Porto Velho

Município de Porto Velho | |||||
"PVH" "Capital da Madeira-Mamoré" "Portal da Amazônia" "Cidade das Três Marias" "Rondon" "Grande Porto Velho" "Pérola do Madeira" | |||||
Acima, à esquerda, antiga sede do Governo do Estado de Rondônia; à direita, uma vista parcial da cidade; ao centro, à esquerda, a Casa da Cultura de Porto Velho; à direita, um pôr do sol no Rio Madeira; abaixo, uma panorâmica da cidade. | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 2 de outubro | ||||
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Fundação | 1907 (114 anos) | ||||
Emancipação | 2 de outubro de 1914 (106 anos) | ||||
Gentílico | porto-velhense | ||||
Padroeiro(a) | Nossa Senhora Auxiliadora | ||||
CEP | 76800-000 a 76849-999[1] | ||||
Prefeito(a) | Hildon Chaves (PSDB) (2017 – 2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Porto Velho em Rondônia Localização de Porto Velho no Brasil
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Unidade federativa | Rondônia | ||||
Região intermediária |
Porto Velho IBGE/2017[2] | ||||
Região imediata |
Porto Velho IBGE/2017[2] | ||||
Região metropolitana | Porto Velho | ||||
Municípios limítrofes | Lábrea, Canutama, Humaitá (AM), Acrelândia (AC); Machadinho d'Oeste, Cujubim, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari, Alto Paraíso, Buritis, Nova Mamoré | ||||
Distância até a capital | 2 589 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 34 090,954 km² (BR: 26º, RO: 1º)[3] | ||||
Área urbana | 41.7 km² (BR: 73º RO: 1º) – est. Embrapa[4] | ||||
Distritos | Abunã, Calama, Demarcação, Extrema, Fortaleza do Abunã, Jaci-Paraná, Mutum-Paraná, Nazaré, Nova Califórnia, Porto Velho (sede), São Carlos e Vista Alegre do Abunã | ||||
População | 529 544 hab. (BR: 46º; RO: 1º) – IBGE/2019[3] | ||||
Densidade | 15,53 hab./km² | ||||
Altitude | 85 m | ||||
Clima | tropical monçônico, isotérmico Am | ||||
Fuso horário | UTC−4 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,736 (BR: 876º, RO: 1º) – alto PNUD/2010[5] | ||||
Gini | 0,470 IBGE/2003[6] | ||||
PIB | R$ 16 5 bilhões mil (BR: 58º, RO: 1º) – IBGE/2017[3] | ||||
PIB per capita | R$ 31 793,20 IBGE/2017[3] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | www.portovelho.ro.gov.br | ||||
Câmara | www.portovelho.ro.leg.br |
Porto Velho é um município brasileiro e a capital do estado de Rondônia. Com uma população de 529 544 habitantes, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2019), é o município mais populoso de Rondônia e o quarto mais populoso da Região Norte, atrás apenas de Manaus, Belém e Ananindeua. Entre todos os municípios brasileiros é o 46° mais populoso, figurando no mesmo ano como a 21ª capital estadual do país com mais habitantes. É a capital brasileira com maior área territorial, com mais de 34 mil km² (mais extenso que a Bélgica e Israel), sendo também o mais populoso município fronteiriço do Brasil. Porto Velho é, ainda, a única capital estadual brasileira que faz fronteira com outro país, sendo este a Bolívia.
Situado na margem à leste do Rio Madeira, na Região Norte do Brasil, Porto Velho foi fundado pela empresa americana Madeira Mamoré Railway Company em 4 de julho de 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, comandada pelo magnata norte-americano Percival Farquhar. Em 2 de outubro de 1914, foi legalmente criado como um município do Amazonas, transformando-se em capital do estado de Rondônia em 1943, quando criou-se o Território Federal do Guaporé.[7] Em termos econômicos, a cidade detém o quarto maior PIB da Região Norte, depois de Manaus, Belém e Parauapebas, além de ter sido a capital estadual que mais cresce economicamente no país, com crescimento do PIB em 30,2% em 2009.[8] Em 2010, o PIB de Porto Velho foi estimado em R$ 7,5 bilhões, segundo o IBGE, respondendo por cerca de 1 terço do PIB de Rondônia naquele ano.[9]
História[editar]

Origem[editar]
Porto Velho foi criada por desbravadores por volta de 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Fica nas barrancas da margem direita do rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas. Desde meados do séc. XIX, nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Madeira, província de Mato Grosso. As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais favorável. Em 15/01/1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-lei n.º 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira.
Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado Porto Novo. O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até S. Antônio, ponto inicial da EFMM. Percival Farquar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho.
Após a conclusão da obra da EFMM em 1912 e a retirada dos operários, a população local era de cerca de 1.000 almas. Então, o maior de todos os bairros era onde moravam os barbadianos - Barbadoes Town - construído em área de concessão da ferrovia. As moradias abrigavam principalmente trabalhadores negros oriundos das Ilhas Britânicas do Caribe, genericamente denominados barbadianos. Ali residiam pois vieram com suas famílias, e nas residências construídas pela ferrovia para os trabalhadores só podiam morar solteiros. Era privilégio dos dirigentes morar com as famílias. Com o tempo passou a abrigar moradores das mais de duas dezenas de nacionalidades de trabalhadores que para cá acorreram. Essas frágeis e quase insalubres aglomerações, associadas às construções da Madeira-Mamoré foram a origem da cidade de Porto Velho, criada em 02 de outubro de 1914. Muitos operários, migrantes e imigrantes moravam em bairros de casas de madeira e palha, construídas fora da área de concessão da ferrovia. Assim, Porto Velho nasceu das instalações portuárias, ferroviárias e residenciais da Madeira-Mamoré Railway. A área não industrial das obras tinha uma concepção urbana bem estruturada, onde moravam os funcionários mais qualificados da empresa, onde estavam os armazéns de produtos diversos, etc. De modo que, nos primórdios haviam como duas cidades: a área de concessão da ferrovia e a área pública. Duas pequenas povoações, com aspectos muito distintos. Eram separadas por uma linha fronteiriça denominada Avenida Divisória, a atual Avenida Presidente Dutra. Na área da railway predominavam os idiomas inglês e espanhol, usados inclusive nas ordens de serviço, avisos e correspondência da Companhia. Apenas nos atos oficiais, e pelos brasileiros era usada a língua portuguesa. Cada uma dessas povoações tinham comércio, segurança e, quase, leis próprias. Com vantagens para os ferroviários, face a realidade econômica das duas comunidades. Até mesmo uma espécie de força de segurança operava na área de concessão da empresa, independente da força policial do estado do Amazonas.[10]
Ciclos Econômicos[editar]
Desde sua origem, Porto Velho tem sido fortemente influenciada por diferentes ciclos econômicos que deixaram profundas marcas na sua paisagem. O primeiro desses ciclos teve início nos meados do século XIX, na busca de se construir uma ferrovia que, superando o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380 km), possibilitasse o escoamento da borracha produzida na região do vale dos rios Mamoré, Guaporé e Beni. A vila de Santo Antônio do Madeira, na então província de Mato Grosso, foi a localidade escolhida para construção de um porto onde a borracha passaria a ser transferida para navios que seguiriam para a Europa e os EUA. Contudo, as dificuldades de construção e operação do porto próximo à cachoeira de Santo Antônio levaram à utilização de um pequeno porto (Porto Velho), localizado 7 km rio abaixo, já na província do Amazonas, mas que se constituía em local muito mais favorável para as tecnologias da época. Após a conclusão da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em 1912, muitos trabalhadores permaneceram na cidade, que possuía, então, uma população aproximada de 1.000 habitantes, na sua maioria morando em habitações vinculadas à construção da ferrovia. Todavia, muitos operários e imigrantes moravam em bairros de casas de madeira e palha, construídas fora da área de concessão da ferrovia. Essas duas áreas distintas eram separadas por uma linha fronteiriça denominada Avenida Divisória, que hoje vem a ser a Avenida Presidente Dutra. Em 1914, o Estado do Amazonas criou o Município de Porto Velho, e no mesmo ano o instalou. Cinco anos mais tarde Porto Velho foi elevada à categoria de Cidade, sendo a estrada de ferro fator determinante neste processo. Deve-se reconhecer, também, a relevante importância, para o desenvolvimento de Porto Velho, do rio Madeira que, até a construção da BR-364 e da BR-319, era a única alternativa de ligação com o Centro Sul e com as metrópoles regionais de Manaus e Belém, ao Norte.
