Newton Ishii
Newton Ishii | |
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Nome completo | Newton Hidenori Ishii |
Pseudônimo(s) | Japonês da Federal[1] ou Japonês bonzinho"[2] |
Nascimento | 18 de junho de 1955 (65 anos) Carlópolis, Paraná |
Morte | |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | |
Ocupação | Policial federal |
Principais trabalhos | Conduzir os presos pela Operação Lava Jato como agente da Polícia Federal |
Newton Hidenori Ishii (Carlópolis,[3] 18 de junho de 1955[4]), popularmente conhecido como Japonês da Federal,[5] é um Agente aposentado[6] da Polícia Federal que ganhou notoriedade no Brasil[2] ao participar de conduções de presos na Operação Lava Jato.[7] A fama expandiu-se pelo país, inclusive tendo tornado-se um tema de marchinha de carnaval.
Em junho de 2016, Newton foi afastado da exposição pública ao ser condenado pelo crime de facilitação de contrabando.[8]
Em 2018 aposentou-se da PF e filiou-se ao Patriota (PATRI).[9]
Biografia[editar]
Newton começou a trabalhar na Polícia Federal em 1976[10]. Em 2003, foi preso em flagrante por contrabando[11], mas pôde retornar à PF após decisão judicial. Ele aposentou-se logo depois, em outubro de 2003, mas voltou a trabalhar em abril de 2014 após sua aposentadoria ser revogada.[12]
Tornou-se o chefe do Núcleo de Operações da Superintendência da PF do Paraná respondendo pela logística e escolta de presos para locais como o Instituto Médico Legal, o Complexo Médico Penal, onde estão a maioria dos detentos da operação, as Comissões Parlamentares de Inquérito, para onde os investigados são levados a depor, e as audiências com a equipe à frente da Lava-Jato.[13]
Suspeita de vender informações secretas[editar]
Em um áudio que acarretou na prisão do senador Delcídio do Amaral, em novembro de 2015, um advogado e o filho de Nestor Cerveró afirmaram que um agente da Polícia Federal vendia informações secretas, referindo-se a este agente como "japonês bonzinho".[14] A Polícia Federal abriu inquérito para investigar os supostos vazamentos e se o agente citado no áudio tratava-se de Newton Ishii.[15]
Popularidade[editar]
Em dezembro de 2015, em vídeo gravado divulgado na internet, Newton pede mais agentes para combater a corrupção.[16] Com o sucesso alcançado por participar de quase todas as fases da Operação Lava Jato, Newton passou a ser chamado nas ruas para tirar selfie e passou a ser tratado como celebridade.[13]
O agente Newton ganhou ainda mais fama com verso de uma música de carnaval feita em homenagem a ele, “Ai, meu Deus, me dei mal, bateu a minha porta o japonês da federal” ao ser ouvido por mais de 2,5 milhões de pessoas.[13]
Durante o carnaval de 2016, máscaras de Ishii encabeçaram a lista das mais vendidas em São Paulo, e foi feito um boneco no carnaval olindense em sua homenagem[17][18].
Em fevereiro de 2016, durante uma visita ao Congresso Nacional, ele descartou entrar para a política. Na ocasião, em entrevista ao Congresso em Foco, ele afirmou que usa sempre óculos pretos devido a sensibilidade em seus olhos, causada por uma cirurgia de redução das pálpebras[19].
