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Glamazone

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GLMZN
ícone Glamazone

Glamazone é uma marca de eventos que proporcionou 25 festas em Ribeirão Preto entre 2004 e 2009, se tornando referência para as gerações seguintes.

Na tentativa de mesclar o movimento LGBTTQ com o público heteronormativo, a Glamazone foi inspirada pelas raves do final dos anos 90 (Xxxperience Festival, Avonts, Liquid Dreams) e pelos Club Kids de Nova Iorque. Teve seu auge entre 2005 e 2006, quando se tornou conhecida em todo estado de São Paulo, atraindo frequentadores de outros estados para o interior paulista.

Cada festa possui um tema incomum, com identidade visual original e uma multidão pessoas antenadas livre de preconceitos. Esta balada queer se tornou icônica, fenômeno que proporcionava diversão com métodos inovadores, como bottom-passes, grafite ao vivo, cenografia, acrobacia aérea, performances teatrais, jogos e shows exclusivos que passariam a se repetir por toda a região. Era a primeira vez que uma balada queer aparecia na grande mídia, com anúncios e coberturas de cada edição que ajudou a misturar ambos públicos, os heteronormativos com o melhor da cultura gay, sem medo.

O Início[editar]

Enquanto as pessoas de Ribeirão Preto não aguentavam mais as tradicionais festas do pijama, à fantasia, bailes de máscaras ou noites havaianas do final do século XX, os "queers" também sofriam uma baixa de opções para entretenimento. As casas noturnas específicas para este público fechavam cada vez mais rápido em todo lugar e era preciso reaproveitar uma grande quantidade de pessoas talentosas, DJ's, drag queens, promoters, seguranças, barmans, go-go dancers, que o movimento já conhecia.

Como era antes[editar]

Em 2004, quando a extinta Up&Down fechou, no lugar onde era a Gloss, mesmo prédio que sediou a The Club, que havia se mudado para a extinta Apple, outrora conhecida como The Hall, antes de se mudar para São Vicente, onde funciona até hoje, um grupo de colegas e amigos se encontravam no olho da rua. Eram dois divulgadores, duas drag queens, um DJ e todos haviam se dedicado em vão pela boate que havia falido, mas ainda sobrava energia para continuar o trabalho.

No início década era muito comum haver festas para o público gay em chácaras e espaços para eventos, mas isso havia se perdido há alguns anos. Depois de uma grande festa com Leo Áquilla que havia sido cancelada em 2002, ninguém mais acreditava em eventos fora das casas noturnas, principalmente as drag queens mais famosas. Haveria ainda mais uma festa, chamada Era Uma Vez no México, com Veronika, produzida em 2003 pela promoter Dani. Mas em 2004, a Frozen havia acabado de ser inaugurada e ainda restava o Alternativo Fever Club, que resistiu bravamente até 2014 sob o comando do Carlinhos.

Nascimento da festa[editar]

Era preciso ter um nome, uma atração forte e muita força de vontade para marcar uma data no local que o DJ mostrou: uma fazenda dos anos 20 no meio da cidade, onde ele brincava quando era criança e que havia sido transformada em casa-noturna, mas fechou as portas para realizar apenas eventos externos. Já era um local muito conhecido quando a primeira a data foi reservada no Samanea.

Samanea[editar]

Foi no Samanea que a Glamazone aconteceu nos primeiros 2 anos. Também foi o Samanea que abrigou a maior quantidade de eventos da Glamazone.

O Samanea até mesmo inspirou o nome da festa, que já pretendia acontecer somente em ambientes com natureza abundante e céu aberto, para criar contraste com as casas noturnas e ainda celebrar os primeiros ideais do movimento clubber. Era esperado pessoas de todas as sexualidades e gêneros, a fim de amenizar o preconceito. A sigla para gays e lésbicas (GL) foi adicionada como prefixo da palavra amazone, que dava a ideia de floresta (amazônica), árvores em grande quantidades e áreas abertas, como era o Samanea.

O esquema[editar]

A proposta do Samanea era bem simples, eles ficavam com todo o lucro do bar enquanto 50% da portaria ia para quem produzia. Depois da festa, os gestores do Samanea passaram a agendar as datas da Glamazone apenas com o Tárcio, que criou a marca, o nome e todas as artes. Ele ainda convidaria mais pessoas para produzir o evento nas edições seguintes, mas a partir da edição RetroDisco, passou a produzir a festa sozinho, alugando o espaço completo somente após 1 ano, com a edição SURPRESA, quando o primeiro open bar gay da história aconteceu na cidade.

