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Livro Negro do Terrorismo no Brasil

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O Livro Negro do Terrorismo no Brasil é como ficou conhecida uma obra de documentação histórica intitulada As Tentativas de Tomada do Poder, escrita por uma comissão de militares em meados dos anos 80. Tendo sido começado alguns meses após o fim da ditadura militar no Brasil, consiste de uma resposta aos relatos que à época começaram a surgir, mostrando ao público a versão de alguns militares do Exército Brasileiro envolvidos no golpe sobre os fatos ocorridos durante o período entre o primeiro de abril de 1964 e 1985.

Origem[editar]

Ao término de 21 anos de regime militar, em 1985, a Arquidiocese de São Paulo pôde lançar o volume "Brasil: Nunca Mais", escrito por Paulo Evaristo Arns, que denunciava torturas e assassinatos de presos políticos, cometidos pelo regime. A obra enfureceu os chamados militares de viés mais autoritário, conhecida como "linha dura".

Leônidas Pires Gonçalves, general e ministro do exército, designou ao CIE (Centro de Informações do Exército) a tarefa de preparar, em resposta ao livro da Arquidiocese, um documento relatando a versão dos militares sobre os conflitos armados com a esquerda. O projeto recebeu o codinome "Orvil" ou "livro" escrito ao contrário, e foi elaborado em sigilo ao longo de três anos, por cerca de 30 oficiais que tiveram livre acesso a documentos classificados (secretos) do exército.[carece de fontes?]

Concluído em 1988, o livro, dividido em dois tomos, foi batizado de "As Tentativas de Tomada do Poder".[carece de fontes?] O general Leônidas apresentou sua obra ao então presidente da República, José Sarney.[carece de fontes?] No entanto, considerou-se que seu lançamento iria reacender conflitos ideológicos que já haviam causado muito dano, e começavam a ser finalmente apaziguados com a Lei da Anistia.[carece de fontes?] Contra a vontade de Leônidas, o documento foi arquivado, sob a classificação de material secreto.[carece de fontes?]

Aos poucos, partes do documento acabaram vazando, sendo contrabandeadas para fora dos arquivos e bibliotecas do exército, e eventualmente pequenos trechos chegaram a ser publicados na internet.[quando?][onde?] Pressionado pela imprensa, o general Leônidas acabou confirmando a existência do livro em 2000,[carece de fontes?] mas seu texto na íntegra continuava inacessível ao público. Especula-se que nesta época havia apenas cerca de 15 cópias da obra, acessíveis apenas a um círculo rigorosamente fechado de oficiais da ativa e da reserva.[carece de fontes?]

Conteúdo[editar]

Em "As Tentativas de Tomada do Poder", uma pequena parte dos opositores do regime foi denunciada por seus crimes de formação de quadrilha, assaltos, formação de guerrilhas urbanas, etc. Guerrilheiros, como Carlos Lamarca e Carlos Marighella, são expostos moral e criminalmente.

Os que comandavam os aparelhos de reação às guerrilhas, a obra classifica como heróis e, os que acabaram morrendo em combate contra os revolucionários, mártires. Como exemplo representativo, há o caso do delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury, que integrou o DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social). Falecido em 1979, Fleury, que passou para a história como protagonista do período mais violento dos Anos de Chumbo, é citado como "incansável lutador contra o terrorismo no Brasil".

Além disso, o livro tenta expor práticas e outros detalhes das organizações revolucionárias armadas que apelaram ao conflito armado em busca de poder. Por exemplo, em um evento organizado por militantes considerados "subversivos" e dissolvido pela Polícia Militar, a narrativa alega que o local era um ponto de encontro para consumo de bebida e drogas, e onde moças cumpriam "escalas de horário", em que eram "servidas" aos líderes estudantis para orgias sexuais.

Material secreto e suas implicações[editar]

Tendo sido compilado a partir de documentos secretos do exército, "As Tentativas..." acaba desmentindo o próprio exército. Por exemplo, revela que o mesmo tinha conhecimento da prisão e/ou morte de vários guerrilheiros e opositores, de cujo destino o exército até hoje nega oficialmente ter conhecimento.

É possível encontrar trechos comprovando que o exército omitiu informações até sobre a morte de seus próprios homens, como o sargento Mário Ibrahim da Silva, morto no Araguaia em 1972 durante confronto com guerrilheiros do PCdoB. Os familiares de Mário jamais tiveram acesso a uma versão oficial do que realmente aconteceu com ele. Como muito se fala sobre os anos de ditadura e os documentos são escassos, este livro apresenta-se como uma compilação de vários documentos da época. Vale fazer um paralelismo dos acontecimentos daquela época com os acontecimentos recentes.

Cronologia do projeto Orvil

1985

José Sarney toma posse na Presidência, pondo fim a 21 anos de ditadura militar. No mesmo ano, a Arquidiocese de São Paulo lança o livro Brasil: nunca mais, com relatos de tortura e assassinato de presos políticos ocorridos durante a ditadura.

1986

Para responder ao Brasil: nunca mais, o ministro Leônidas Pires manda o serviço secreto da Força produzir um livro com a versão dos militares para a luta armada. Inicia-se assim o Projeto Orvil (a palavra livro ao contrário).

1988

O livro do Exército fica pronto e é batizado com o título As tentativas de tomada do poder. Leônidas, contudo, volta atrás e decide não publicá-lo. O documento então passa a circular entre militares da reserva rebatizado de Livro negro do terrorismo no Brasil.

2000

Integrantes do grupo de extrema direita Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), que reúne militares e civis, têm acesso ao livro e colocam na internet cerca de 40 páginas da obra. Não informam, porém, a origem dos textos. Com 966 páginas, o documento cita mais de 1,7 mil pessoas ligadas a organizações de esquerda, muitas delas ainda em atividade. A obra comprova que o Exército esconde informações sobre desaparecidos.

Trechos do livro foram copiados de documentos secretos do próprio Exército. Um caso concreto: nas páginas 721 e 722, está escrito: "A localidade de Santa Cruz, por exemplo, dista 600 km da sede do município, em Conceição do Araguaia, e a única ligação existente entre elas é o rio, demorando a viagem entre uma localidade e outra uma média de 5 dias". Texto praticamente idêntico aparece em documento do Exército de 30 de outubro de 1972, classificado como secreto: "A localidade de Santa Cruz dista 600 km da sede do município em Conceição do Araguaia e a viagem pelo rio, único meio de ligação, demora da ordem de 5 dias".[1]

Referências bibliográficas[editar]

Ver também[editar]


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