Nem Tudo Se Desfaz
Nem Tudo Se Desfaz | |
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Nem Tudo Se Desfaz poster.jpg poster do filme | |
Brasil 2021 • Cor • 105 min | |
Direção | Josias Teófilo |
Produção | Roberta Claudino |
Narração | Reynaldo Gonzaga |
Gênero | Documentário |
Idioma | português |
Orçamento | R$ 500.000[carece de fontes] |
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Nem Tudo Se Desfaz é um drama épico lançado 2021 e dirigido por Josias Teófilo. O filme retrata a ascensão da nova direita no Brasil, indo desde os protestos de 2013 até a eleição de Bolsonaro em 2018.[1][2]
Criação[editar]
O filme foi criado sem a pretensão de ser politicamente imparcial.[1]
O autor acredita que os movimentos revolucionários funcionem em ciclos. O título do filme é uma resposta para o bordão do Manifesto Comunista, “tudo que é sólido desmancha no ar.”[3]
Produção[editar]
A produção foi feita com imagens de arquivos de TV e cinegrafistas independentes, juntamente com depoimentos. A trilha sonora foi gravada no Mosteiro de São Bento, em Pinheiros.[1]
O filme levou 3 anos para ser concluído[3] e custou R$500.000. O dinheiro foi arrecadado através de financiamento coletivo e do patrocínio de empresas privadas, além de R$75,000 captados via Lei do Audiovisual. Diferente de outros artistas de direita, Josias Teófilo não demoniza a Lei Rouanet. Ele diz que "(...) quero abrir a cabeça da direita sobre a Rouanet. A lei não olha o conteúdo quando aprova um projeto, por isso é tão boa. Ela é a garantia da diversidade no cinema”.[1]
O poster do filme é uma pintura a óleo feita por Mauricio Takiguthi.[4]
A narração original seria feita pelo ator Carlos Vereza, mas de acordo com Josias ele passou a criticar o governo Bolsonaro após a extinção da TV Escola e deixou o projeto.[5]
Estreia[editar]
O filme não foi aceito na seleção do Festival É Tudo Verdade.[5]
A pré-estreia foi em 20 de setembro de 2021 no Petra Belas Artes. Estiveram lá pessoas ligadas a Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho. Entre os presentes, estavam a esposa de Olavo, Roxane Carvalho, a ex-secretária nacional de Cultura Regina Duarte, o diretor-geral da ABIN Alexandre Ramagem, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, os deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Hélio Lopes (PSL-RJ) e os deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz. A estreia ocorreu dentro do contexto da pandemia de COVID-19 e muitos dos membros da comitiva não utilizaram máscaras de proteção. Roxane afirmou que Olavo gostaria de ter ido, e que o filme é importante como "registro histórico do que aconteceu no Brasil nos últimos anos, para ser mostrado às novas gerações." Membros do Movimento Conservador, liderado pelo deputado Douglas Garcia, diziam “Um, dois, três e Xandãããão” antes de sorrir para as fotos, em alusão ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Antes do início da sessão, o narrador do filme Reynaldo Gonzaga disse “Brasil, um país de todos,” alusão jocosa ao slogan de época do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também antes da exibição, o diretor Josias Teófilo discursou sobre as suas diferenças em relação à política cultural do governo atual. Mário Frias, o atual secretário de Cultura, não foi convidado. O diretor diz apoiar o incentivo fiscal por parte do governo, e comemorou o recuo de Bolsonaro para acabar com a Lei Rouanet. A apresentação do evento ficou por conda do Palhaço e Gatão, donos do canal do youtube Brasileirinhos, famoso entre os bolsonaristas.[4] Ouve um debate após a exibição.[6]
A estreia ocorreu no Rio de Janeiro (22/09), Porto Alegre (27/09), Belém, (28/09), Recife (30/09) e Blumenau (4/10).[6]
O filme também está à venda no site oficial, junto com quatro extras e as entrevistas completas.[1][7]
Temas[editar]
O diretor afirma que as Jornadas de Junho foi um movimento revolucionário vindo do povo onde não havia diferenciação ideologica. A lei de delações premiadas, sancionada pela ex-presidente Dilma Roussef, teria sido uma medida política para acalmar os manifestantes, mas a Operação Lava-Jato acabou por incriminar e deslegitimar a classe política inteira. O ponto de cisão entre os manifestantes teria sido os protestos a favor e contra o Impeachment da ex-presidente. A partir daí houve protestos a favor da Operação Lava-Jato e da prisão do ex-presidente Lula e em seguida em apoio a Bolsonaro. Ele teria sido eleito por ter se tornado o herdeiro deste movimento. O ódio dos manifestantes somado a trejeitos como sua sinceridade, nacionalismo e apartidarismo teriam o levado para a vitória.[2][5]
O filme explora origem do meme e suas conotações na política.[1]
O clímax do filme é o atentado contra a vida de Jair Bolsonaro. Josias Teófilo afirma que há um abafamento do atentado no cinema brasileiro, com filmes como Democracia em Vertigem, de Petra Costa, focando excessivamente no Impeachment de Dilma Roussef.[1]
Críticas[editar]
Paulo Kogos, youtuber e ativista anarco-capitalista, afirmou que “Filmes como esse são importantes para despertar a consciência cultural da direita,” já que, também segundo ele, a esquerda estaria difundida de maneira mais eficiente no campo cultural.[3]
Entrevistados[editar]
- Olavo de Carvalho
- Eduardo Bolsonaro
- Carlos Bolsonaro
- Allan dos Santos
- Carla Zambelli
- Filipe G. Martins
- Guilherme Julián
- Alex Ceará
- Pedro Sette-Câmara
- Steve Bannon
- Maurício Moura
- Francisco Escorsim[7]
Ver também[editar]
- Cinema no Brasil
- Agência Nacional do Cinema
- Josias Teófilo
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 «Cinema brasileiro não mostra a facada e só quer saber do impeachment, diz cineasta». Saída pela direita. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ 2,0 2,1 null. «Documentário de Josias Teófilo revela como surgiu a nova direita no Brasil». Gazeta do Povo. Consultado em 10 de janeiro de 2022
- ↑ 3,0 3,1 3,2 «Lançamento de filme tem volta de Regina Duarte, diretor da Abin sem máscara e nata do bolsonarismo». Saída pela direita. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ 4,0 4,1 «Mônica Bergamo: Pintura a óleo de Bolsonaro estampará novo cartaz de filme de Josias Teófilo». Folha de S.Paulo. 20 de dezembro de 2021. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ 5,0 5,1 5,2 Matos, Fábio. «Na cultura, conservadorismo não tem espaço». Revista Oeste. Consultado em 10 de janeiro de 2022
- ↑ 6,0 6,1 Matos, Fábio (20 de setembro de 2021). «'Nem Tudo Se Desfaz', novo documentário de Josias Teófilo, tem pré-estreia hoje». Revista Oeste. Consultado em 10 de janeiro de 2022
- ↑ 7,0 7,1 «Nem tudo se desfaz – Um filme de Josias Teofilo». Consultado em 9 de janeiro de 2022
Ligações externas[editar]
- Sítio oficial
- Nem Tudo Se Desfaz no InstagramErro Lua em Módulo:WikidataCheck na linha 22: attempt to index field 'wikibase' (a nil value).
- Nem Tudo Se Desfaz no TwitterErro Lua em Módulo:WikidataCheck na linha 22: attempt to index field 'wikibase' (a nil value).
- Nem Tudo Se Desfaz no Facebook
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