O fim[editar]

Quando o Samanea encerrou suas atividades após a edição Video-Games, o aniversário de 2 anos (edição Fetiche) já estava sendo divulgado. O local foi interditado depois que pessoas poderosas da cidade, interessadas em construir e valorizar os imóveis ao redor, descobriram uma "brecha" no endereço. Criaram uma série de denuncias e não teve jeito. Até hoje as pessoas esperam a volta do Samanea, local que se encontra abandonado desde então.

Edições[editar]

  1. Apresenta (11 de Setembro de 2004)
  2. O dia das BRUXAS (30 de Outubro de 2004)
  3. Cabaret (11 de Dezembro de 2004)
  4. Supercômic.a (12 de Fevereiro de 2005)
  5. RetroDisco (23 de Abril de 2005)
  6. ATITUDE (25 de Maio de 2005)
  7. À MILITÁRIA (09 de Julho de 2005)
  8. Heróica (13 de Agosto de 2005)
  9. Surpresa (17 de Setembro de 2005)
  10. HORRORSHOW (29 de Outubro de 2005)
  11. Dragãop e goblins na Glamazone Fábulas.
    Dragão e goblins na Glamazone Fábulas
    Fábulas (08 de Dezembro de 2005)
  12. Batucada (18 de Fevereiro de 2006)
  13. CIRCO (25 de Março de 2006)
  14. FESTIVAL (06 de Maio de 2006)
  15. À MILITÁRIA (24 de Junho de 2006)
  16. Clássica (15 de Julho de 2006)
  17. Video-Games (19 de Agosto de 2006)
  18. Fetiche (23 de Setembro de 2006)
  19. Pirataria (18 de Novembro de 2006)
  20. Africadélika (16 de Dezembro de 2006)
  21. Virada 2007 (31 de Dezembro de 2006)
  22. POP CULT MIX (24 de Março de 2007)
  23. O Fim do Mundo (02 de Junho de 2007)
  24. País das Maravilhas (10 de Maio de 2008)
  25. 80|90 (12 de Setembro de 2009)

Equipe[editar]

Apesar de sempre mudar, a equipe mais conhecida da Glamazone era formada pela hostess Superkell, com Jady Holiday e Divina Euréxia como madrinhas da festa. O dj era o André Charlier e a direção artística ficava por conta da Camis. A Krika e o Alex Merino foram os go-go dancers mais relevantes e até mesmo as seguranças Priscila e Silvana se tornavam um diferencial decisivo para o sucesso da festa. O promoter patenteou a marca que criou e produziu todas as edições da Glamazone, mas nunca fez parte das atrações da festa, diferente da Kationa, que não só divulgava a festa de maneira incomparável, como também chegou a gravar uma música e fazer um show, no aniversário de 2 anos da festa.

Bottom-passes[editar]

Bottom-Passes da Glamazone

A Glamazone ficou conhecida pelas filas enormes que se formavam na portaria, demorava muito para entrar e por causa do esquema com o Samanea, quando a festa se encerrava havia fila até para ir embora. O problema da saída foi resolvido com fichas de bar, dispensando a necessidade de "fechar a conta" para sair. Para resolver o problema das filas para entrar, algo inédito foi criado logo na terceira edição da festa, em Dezembro de 2004.

Os bottom-passes eram pequenos pins colecionáveis a ser usado como acessório para entrar na festa sem passar pela fila. Como era uma quantidade limitada, a entrada de quem tinha estes bottoms era agilizada, tornando a fila menor. Também era possível ter acesso à um camarote interno na pista principal. Em algumas edições (como Horrorshow), os bottom-passes davam acesso à um camarote open bar.

A ideia deu tão certo que logo passou a ser repetida por outras marcas de festas da região. Era comum identificar os frequentadores da Glamazone pelos bottoms que vestiam no dia-a-dia.

Não foram todas as edições que disponibilizaram bottom-passes, mas a última edição da festa, em 2009, proporcionou duas versões para escolher no momento da compra. Naturalmente, muitos destes bottoms se deterioraram com o tempo, o que acabou agregando valor aos bottom-passes intactos.

Os bottom-passes também deram início aos pontos de venda, era uma forma de obter uma estimativa de público e também de tornar a festa memorável depois que acontecia. O público da Glamazone sempre teve empatia com a marca e podia levar um pouco daquela noite pra casa.

Geralmente o mascote escolhido para fazer o bottom-passe era diferente do mascote escolhido para estampar a camiseta e do mascote escolhido para ilustrar o convite. O primeiro bottom apresentava apenas o nome da festa com a logomarca registrada e é o mais raro de todos

Som diferenciado[editar]

A Trash 80 já fazia muito sucesso na capital e a Glamazone foi a primeira festa a tocar estas músicas em Ribeirão Preto, quando Superkell tocou um set assim pela primeira vez, os gestores do Samanea ameaçaram "desligar a energia", pois a casa era conceituada por tocar House, mas uma multidão já se encontrava em euforia na pista e nos palcos. O resultado acabou convencendo os gestores a tocar não só músicas dos anos 80, como também permitiu que um novo estilo fosse apresentado.