Enquanto a borracha apresentava importância comercial, houve nessa cidade e região, fases de grande crescimento e progresso, principalmente no período da 2ª Grande Guerra Mundial, quando a Alemanha e seus aliados impediram a saída da borracha produzida na Malásia para abastecer os países que a combatiam. Com o término da guerra, a Malásia voltou a atender ao mercado internacional e gradativamente a exploração da borracha da Amazônia passou a ser pouco vantajosa. Nessas circunstâncias muitos seringais foram desativados e os que permaneceram em exploração sofreram grandes reduções na produção, resultando na estagnação da economia regional. Em 1943, o Governo Federal criou o Território Federal do Guaporé, com terras dos Estados do Mato Grosso e Amazonas. Em seguida, a cidade de Porto Velho foi designada a Capital do Território. É importante registrar que o município de Porto Velho estava situado no Estado do Amazonas. Com a criação do Território, contudo, a cidade passou à condição de sua Capital. Para isso o Município absorveu grandes porções de terras oriundas dos Estados formadores, algumas com posse e dominialidade de particulares. Essa situação deu origem a uma série de irregularidades com relação à ocupação de áreas do Estado/União e áreas particulares, e que permanecem até hoje em situação irregular, não só quanto à posse como, também, quanto à conformidade com a legislação urbanística. Em 1956 o até então Território Federal do Guaporé passou a ser denominado Território Federal de Rondônia, em homenagem ao Marechal Cândido Rondon.
No final dos anos 50, com a descoberta da cassiterita (minério de estanho), começa um novo ciclo de desenvolvimento regional, denominado ciclo do minério, que teve seu ápice com a exploração de ouro no rio Madeira na década de 80. Por fim, o último desses ciclos refere-se ao desenvolvimento de atividades agro-pastoris que com o avanço da fronteira agrícola, iniciado na década de 70, contribuiu para a transformação econômica do então Território Federal de Rondônia.
O Território foi finalmente transformado em Estado no final de 1981, tendo a sua instalação ocorrido em 1982, confirmando-se Porto Velho como sua Capital. A cidade vivenciou um novo ciclo de desenvolvimento econômico e populacional que esteve diretamente associado à construção de duas grandes usinas hidrelétricas no rio Madeira. Uma delas, a de Santo Antônio, está localizada exatamente nas proximidades da Vila de Santo Antônio, mencionada anteriormente, onde se cogitou a localização do primeiro porto fluvial e que posteriormente foi transferido para uns poucos quilômetros rio abaixo e que deu origem à atual Capital do Estado de Rondônia.
Do passado histórico restou um conjunto de grandes edifícios e armazéns relacionados com as atividades da construção e operação da ferrovia que estão sendo objeto de um projeto de revitalização, assim como vilas residenciais e outras edificações que marcam até hoje a paisagem da capital de Rondônia.[11]
Emancipações[editar]
Tornou-se município em 1914, quando ainda pertencia ao Estado do Amazonas. Em 1943, passou à condição de capital e, juntamente com o município de Guajará-Mirim, passou a constituir o Território Federal do Guaporé, que em 1956 passou a ser denominado Rondônia, vindo a ser elevado à categoria de estado (subdivisão) em 4 de janeiro de 1982. [7]
Geografia[editar]
A capital rondoniense se localiza na parte oeste da Região Norte do Brasil, na área abrangida pela Amazônia Ocidental no Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central brasileiro.
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[12] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Porto Velho.[2] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Porto Velho, que por sua vez estava incluída na mesorregião de Madeira-Guaporé.[13]
Relevo[editar]
O relevo do município é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões, com variações de altitudes que vão de 70 metros a pouco mais de 600 metros. A região situa-se no vale do rio Madeira, entre a planície amazônica e o planalto central brasileiro.
