Pepa Ruiz
Pepa Ruiz | |
---|---|
Ficheiro:120200.jpg Pepa Ruiz durante sessão de autógrafos do lançamento do livro "Sem Papas na Língua" de sua amiga Beatriz Costa | |
Nome completo | Josefa Maria do Rosário de La Santíssima Trindad Ruiz Puebla |
Nascimento | 13 de agosto de 1904 Andaluzia |
Nacionalidade | espanhola |
Morte | 26 de dezembro de 1990 (86 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Ocupação | atriz, bailarina, coreógrafa, radialista e produtora teatral |
Erro Lua em Módulo:Categorização_AD_e_AB_de_outras_wikis na linha 173: attempt to index field 'wikibase' (a nil value).
Josefa Maria do Rosário de La Santíssima Trindad Ruiz Puebla (Andaluzia, 13 de agosto de 1904 - Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1990), mais conhecida como Pepa Ruiz, foi uma atriz, bailarina, coreógrafa, radialista e produtora hispano-brasileira.[1][2]
Biografia[editar]
Desde criança a atriz já era apelidada de Pepa, apelido comumente dado às Josefas na Espanha. Quando tinha 8 anos, Pepa e a família se mudaram para Portugal, porque o pai, Don José, morreu em Cuba e a família estava com problemas financeiros. Em Lisboa, Pepa estudou dança, onde teria impressionado os professores, ganhou prêmios e foi enviada de volta à Espanha para estudar com uma coreógrafa. Com o fim da Primeira Guerra, voltou à Lisboa, onde estreou profissionalmente como bailarina na ópera "Aida", estrelada pelo tenor Tito Schipa. Aponta-se que neste momento já teria adotado o nome artístico de Pepa Ruiz - outros dizem que o nome artístico teria sido adotado na peça "Amor sem Dinheiro".[3][4]
Aos 16 anos, já era bailarina, atriz e, também, coreógrafa. Casou-se com o português Artur Dionísio de Rosa Mateus, ator, bailarino, dramaturgo, maestro e empresário teatral, na época Artur dedicava-se ao teatro de revista. Nesse mesmo ano, em 1920, veio ao Brasil, para se apresentar no Teatro Recreio, com a peça "Salada Russa". Ao final da temporada, Pepa, então grávida de seu único filho, Roberto Ruiz - que tornaria-se dramaturgo, autor de revista de teatro e crítico de TV - separou-se de seu marido e decidiu ficar no Brasil. Seu filho nasceu em março de 1921. Artur, seu ex-marido, terido voltado ao Brasil em 1941.[3][4][2]
Em janeiro de 1921, estreou, como atriz e bailarina, na revista carnavalesca "Reco Reco", de Carlos Bittencourt e Cardoso de Menezes, no Teatro São José, ao lado de Otília Amorim, Alfredo Silva e Pinto Filho. A peça teria sido um sucesso e Pepa, como bailarina, foi chamada de Pavlova Brasileira, em referencia à dançarina Anna Pavlova.[2][3]
Atuou na reprise de "O Pé de Anjo" e, após o nascimento de seu filho, voltou aos palcos na revista portuguesa "De Capote e Lenço". Teria sido muito elogiada pela crítica, tendo feito carreira extensa em revistas, como, por exemplo, "Água no Bico!...", que teria sido sucesso na temporada junho/julho, no Teatro Carlos Gomes.[3]
Com sua popularidade em alta, houve certa confusão com a outra atriz homônima - Pepa Ruiz, que anos antes havia sido apontada como a maior estrela do teatro de revista brasileiro. A Pepa mais velha, já doente, quis conhecer a mais nova. O encontro se deu no Hotel Avenida, onde residia a atriz do passado. Fumando um charuto, a velha Pepa conversou com a moça. Descobriram, além da mesma paixão, outras coincidências como o mesmo nome José (Pepe) de seus pais.[3]
Pepa assinou contrato com a prestigiada atriz caricata Alda Garrido e experimentou um novo gênero: a burleta. Além de atuar com Alda Garrido, participou das companhias de revistas de Otília Amorim e Margarida Max. Nesce periódo fez "Amendoim Torrado" (1925); "Amor sem Dinheiro (1925)"; "Turumbamba" (1926); "Ilha de Amores" (1926); "Quem Manda é o Coronel "(1926); "Olha à Direita", entre outras. Outra peça tida como grande sucesso foi "Luar de Paquetá" (1924), de Freire Jr., onde lançou a famosa marcha-rancho de mesmo título.[3]
Aos 30 anos, era tida como uma das mais requisitadas atrizes do teatro brasileiro (musical e declamado). Trabalhou com Procópio Ferreira em "Deus lhe Pague", de Joracy Camargo, com a Companhia de Vicente Celestino, e fez várias revistas com Aracy Côrtes e outros famosos da época.[3]