Brasilectro[editar]

Só as músicas dos anos 80 não bastavam para formar um diferencial, foi aí que o dj And Fatiola introduziu o brasilectro, estilo de música eletrônica com vocal em português brasileiro. Valia tudo, desde faixas do Zé Pedro e Zuco 103 até mesmo trechos de novela com tech-house. Outros dj's seguiram tocando brasilectro nas edições da Glamazone, o que ajudou a tornar a marca memorável mesmo anos depois do último evento, em 2009.

Laboratório[editar]

Havia uma segunda pista, bem menor, em um quiosque localizado do outro lado do Samanea, na primeira edição um videoquê com sinuca chegou a funcionar alí, também já foi um espaço gastronomico (gastrohouse) e até teve música ao vivo antes de se tornar o Laboratório, em 2005. Essa ideia surgiu da necessidade de promover novos dj's em início de carreira, alguns deles, como Diego Falleiros, Nelly Doll e Jeff Campos, tocaram seus primeiros sets no Laboratório, que muitas vezes ficava mais cheio e animado que a pista principal.

Curiosidades[editar]

Para dar certo, a primeira divulgação precisava começar até o dia 13 de Agosto. Já havia arte gráfica, com fotos de uma famosa drag queen da capital que recusou participar da festa por causa do valor do cachê. Foi então que Jady's Jhones, grande amiga, aceitou ajuda-lo e virou a atração principal da festa. Uma segunda arte gráfica foi feita às pressas, não dava tempo de usar fotos e foi assim que o "coelhinho", símbolo da festa, surgiu com corpo de estrela, inspirado nas palavras "glamour" e "zona" aglutinadas.

É importante não infringir nenhuma regra de propriedade intelectual, por isso imagens de internet estavam fora de cogitação. Ninguém entendeu quando viu um flyer colorido, exagerado e tosco, mas "uma festa gay no Samanea" foi o bastante para atrair quase 500 pessoas na primeira noite, em 11 de Setembro de 2004.

Outra razão para a Glamazone nunca ter usado fotos das atrações nos flyers, era justamente para evitar maiores constrangimentos com héteros e enrustidos. A fim de proporcionar um ambiente seguro para todos, os desenhos coloridos dos mascotes e os excessos de textos na arte gráfica foram aproveitados justamente para chamar atenção, despertar curiosidade e manter um clima amistoso, sem segundas intenções.

A Glamazone nunca teve dark room. Como a festa era televisionada e recebia muitos heterossexuais, um certo cuidado foi tomado para evitar este tipo de exagero.

No aniversário de 1 ano da festa, a Glamazone fez uma pesquisa na portaria e presenteou os convidados com um pequeno chaveiro no formato da logomarca. Foi uma oportunidade única de conhecer melhor os frequentadores, que levaram pra casa outra lembrança além do bottom-passe.

Na edição Batucada, em Fevereiro de 2006, uma lojinha foi feita com camisetas para o publico comprar.

O polêmico dicionário de expressões gays (pajubá) chamado Aurélia, do autor Vitor Angelo Scippe, foi lançado e vendido na segunda edição da festa À MILITÁRIA, em comemoração da Parada Gay de 2006.

Um pseudo-jornal chamado GlamaZine foi criado para anunciar o Fim do Mundo, tema da 23ª edição. Foi uma forma de contornar os prazos da gráfica para começar a divulgação uma semana antes do programado. O conteúdo trazia fake news absurdas, como a chegada do AntiCristo pela Britney Spears, revoluções robóticas, surgimento de profetas e invasões alienígenas. O GlamaZine seria utilizado outras vezes como teaser de outras edições, coisa que nunca aconteceu, pois a partir daí a festa se tornou anual.

Referências[editar]

  1. https://www.facebook.com/glamazone/
  2. instagram.com/glamazoneoficial
  3. 20 baladas extintas em ribeirão preto que marcaram história, Farofa Magazine, Dezembro de 2017
  4. Parada Gay quer reunir 20 mil no domingo em Ribeirão Preto, jornal A Cidade, Junho de 2006
  5. fotolog, desde 2004
  6. site oficial, desde 2004
  7. flickr, acervo de imagens originais
  8. Revista da Propriedade Industrial n°1842, INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, processo 828219176, páginas 55, 78 e 618, 25 de Abril de 2006.
  9. Revista da Propriedade Industrial n°1963, INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, processo 828219176, páginas 55 e 85, 19 de Agosto de 2008.


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