em combate.[8] Ainda em retaliação, o imperador desmembrou a Comarca do Rio de São Francisco do território pernambucano (sete anos antes, Dom João VI havia desligado de Pernambuco a Comarca das Alagoas como punição pela Revolução Pernambucana).[9]
Já a chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como "Revolução dos Padres", eclodiu em 6 de março de 1817 na então Capitania de Pernambuco. Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que dificultava o enfrentamento de problemas locais (como a seca ocorrida em 1816) e ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento no povo pernambucano e brasileiro. O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio dos religiosos Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Vigário Tenório, Frei Caneca e mais Antônio Carlos de Andrada e Silva (irmão de José Bonifácio), José de Barros Lima, Cruz Cabugá, José Luiz de Mendonça e Gervásio Pires, entre outros.[10][11] Também pode-se destacar a Conspiração dos Suassunas foi um projeto de revolta que se registrou em Olinda no alvorecer do século XIX.[12] Influenciadas pelas ideias do Iluminismo e pela Revolução Francesa, algumas pessoas, entre as quais Manuel Arruda Câmara — membro da Sociedade Literária do Rio de Janeiro —, fundaram em 1796 no município pernambucano de Itambé a primeira loja maçônica do Brasil, Areópago de Itambé, da qual não participavam europeus. As mesmas ideias também eram discutidas por padres e alunos do Seminário de Olinda, fundado pelo bispo Dom José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho em 16 de fevereiro de 1800. Esta instituição teve entre os seus membros o Padre Miguelinho, um dos futuros implicados na Revolução Pernambucana de 1817.[12]
Ver também[editar]
Referências
- ↑ «Grupo quer separação do Nordeste do Brasil»
- ↑ «Opinião: Separem o Nordeste do país!»
- ↑ «Combate a preconceito contra nordestinos precisa começar em casa e na escola | G1 Educação - Andrea Ramal - Conversando com os pais e filhos»
- ↑ 4,0 4,1 «Região Nordeste. Aspectos da Região Nordeste»
- ↑ «Proclamada a Confederação do Equador». Ensinar História. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ «Confederação do Equador». Britannica Escola Online. Consultado em 12 de novembro de 2016
- ↑ 7,0 7,1 «Confederação do Equador». Britannica Escola Online. Consultado em 12 de novembro de 2016
- ↑ «Proclamada a Confederação do Equador». Ensinar História. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ GOMES, Laurentino. 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo : Editora Planeta do Brasil, 2007, p.265-73.
- ↑ Renato Cancian (31 de julho de 2005). «Revolução pernambucana: República em Pernambuco durou 75 dias». Consultado em 1 de março de 2015
- ↑ «Revolução Pernambucana de 1817». InfoEscola. Consultado em 21 de junho de 2015
- ↑ 12,0 12,1 «Conspiração dos Suassunas». História Brasileira. Consultado em 9 de março de 2015
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Outros artigos do tema Paraíba : TV Educativa da Paraíba, Dioceses da Paraíba, Riacho da Barra, Harison da Silva Nery, TV Miramar (João Pessoa), José Wálber de Mota de Amorim, TV O Norte (João Pessoa)
Outros artigos do tema Pernambuco : Fliporto, !Predefinições sobre Pernambuco, Airon Timóteo Cavalcante, União Esporte Clube (Pesqueira), Campeonato Noronhense de Futebol de 2008, Casarão de Cid Sampaio, Everaldo Silva do Nascimento
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