Na década de 1940, depois de fazer revistas com Beatriz Costa e Mesquitinha, teria obtido sucesso como atriz no teatro declamado. Incursionou, inclusive, pelo rádio. A partir de 1951, voltou à Portugal como empresária de companhias brasileiras. Levou Alda Garrido para Lisboa, viajou por diversos países, atuando, administrando, comandando. Administrou as companhias de Aimée e Joana D´Arc.[3]
Organizou, em 1957, uma excursão da Cia. Brasileira de Revistas pela Europa e países de língua portuguesa na África. O sucesso teria sido absoluto. Pepa Ruiz liderava o elenco composto por Antônio Spina, Berta Loran, Gracinda Freire, Almeidinha e outros. Durante todo o ano de 1957 fizeram temporada africana.[3]
Em 1958, estrearam em Portugal, com a revista "Fogo no Pandeiro", de Max Nunes, J. Maia e seu filho Roberto Ruiz. Os autores escreveram ainda mais três peças especialmente para a companhia. Ao fim da excursão pela África e Portugal, fez nova ida à Europa indo à Espanha, França e Alemanha, contratando artistas brasileiros e os promovendo nesses países.[3]
Pepa Ruiz, além do teatro de revista, foi uma mulher comprometida com o teatro brasileiro. Pelo seu incessante trabalho como atriz e empresária era muito querida no meio artístico. Em 1959, ao completar 40 anos de carreira, foi homenageada no Teatro Carlos Gomes. Na ocasião, estiveram presentes mais de cem atores e personalidades teatrais, num desfile artístico até então inédito: Oscarito, Aracy Côrtes, Aimée, Pascoal Carlos Magno, Dercy Gonçalves, Jayme Costa, Manoel Pera, Mário Lago, Procópio Ferreira, Rodolfo Mayer, Vicente Celestino e tantos outros.[3]
Nos anos seguintes, consolidou a carreira de administradora. Encarregou-se das companhias de Eva Todor e também de Dercy Gonçalves.[3]
No cinema trabalhou em “Adorável Trapalhão“, estrelado por Renato Aragão, em 1967.[4]
Na televisão atuou em 1975 na novela “O Grito” na TV Globo, escrita por Jorge Andrade, com direção de Walter Avancini, e em 1978, na novela “Pecado Rasgado” de Silvio de Abreu, também na TV Globo.[4]
Em 1977 foi nomeada administradora do Teatro Dulcina, que o Serviço Nacional de Teatro recém adquirira. Ela ocupou esse cargo até sua morte, em 26 de dezembro de 1990.[3]
Pepa Ruiz morreu de causas naturais devido à senilidade[2]
Carreira[editar]
Filmografia[editar]
Teatro[editar]
- Salada Russa - 1920[3]
- Reco Reco - 1921[3]
- Luar de Paquetá - 1924[3]
- Amendoim Torrado - 1925[3]
- Amor sem Dinheiro - 1925[3]
- Turumbamba - 1926[3]
- Ilha de Amores - 1926[3]
- Quem Manda é o Coronel - 1926[3]
- Fogo no pandeio - 1958[3]
- Olha à Direita - data desconhecida [3]
- Amor sem dinheiro - data desconhecida[4]
- O Pé de Anjo - data desconhecida[3]
- De Capote e Lenço - data desconhecida[3]
- Água no Bico!... - data desconhecida[3]
Televisão[editar]
- O Grito - 1975 - Personagem: Maria[4][6]
- Pecado Rasgado - 1978 - Personagem: Sarita Regina Lara[4][7]
Dança[editar]
- Ópera Aida - data desconhecida[3]
Referências
- ↑ «Pepa Ruiz». Enciclopédia Itaú Cultural. 6 de junho de 2018. Consultado em 25 de junho de 2022
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 «Pepa Ruiz (86 años)». TV Saudades. 14 de março de 2021. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ 3,00 3,01 3,02 3,03 3,04 3,05 3,06 3,07 3,08 3,09 3,10 3,11 3,12 3,13 3,14 3,15 3,16 3,17 3,18 3,19 3,20 3,21 3,22 3,23 3,24 3,25 3,26 Veneziano, Neyde (2010). As Grandes Vedetes do Brasil. [S.l.]: Imprensa Oficial. ISBN 978-8570609403
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 «Pepa Ruiz». Museu da TV. Consultado em 25 de junho de 2022
- ↑ 5,0 5,1 5,2 «Pepa Ruiz Biography». IMDB. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ «O Grito». 29 de outubro de 2021. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ «Ficha Técnica - Pecado Rasgado». 29 de outubro de 2021. Consultado em 26 de junho de 2021
Este artigo "Pepa Ruiz" é da wikipedia The list of its authors can be seen in its historical and/or the page Edithistory:Pepa Ruiz.