Hidrografia[editar]
Porto Velho está localizada na Bacia do Rio Amazonas. O Rio Madeira é o principal rio que banha o município, vindo do sul da Bolívia.
Os principais rios são:
- Rio Madeira (principal braço direito do Rio Amazonas): banha Porto Velho, possui grande quantidade de ouro em seu leito e até pouco tempo, na época da vazante, abrigava 30 000 garimpeiros. Seu curso é dividido em dois níveis: Alto Madeira, trecho das cachoeiras e corredeiras, e o Baixo Madeira. Dois lagos se destacam pela sua importância biológica: Lago do Cuniã, com 104 000 hectares, na reserva biológica de Cuniã, e Lago Belmont, no rio Madeira. O rio tem pesca abundante, destacando-se os seguintes peixes: piraíba, jaú, dourado, caparari, surubim, pirara, piramutaba, tambaqui, tucunaré, jatuarana, pacu, pirapitinga, curimatá, a piranha preta e o terrível candiru.[14]
- Rio Abunã (afluente da margem direita do rio Madeira): faz a delimitação da fronteira entre Brasil e Bolívia, banha o distrito de Fortaleza do Abunã e nasce no Acre.
- Rio Mutum-Paraná.
- Rio Jacy-Paraná.
- Rio Candeias.
- Rio Machado.
Clima[editar]
Porto Velho possui um tropical superúmido, de transição entre clima semiúmido da Região Centro-Oeste e o equatorial predominante na Região Norte. O índice pluviométrico anual é superior a 2 000 milímetros, concentrados entre os meses de verão. A estação seca dura três meses e ocorre no trimestre junho-julho-agosto.[15] As precipitações ocorrem sob a forma de chuva e, em raras ocasiões de granizo,[16] podendo vir acompanhadas de raios e trovoadas[17] e ainda ser de forte intensidade.[18] Com quase 2 000 horas de sol por ano, a umidade do ar é relativamente elevada.[15]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Porto Velho (INMET) por meses[19] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 130 mm | 07/01/1977 | Julho | 65,6 mm | 27/07/1964 |
Fevereiro | 132,5 mm | 13/02/1966 | Agosto | 56,2 mm | 27/08/1968 |
Março | 102,6 mm | 06/03/1970 | Setembro | 94,8 mm | 24/09/1962 |
Abril | 120 mm | 22/04/1974 | Outubro | 157,6 mm | 15/10/1979 |
Maio | 107 mm | 06/05/1977 | Novembro | 132,6 mm | 24/11/1980 |
Junho | 47 mm | 11/06/1977 | Dezembro | 127,5 mm | 06/12/1961 |
Período: 01/01/1961 a 31/12/1983, 01/01/1987 a 31/12/1987, 01/01/1995 a 30/04/1995 e 01/01/1998 a 20/02/2008 |
Entre maio e setembro, massas de ar polar que chegam ao sul da Amazônia atingem Porto Velho e derrubam as temperaturas, algumas vezes para abaixo dos 17 °C, causando o fenômeno da friagem.[20][21] Contudo, dentro dessa mesma época, nos meses de agosto e setembro, também são registradas as maiores temperaturas do ano, chegando próximo ou ultrapassando a marca dos 35 °C, e a umidade do ar também pode ficar abaixo dos 30% ou até mesmo dos 20%,[22] bem abaixo dos 60% considerados ideais pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre janeiro de 1961 a dezembro de 1983, janeiro a dezembro de 1987, janeiro a abril de 1995 e de janeiro de 1998 a fevereiro de 2008, a menor temperatura registrada em Porto Velho foi de 7,4 °C em 19 em julho de 1975,[23] e a maior atingiu 40,9 °C em 16 de agosto de 1969.[24] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 157,6 mm em 15 de outubro de 1979. [19] Dezembro de 2001, com 665,3 mm, foi o mês de maior precipitação.[25]
Dados climatológicos para Porto Velho | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 37,2 | 38,6 | 40 | 37,1 | 36,8 | 38,8 | 37,9 | 40,9 | 40 | 40 | 39,7 | 38 | 40,9 |
