Manoel Geraldo Soares

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Manoel Geraldo Soares
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Nome completo
Nascimento 08 de janeiro de 1863
Lisboa, Portugal
Morte 23 de junho de 1944 (81 anos)
Nova Cruz (município)
Nacionalidade
Cônjuge Ana Rosa da Conceição
Alma mater
Ocupação
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Vista aérea da Barra do Geraldo

Tenente Manoel Geraldo Soares (Lisboa, Portugal, 08 de Janeiro de 1863 — Nova Cruz, Rio Grande do Norte, 23 de Junho de 1944) foi um imigrante português, Tenente no período da República Velha e fundador do Distrito da Barra do Geraldo, região de Passa e Fica no Estado do Rio Grande do Norte.

Início da vida[editar]

Nascido em Lisboa, Portugal, filho de Geraldo Soares Ribeiro e de Anna Maria da Annunciação, veio junto a sua família para o Brasil por volta do ano de 1890. Após uma longa viagem da sua terra natal vinda num navio mercante que transportava bacalhau, desembarcou com seus familiares na cidade de João Pessoa, Paraíba onde se dividiram entre os municípios de Solânea e Dona Inês. Somente ele e seis dos seus irmãos vieram para o Rio Grande do Norte, mais precisamente no Distrito de Barra do Geraldo fundado pelo mesmo.

Carreira Militar[editar]

Por volta dos vinte e oito anos, ingressou para o Exército Brasileiro e, devido a sua excelente condulta, lideraça e sapiência, em dezenove de maio de 1898, recebeu sua Carta Patente decretada pelo Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Prudente de Morais, que foi assinada no Palácio da Presidência no Rio de Janeiro, recebendo o Título de Tenente. Foi empossado no dia 14 de Março de 1899, no Quartel do Comando da 10ª Brigada de Infantaria da Guarda Nacional da Comarca do Curimataú, comandada pelo General Comandante António Fernandes Borges, passando ele a comandar toda aquela região.

A Fundação da Barra do Geraldo[editar]

Na sua chegada ao Rio Grande do Norte, comprou sua propriedade por 900 mil réis e colocando o nome de Barra do Calabouço, posteriormente, após seu falecimento em sua homenagem passando a se chamar Barra do Geraldo. A origem do nome da cidade de Passa e Fica, deu-se no ano de 1929, numa área aproximada as terras do Tenente Manoel Geraldo Soares, na estrada que passava no meio da área territorial da sua fazenda, estrada que liga Nova Cruz a Serra de São Bento e Monte Alegre (hoje Monte das Gameleiras), neste local, o cidadão Daniel Laureano de Souza construiu sua casa, onde deu início a mais um povoado, na área comandada pelo Tenente Manoel Geraldo Soares. Daniel Laureano de Souza montou na sua própria casa uma pequena bodega e passou a bancar jogos, vender aguardedente aos que por ali passavam. O pequeno negócio tornou-se logo conhecido por todos, que vender aguardente aos que por ali passavam. O pequeno negócio tornou-se logo conhecido por todos, que ao passarem pela estrada eram atraídos a entrar na bodega e não queriam mais sair. Ao longo do tempo o pequeno empreendimento de Daniel Laureano, que começou de maneira improvisada, tomou influência pelas redondezas, dando origem a um pequeno núcleo populacional ao seu redor. Contam que um dos moradores da área, Antônio Luiz Jorge de Oliveira, conhecido como Antônio Lulu, para justificar o sucesso da bodega, dizia que aquele lugar era o passa e fica, e assim surgiu o nome Passa e Fica. Mas, historicamente, o município se deu com a chegada do Tenente Manoel Geraldo Soares, a pequena bodega apenas deu origem ao nome da cidade de Passa e Fica, pois toda a região na época era de jurisdição do Município de Nova Cruz, tornando-se mais um município potiguar.

O Tenente e o Cangaceiro Antônio Silvino e o seu Bando[editar]

Conta-se que nos meados de 1927, o Cangaceiro Antônio Silvino e o seu Bando, passaram bem próximo a fazenda do Tenente Manoel Geraldo Soares, deixando o pessoal da região em alerta, inclusive o nosso Tenente, dormiram nas proximidades de sua fazenda, na trilha que cruza o Estado da Paraíba ao Rio Grande do Norte (hoje onde se situa a cidade de Passa e Fica), conta-se que havia próximo ao acampamento uma bodega e moravam alguns populares naquela região, ele fez uma varredura e conseguiu encontrar algumas moças, as quais tiveram que dançar a noite toda com os seus cangaceiros, e os que não tinham cavalheiras dançavam uns com os outros, não machucando ninguém. Ao amanhecer, os Cangaceiros e com medo das volantes (polícia), saíram daquele local e foram para a cidade de Mossoró (deixando todos aliviados), conta-se que a missão dele era invadir a cidade de Mossoró. Chegando a Mossoró as volantes estavam os aguardando, foi um terrível confronto, onde morreram alguns de seus cangaceiros, o bando fugindo imediatamente para o Ceará, foram pedir proteção ao Padre Cicero Romão Batista (que era muito influente naquela região e o Lampião o tinha como um padrinho).

O Primeiro Automóvel da Região[editar]

Juntamente ao seu irmão Cerino Geraldo Soares, realizou a compra de um Ford 29 no ano de 1929, algo totalmente desconhecido dos habitantes da região na época. Quando passava, todos saíam para as ruas para ver o Tenente passar na sua máquina. Certa vez, o Tenente iria a uma vaquejada na cidade de Nova Cruz, antes de sair, o Tenente Manoel Geraldo Soares pediu para um de seus empregados "botarem fogo no carro" (que era para ligar o carro), chegando, o Tenente viu que seu empregado havia colocado um bocado de lenhas próximo ao seu carro, pois seu empregado pensava que para botar fogo teria que ser com lenha. Carinhosamente, o Tenente o ensinou a ligar seu veículo que funcionava a manivela. Em outra ocasião, foram a outra vaquejada na cidade de Nova Cruz, ele e seus amigos, chegando próximo ao Distrito do Fernando dos Bezerras, o seu carro quebrou e, para não perder a vaquejada, foram o empurrando até o local. Chegando lá, a vaquejada já havia terminado e fizeram todo o percurso de volta empurrando o automóvel.

Vida pessoal[editar]

Pai de quinze filhos, foi casado com Ana Rosa da Conceição.

Falecimento[editar]

O Tenente Manoel Geraldo Soares faleceu em 23 de Junho de 1944, seu corpo encontra-se sepultado no cemitério construído por ele e seu irmão Cerino Geraldo Soares, sendo visitados anualmente no dia de finados por familiares, amigos e admiradores, deixando seu legado vivo nas memórias destes.

Referências

Predefinição:Memorias de um Tenente Edições 1,2,3,4 Predefinição:Passa e Fica/RN, A História Não Contada Predefinição:O Tenente Manoel Geraldo e sua Religião Predefinição:Tenente Manoel Geraldo Soares- Cordelando Sua História


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