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Retábulo de São José

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Retábulo de São José (antigo retábulo de São Vicente Ferrer) (1751 – 1752)[editar]

Portugal - Faro – Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo[editar]

O retábulo de São José é considerado actualmente um dos mais interessantes do Algarve.
Retábulo Barroco, cujo arco foi a primeira manifestação do Rococó na região mais a Sul de Portugal.
A obra foi assumida por Tomé da Costa (mestre entalhador de Faro) após conclusão faz-se
um acrescentamento em arco concebido pelo maior entalhador setecentista algarvio o mestre tavirense Manuel Martins.
De madeira entalhada e dourada, o retábulo apresenta planta em perspectiva côncava e embasamento com duplo registo,
corpo único, três tramos e ático. No banco há dois pares de mísulas com meninos hercúleos e na parte central o primeiro
degrau do trono piramidal em degraus. No corpo as colunas torsas apresentam imoscapo, com cinco espiras em cuja
garganta possui uma grinalda de flores, há também duas pilastras torsas com cinco espiras totalmente
revestidas com folhas e anjinhos.

Ao centro sobressai a imagem de vulto perfeito de São José, rematada por um dossel com sanefas,
de planta mistilínea. Nos tramos laterais há nichos emoldurados. O entablamento restringe-se aos tramos
laterais, estruturando-se o ático entre dois arcos plenos.

O arco é composto por embasamento, um par de quartelões e uma arquivolta plena, sobressaindo no frontispício
diversos ornatos túrgidos e assimétricos, nomeadamente rocalhas, auriculares, elementos fitomórficos, etc.
Ao centro regista-se um frontão recortado sobre o qual assenta uma imagem também de vulto perfeito de um anjo.

Os Retábulos[editar]

Os retábulos poderiam ser narrativos ou didácticos, tendo como intenção principal mostrar aos fiéis
representações figurativas dos principais ciclos religiosos, que tanto podiam ser em pintura como em relevo escultórico.
Também havia os retábulos relicários (pouco frequentes) pela raridade das relíquias e o seu elevado custo.
Pouco vulgares foram os retábulos eucarísticos, que tinham como intenção principal proporcionar aos fiéis a
exposição solene do santíssimo Sacramento.

Os retábulos mais frequentes foram os devocionais a imagens de Cristo da Virgem e dos santos, que tinham
como intenção principal proporcionar aos fiéis a concentração no culto a um único tema, evitando-se,
quando possível, a sua dispersão com outras devoções.

A partir do Concílio Vaticano II a eucaristia deixou de ser celebrada nos retábulos. Consequentemente
o sacerdote não fica mais de costas para o público, passando a colocar-se diante da mesa do altar existente na capela-mor,
de frente para os fiéis.

Retábulos no Algarve[editar]

O Algarve não ficou alheio ao movimento inovador surgido no Norte da Europa.

Apesar de estes equipamentos, inicialmente
litúrgicos e depois também arquitectónicos, terem sido usados durante vários séculos, o seu apogeu é nos séculos XVII e XVIII.

À semelhança do que ocorreu em todo o país, no Algarve se registou também encomenda dos diversos equipamentos religiosos,
nomeadamente os retábulos.

As responsabilidades pela encomenda dos retábulos das capelas-mores das igrejas matrizes
eram assumidas pelos representantes dessas entidades ou então pelas Comissões Fabriqueiras.
Em algumas igrejas estava a cargo das mesas episcopal e capitular.

O clero regular desempenhou também um papel relevante (apesar de ser menor o número de igrejas conventuais).
Os retábulos das capelas-mores das igrejas conventuais eram da responsabilidade de cada comunidade religiosa.

A sociedade civil teve uma participação muito activa, nomeadamente através das Confrarias ou Irmandades e das Ordens
Terceiras, sediadas, quer em templos próprios, quer em capelas localizadas no interior das igrejas matrizes.
As Irmandades mais pobres tiveram uma intervenção mais moderada, quer adquirindo retábulos mais modestos ou em segunda mão.

Por fim aponta-se a participação dos instituidores particulares, aqueles que dispunham de maiores recursos
financeiros e que adquiriam uma capela própria, localizada normalmente nos templos de maior devoção religiosa,
para sepultura do seu corpo e dos seus familiares.

Os melhores retábulos algarvios situavam-se nas cidades e nas vilas mais prósperas, ocupando Faro um papel destacado,
pois para além de ser a sede do assento episcopal e o principal centro urbano, era também onde se localizava a larga maioria das oficinas
responsáveis pela concepção e pela feitura dos retábulos.

Notas Bibliográficas[editar]

  • 2007, Lameira, F, O Retábulo no Algarve – Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve –
    Região de Turismo do Algarve
  • 2000, Lameira, F, A Talha no Algarve durante o Antigo Regime – Câmara Municipal de Faro
  • 1994, Lameira, F, Inventário Artístico do Algarve – A Talha e a Imaginária – XII Vol. – Concelho de Faro – 1ª Parte –
    Delegação Regional do Algarve da Secretaria de Estado da Cultura



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