Temperatura máxima média (°C) | 31,6 | 31,5 | 31,6 | 31,8 | 31,3 | 31,7 | 32,8 | 34,3 | 34 | 33,7 | 32,6 | 31,7 | 32,3 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,9 | 25,8 | 25,9 | 25,9 | 25 | 25,2 | 24,8 | 26,3 | 26,5 | 26,6 | 26,3 | 25,8 | 26,5 |
Temperatura mínima média (°C) | 22,8 | 22,7 | 22,7 | 22,4 | 21,4 | 19,9 | 19,3 | 19,7 | 21,2 | 22,3 | 22,7 | 22,6 | 21,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 14,4 | 15,4 | 12 | 12,8 | 12 | 11,8 | 7,4 | 10 | 12,1 | 17 | 16,3 | 11 | 7,4 |
Precipitação (mm) | 320,9 | 316 | 273,9 | 251 | 126,6 | 49,6 | 24,2 | 36,4 | 119,9 | 192,7 | 225,2 | 319,1 | 2 255,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 19 | 19 | 20 | 17 | 11 | 4 | 3 | 4 | 11 | 13 | 16 | 19 | 156 |
Umidade relativa compensada (%) | 84,4 | 85,8 | 85,8 | 85,5 | 84,5 | 81,2 | 76 | 72,7 | 75,7 | 80 | 83,6 | 84,8 | 81,7 |
Horas de sol | 107,1 | 98,3 | 124 | 140,1 | 183,7 | 226,7 | 259,7 | 234 | 186,8 | 166,7 | 137,1 | 124,2 | 1 988,4 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (médias de temperatura e umidade: normal climatológica de 1981-2010;[15] precipitação, dias com precipitação e horas de sol: normal 1961-1990;[15] recordes de temperatura: 01/01/1961 a 31/12/1983, 01/01/1987 a 31/12/1987, 01/01/1995 a 30/04/1995 e 01/01/1998 a 20/02/2008)[23][24] |
Política[editar]
O atual prefeito de Porto Velho é Hildon de Lima Chaves (2017/2020), do PSDB, e o atual vice-prefeito é Edgar do Boi, do PSDC.
Por ser uma capital de estado relativamente nova (1981), a cidade possui muitos funcionários públicos, tanto federais quanto estaduais. Como há pouca qualificação, grande parte da mão-de-obra especializada vem de outros estados.
Câmara de vereadores[editar]
A Câmara Municipal de Porto Velho fica no bairro Meu Pedacinho de Chão O atual presidente é o vereador Francisco Edwilson Bessa Holanda Negreiros, do PSB.
Relações exteriores e intermunicipais[editar]
Cidades-irmãs[editar]
A política das cidades-irmãs procura incentivar o intercâmbio entre cidades que têm algo em comum com Porto Velho. A troca de informações e o aumento do comércio entre elas são meios de tornar as cidades-irmãs mais próximas. Porto Velho possui duas cidades-irmãs, que são:
Reservas indígenas[editar]
O município de Porto Velho conta com três reservas indígenas. A Reserva Karitiana, com 89.098 hectares, fica a 95 quilômetros da capital. É habitada por cerca de 100 índios, que se dedicam à agricultura de subsistência (arroz, milho, farinha, etc.). Lá já foram construídas casas em alvenaria, depósitos, uma enfermaria e uma pista de pouso.[carece de fontes] A Reserva Kaxaraxi, com mais de 85 mil hectares, fica na divisa com o estado do Amazonas. Seus mais de 100 índios vivem do extrativismo da castanha e da banana.[carece de fontes] A terceira reserva indígena é a dos Karipunas, com 2.200 hectares, situada no Distrito de Jaci-Paraná.[carece de fontes] Economia[editar]![]() Atividades econômicas em Porto Velho - (2012)[28] O PIB de Porto Velho em 2015 era de R$ 14.409.726.019,6 e o PIB Per capita R$ 27.741,10.[29]
Porto Velho recebeu 5 mil novas empresas em apenas um ano, além de 30 mil novos empregos. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), o Estado possui hoje a maior taxa de ocupação da população economicamente ativa da região Norte (94,6%) e a segunda menor taxa de desemprego do Brasil. A renda média do trabalhador porto-velhense em 2015 era de 3,5 salários mínimos, acima da média nacional.[30] Turismo[editar]É a 8ª cidade da Região Norte, 5º destino de empresários vindos da Bolívia a negócios e eventos. As atrações históricas são:
Centros de Compras e Lazer[editar]
