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José Carlos Reis de Magalhães

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José Carlos Reis de Magalhães
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Nome completo
Nascimento 24 de dezembro de 1921
Morte 21 de agosto de 2002 (80 anos)
Nacionalidade brasileiro
Alma mater
Ocupação ornitólogo e fazendeiro
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José Carlos Reis de Magalhães (24 de dezembro de 1921 - 21 de Agosto de 2002) foi um ornitólogo e fazendeiro brasileiro. Natural da capital de São Paulo, filho de Carlos Leôncio de Magalhães (Nhô Nhô Magalhães),grande cafeicultor e proprietário do célebre palacete da avenida Higienópolis, São Paulo (tombado pelo Patrimônio Histórico), e Ernestina Reis de Magalhães. Foi casado com D. Cecilia Alves de Magalhães e deixou cinco filhos e 12 netos. Caçador desde de sua infância, tornou-se um dos principais estudiosos brasileiros do comportamento das aves, sobretudo da família dos tinamídeos, que engloba macucos, jaós, inhambus, perdizes e codornas. Por sua experiência na mata e no uso de truques de caça como apitos de madeira, criticava alguns métodos acadêmicos. Sobre um respeitado ornitólogo chegou a brincar dizendo que "era uma anta na mata, fazia tanto barulho, bufava, que não ficava um bicho nas proximidades". No entanto sua contribuição à pesquisa científica é reconhecida nos créditos de muitas das publicações sobre o assunto. Em uma das principais obra sobre pássaros do País, Ornitologia Brasileira, de Helmut Sick, Reis de Magalhães é citado várias vezes.

Segundo uma extensa matéria de autoria de Luiz Roberto de Souza Queiroz, publicada no Jornal O Estado de S. Paulo em 25 de agosto de 2002, com a contribuição de Reis de Magalhães, constatou-se a predileção de um sabiá da floresta pelas peles de cobra e lagarto para forrar o ninho. Aliás, a quase totalidade deste verbete foi baseado nesta materia, que informa também que da coleção de Reis de Magalhães, milhares de peles de aves estão no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Colecionou ainda centenas de papos de tinamídeos abatidos, identificando e pedindo ajuda de pesquisadores para catalogar 120 espécies de sementes da dieta dessas aves.

Em 1954, com Paulo Nogueira Neto, futuro integrante do Conselho Nacional do Meio Ambiente, participou da criação da Associação de Defesa do Meio Ambiente, cujo objetivo era preservar a mata do Pontal do Paranapanema. Esta associação é considerada por alguns como a primeira organização não-governamental (ONG) brasileira, e garantiu a preservação da reserva do Morro do Diabo, onde em 2003 ainda sobreviviam raríssimos mico-leões-pretos, espécie mais rara que seu parente dourado e endêmica do Estado de São Paulo, não ocorrendo em nenhuma outra parte do mundo.

A Fazenda Barreiro Rico, de sua propriedade, se tornou um dos únicos lugares onde poderiam ser encontradas cinco espécies de primatas remanescentes naturais da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Eram estes o bugio, o macaco-prego, o sauá, extremamente raro, o sagui e o mono-carvoeiro ou muriqui, maior macaco brasileiro e uma das espécies mais ameaçadas do mundo. No entanto, tentou sem sucesso preservar o pássaro macuco na mata de 1.400 hectares da fazenda e não deu certo, constatando que a forte pressão populacional exercida sobra a mata a degradou demais, tornando-a incapaz de sustentar as necessidades da exigente ave.

Em 1957, quando se soube que a represa de Barra Bonita inundaria 5 mil hectares da fazenda da família, Reis de Magalhães junto com o Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura fez uma coleta sistemática das aves da região, um censo ornitológico para ser repetido depois do enchimento da represa, verificando-se quais as espécies que desapareceram e quais foram atraídas para a região. O trabalho foi feito por uma equipe de caçadores e por técnicos do que hoje é o Museu de Zoologia da USP. Deu origem ao livro AS AVES NA FAZENDA BARREIRO RICO, única publicação de sua autoria. Nele estão descritas as 351 espécies de aves que colecionou, com dados sobre local da captura, data, tamanho dos testículos e ovários, vital para estudos sobre reprodução, conteúdo do papo, inclusive com identificação das formigas, besouros, sementes e mosquitos ingeridos por cada espécie. O livro ajudou posteriormente a reproduzir artisticamente aves extintas, já que registrou as cores das chamadas "partes perecíveis" de cada ave, as partes que perdem o colorido natural após a morte, entre as quais a íris, maxila, pé e unhas, que ficam negras nas aves taxidermizadas.

Reis de Magalhães foi, como Dalgas Frisch, um pioneiro também no registro sonográfico da vocalização das aves. Sua coleção tem gravações dos sons de 215 espécies, apenas da Fazenda Barreiro Rico. Este trabalho fez com que o American Museum o presenteasse com uma parabólica de 24 polegadas para captar o canto das aves na mata, "um trambolho pesado ao qual se somava o peso dos gravadores", reclamava, reconhecendo, porém, que valia a pena.

Reis de Magalhães levou em expedições o ornitólogo Werner C.A. Bokermann, que durante muitos anos dirigiu o Departamento de Aves do Zoológico de São Paulo, escreveu em sua tese de mestrado sobre Biologia do Macuco. O resultado destas viagens levou para dentro dos domínios das azulonas (Tinamus tao), o primo amazônico do macuco da Mata Atlântica (Tinamus solitarius), nas memoráveis expedições aos rios Liberdade e Peixoto de Azevedo, onde o cientista pode ver ao vivo aquilo que só podia intuir nos laboratórios e nas observações de pássaros em cativeiro.

Também estudou botânica, foi amigo e colaborador de Moyses Kuhlmann, e montou na Fazenda Itaquerê, que era da família, o maior arboreto de palmeiras do Brasil, centenas de espécies cultivadas e com um registro perfeito. Como fazendeiro que sempre foi, convidado a participar de um grupo norte-americano financiado pela Fundação Rockfeller que estudou os solos brasileiros, propôs a correção através do uso do calcário em larga escala, abrindo caminho para o aproveitamento do cerrado.

Apesar de conservacionista, Reis de Magalhães defendia idéias como: "É possível conciliar a necessidade de progresso e as exigências ambientais", dizia também, "como a poluição mais triste é a da pobreza, temos que fazer obras como hidrelétricas, que geram empregos, mesmo causando impacto ambiental".

Na ocasião de sua morte em 2003, o professor Jacques M. E. Vielliard, especialista no assunto da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por sua vez, disse que Reis de Magalhães que "é um amador no sentido nobre da palavra, o que se dedica com amor ao que decide fazer e, entre suas marcantes contribuições estão os exaustivos e documentados levantamentos das avifaunas de Campos do Jordão, Sete Barras e do Rio Peixoto de Azevedo, centenas de gravações da mais alta qualidade das aves brasileiras e as árduas observações sobre os representantes da família Tinamidae".

O cientista Paulo Nogueira Neto disse das pesquisas de José Carlos Reis de Magalhães: "É assim que se faz Ciência.". E explica que, se for necessário proteger da extinção uma espécie animal, é indispensável ter dados precisos sobre alimentação, reprodução, comportamento, o que só se consegue em trabalhos de campo, no meio do habitat natural do animal.

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