Sobre a Operação Lava Jato, em entrevista ao Correio Braziliense em fevereiro de 2016, Newton se disse orgulhoso da mudança que a operação está promovendo no país, e acredita que a sensação de impunidade mudou. “Diminuiu a cultura do país de achar que é melhor levar vantagem em tudo.” Para o agente, a parte mais satisfatória é estar servindo de exemplo para crianças e adolescentes.[3]
Condenação por facilitação de contrabando[editar]
Em operação da Polícia Federal denominada Operação Sucuri, Ishii foi acusado de facilitar a entrada de contrabando pela fronteira do Brasil com o Paraguai.[20] Em março de 2016 o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, em decisão monocrática, negou o recurso de Newton no processo em que foi acusado de facilitar a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.[21]
Em 8 de junho de 2016, Ishii foi preso por ter sido condenado pelo crime de facilitação de contrabando. O processo transitou em julgado, não cabendo mais recursos.[22][23] O policial foi condenado a quatro anos, dois meses e vinte e um dias de prisão, além da perda do cargo público.[20]
Em 10 de junho de 2016, a Justiça determinou o cumprimento da pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, retirar da pena a perda do cargo público de Newton Ishii. Com isso, o policial continuou a trabalhar na sede da Polícia Federal em Curitiba, mesmo em cumprimento de pena.[20] Após um tempo, sua tornozeleira eletrônica foi retirada
Referências
- ↑ «Conheça Newton Ishii, o famoso "japonês da Federal"». Parana online. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ 2,0 2,1 «Japonês da PF se transforma em celebridade». Folha de S. Paulo. Agora. 13 de dezembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ 3,0 3,1 Natália Lambert (28 de fevereiro de 2016). «"Japonês da Federal" pretende se aposentar para cuidar da família». Correio Braziliense. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ Carlos Carone (18 de fevereiro de 2016). «O Japonês da Federal não vai mais bater de porta em porta. Quer saber por quê? Ele contou ao Metrópoles». Metropoles. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ «'Japonês da Lava Jato' que virou piada na internet já foi preso pela própria PF». iG. 27 de novembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ «'Japonês da Federal' se aposenta». Fausto Macedo
- ↑ «Japonês da PF, conhecido pela Lava Jato, pede convocação de agentes». G1. 18 de dezembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ «Japonês da Federal é preso em Curitiba por facilitar contrabando». G1. 8 de junho de 2016. Consultado em 8 de junho de 2016
- ↑ «O japonês da ADC 43». O Antagonista. 11 de abril de 2018. Consultado em 11 de abril de 2018
- ↑ «Vídeo: "Japonês" da Polícia Federal pede convocação de mais agentes». Correio Braziliense. 18 de dezembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ Thaís Skodowski (27 de novembro de 2015). «PF abre inquérito para investigar vazamento de delação de Cerveró». O Globo. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ Nívea Ribeiro (27 de novembro de 2015). «Agente da Polícia Federal é rosto conhecido na Operação Lava-Jato». Correio Braziliense. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ 13,0 13,1 13,2 «Conhecido agora como "japonês bonzinho", o policial mais famoso da Operação Lava-Jato vira sucesso musical e alvo de selfies por todo lugar onde passa». O Sul. 22 de dezembro de 2015. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ «Quem é o "japonês bonzinho" da Lava Jato?». Carta Capital. 27 de novembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ «PF abre inquérito para apurar vazamento da delação de Cerveró». Jornal Nacional. Globo. 27 de novembro de 2015. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ «"Japonês da Federal" pede em vídeo mais agentes para combater a corrupção». Paraná Online. 18 de dezembro de 2015. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ Vivian Reis (23 de janeiro de 2016). «Máscara do 'Japonês da Lava Jato' é a mais procurada no carnaval de SP». G1. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ «Dilma perde lugar para 'Japonês da PF' na festa em Olinda». Uol. 8 de fevereiro de 2016. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ Leonel Rocha (17 de fevereiro de 2016). «De férias, "Japonês da PF" visita a Câmara: "Quero esquecer Lava Jato"». Congresso em Foco. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
- ↑ 20,0 20,1 20,2 Site Jornal Nacional, G1 (10 de junho de 2016). «'Japonês da Federal' vai cumprir pena trabalhando com tornozeleira». Consultado em 10 de junho de 2016
- ↑ «STJ Nega recurso do "Japonês da Federal"». G1. Globo. 14 de março de 2016. Consultado em 15 de março de 2016
- ↑ Adriana Justi e Bibiana Dionísio. «Japonês da Federal é preso em Curitiba por facilitar contrabando». G1. Globo. Consultado em 8 de junho de 2016
- ↑ André Guilherme Vieira. «Justiça manda prender Newton Ishii, o "japonês da Federal"». Valor Econômico. Consultado em 8 de junho de 2016
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