O shopping que passou recentemente por uma expansão de 14 mil m² de ABL recebeu a nova âncora Riachuelo, além das já existentes. Hoje conta com 44 mil m² de ABL e recebe 700 mil consumidores por mês. Atualmente são 197 operações, sendo 5 âncoras, 13 megalojas, 1 Parque de Diversões com 551m² (dentre jogos eletrônicos e lazer para crianças), Cinema, Universidade, 109 lojas satélites, 32 quiosques, 4 instituições financeiras, 2 Praças de Alimentação com 29 operações, 2 restaurantes e 1 farmácia. O Porto Velho Shopping estuda viabilizar duas torres comerciais e se tornar o primeiro shopping com conceito multiúso de Rondônia. Localizado na Av. Rio Madeira, esquina com Av. Calama.[34] Infraestrutura[editar]
Educação[editar]Porto Velho tem a UNIR - Universidade Federal de Rondônia e o IFRO - Instituto Federal de Rondônia como instituições públicas de ensino técnico/superior e as seguintes instituições particulares: Centro Universitário São Lucas, FARO, FATEC, FIMCA, FIP, UNOPAR, UNINTER, Universidade Católica de Rondônia, UNIRON, ULBRA e IMAM - Instituto Metodista da Amazônia. Os cursos ministrados virtualmente contam com alguns pontos de presença de faculdades e universidades de outras cidades do país. Os três cursos de Medicina, de Direito, de Engenharia e outros bem cotados têm atraído muitos estudantes do interior e de estados vizinhos, tornando esta capital uma cidade universitária. A taxa de escolarização de pessoas entre 6 e 14 anos de idade, em 2010, era de 94,5%, abaixo da média nacional.[36] Segurança pública[editar]
A cidade conta com os quartéis do 5° BEC, 17° Brigada de Infantaria de Selva, 31° Circunscrição do Serviço Militar, 17° Base Logística, 3° Cia do 54° BIS, Base Aérea de Porto Velho, Hospital de Guarnição e a Delegacia Fluvial de Porto Velho. Também conta com o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). De acordo com a revista Época, Porto Velho é a 15° capital mais violenta do país. Transportes[editar]Existem três meios de transportes para se chegar a Porto Velho: Rodoviário, Aéreo e Fluvial através da Hidrovia do Madeira. Para seguir ao Estado do Amazonas é pela BR-319 sobre uma ponte de Porto Velho no Rio Madeira. A cidade conta com um aeroporto internacional. Os meios de transporte mais utilizados para Manaus é o Aéreo e o Fluvial. Em 2018, Porto Velho possuía uma frota de 276.601 veículos. O Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira é o mais importante do estado e recebe voos diários de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e Rio Branco, dos municípios do interior do estado de Rondônia como Ji-Paraná e Vilhena e do interior do Amazonas como Humaitá, Lábrea e Manicoré. Também conta com voo para Porto Alegre, com escalas em Campinas, Rio de Janeiro, Cuiabá, Campo Grande e Curitiba; e para Fortaleza, com escala em Manaus e Belém,além de outros destinos com menor fluxo de passageiros.[carece de fontes] O aeroporto tem capacidade de receber 920 mil passageiros por ano e opera com as principais companhias aéreas nacionais e regionais, tais como LATAM, Gol e Azul.[carece de fontes] Rodovias[editar]A Rodoviária fica na Avenida Governador Jorge Teixeira esquina com Rua Dom Pedro II. Porto Velho é cortada por duas rodovias federais, a citada BR-319 e a principal delas, a BR-364, única rodovia federal a cortar o Estado no sentido norte-sul, passando pelas principais cidades rondonienses. Porto Velho conta ainda com o Terminal Rodoviário de Porto Velho para atender quem chega na cidade ou sai dela de ônibus. Porto[editar]O Porto Graneleiro - Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH) - faz parte do corredor de exportação de grãos, principalmente a soja, que vem do sul do Estado e do Mato Grosso (Sapezal e cidades vizinhas). A soja in natura embarcada em Porto Velho segue a Itacoatiara, de balsa, e de lá em navios para a América do Norte, Europa e Ásia. Além de grãos e outras mercadorias, como a madeira, o porto também escoa os produtos a da cadeia de carne e laticínios. No Porto do Cai n'Água, há embarcações que fazem o trajeto até Humaitá, Manicoré e Manaus, municípios do Amazonas, como também das localidades do Baixo Madeira, como São Carlos, Calama e outras pequenas localidades. Ferrovia[editar]Nos finais de semana eram realizadas viagens de trem à antiga Primeira Estação, na Cachoeira de Santo Antônio. Atualmente, a linha está desativada. Cultura e sociedade[editar]![]() Porto Velho é a síntese da diversidade cultural do Estado de Rondônia e demonstra seu pluralismo através de seu calendário de festas, onde se destacam os festejos de Carnaval com a tradicional Banda do Vai Quem Quer, fundado no ano de 1981 por Manoel Mendoça, o Manelão, e que reúne mais de 100 mil pessoas nas ruas da capital de Rondônia durante os festejos de Carnaval.[37] Evidenciando a força da cultura nordestina na capital, o Arraial Flor do Maracujá, realizado a mais de 30 anos na cidade de Porto Velho durante as festas juninas é o segundo maior arraial do Brasil, onde reúnem artistas de fora e local, mesclando desta forma as regiões.[38] Há ainda a realização da ExpoPorto, (Exposição Agropecuária de Porto Velho) e o Festival da Costela Assada, realizado pelas Lojas Maçônicas de Rondônia todos os anos.[39][40] Na literatura, é relevante a obra do poeta Augusto Branco, cujos livros são publicados no Brasil e na Europa, e cujos textos têm grande popularidade na internet em nível mundial; Já no teatro destacam-se obras como a peça Bizarrus, dirigida por Marcelo Felice, e encenada por presidiários e ex-presidiários do Estado, que constroem o enredo da peça a partir de suas próprias experiências pessoais, num trabalho que é referência nacional em reabilitação social,[41] e a encenação anual de ‘O Homem de Nazaré’, pelo grupo teatral Êxodo, durante o feriado de Corpus Christi, na Jerusalém da Amazônia – o maior teatro a céu aberto da região norte do Brasil.[42] Abaixo, segue a relação dos principais atrativos culturais de Porto Velho:
Nas manifestações musicais existem os blocos de carnaval, grupos de rock, MPB, forró, pagode, sertanejo e bailões, axé, músicas gaúchas (CTG), quadrilhas, reggae, Bumba-meu-boi/Boi Bumbá, dentre vários outros grupos diversos. Bibliotecas[editar]
Comunicação[editar]![]() Lazer[editar]Além de se refugiarem nas várias chácaras, sítios e fazendas próximas à cidade, é comum os moradores da cidade buscarem os balneários nos finais de semana, o que inclui os balneários locais (o do Rio Bonito, do Souza, do 21 e outros) e alguns localizados nos municípios vizinhos, como o do Rio Preto, em Candeias do Jamari. Os igarapés mais conhecidos são Periquitos e Areia Branca. Estas verdadeiras praias de água doce são uma das principais fontes de lazer da família porto-velhense. Alguns desses "banhos" possuem uma grande infraestrutura para receber centenas de banhistas nos finais de semana, como restaurantes, pousadas, quadras e campos de futebol.[carece de fontes] Esportes[editar]Porto Velho tem três representantes na primeira divisão do Campeonato Rondoniense de Futebol: Sport Club Genus de Porto Velho, Porto velho Esporte Clube e Rondoniense Social Clube. Ver também[editar]
Referências
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