Rio Branco (Acre)
Município de Rio Branco | |||||
"Capital da Amazônia Ocidental" "RBR" "Capital da Natureza" "Rio Branco do Acre" | |||||
Acima à esquerda, o pórtico do Parque da Maternidade; acima a direita, o Novo Mercado Velho de Rio Branco, as margens do Rio Acre; na centro-esquerda a Ponte JK; na centro-direita a passarela Joaquim Macedo; abaixo tomada aérea do 1º distrito. | |||||
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Hino | |||||
Fundação | 28 de dezembro de 1882 (141 anos) | ||||
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Gentílico | rio-branquense[1] | ||||
Lema | Ubique Patria Memor "Em Qualquer Lugar, Terei Sempre A Pátria Em Minha Lembrança" | ||||
Padroeiro(a) | Nossa Senhora de Nazaré[2] | ||||
Prefeito(a) | Socorro Neri (PSB) (2017 – 2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Rio Branco no Acre Localização de Rio Branco no Brasil
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Unidade federativa | Acre | ||||
Região intermediária |
Rio Branco IBGE/2017[3] | ||||
Região imediata |
Rio Branco IBGE/2017[3] | ||||
Municípios limítrofes | Bujari, Capixaba, Porto Acre, Senador Guiomard, Sena Madureira e Xapuri. | ||||
Distância até a capital | 3 030 km[4] | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 8 834,942 km² [1] | ||||
População | 407 319 hab. (AC: 1º) – estatísticas IBGE/2019[1] | ||||
Densidade | 46,1 hab./km² | ||||
Altitude | 153 m | ||||
Clima | tropical monçônico, isotérmico Am | ||||
Fuso horário | UTC-5 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,727 (AC: 1º) – alto PNUD/2010[5] | ||||
PIB | R$ 8 192 366 mil (BR: 121º) – IBGE/2014[6] | ||||
PIB per capita | R$ 22 510,95 IBGE/2014[6] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | www.riobranco.ac.gov.br | ||||
Câmara | www.riobranco.ac.leg.br |
Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre, na Região Norte do país e principal centro financeiro, corporativo, político e cultural do estado. Distante 3 030 quilômetros de Brasília, capital federal,[4] localiza-se às margens do Rio Acre.
Sua população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 407 319 habitantes, fazendo de Rio Branco a sexta cidade mais populosa da Região Norte do Brasil. Sua área territorial é de 8 834,942 km², sendo o quinto município do estado em tamanho territorial. De toda essa área, 44,9559 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Rio Branco como sendo a 62ª maior do país.[7]
Sendo a 4ª capital mais antiga da Região Norte do Brasil, após Belém, Manaus e Macapá, o povoamento da região de Rio Branco se deu no fim do século XIX, com a chegada de nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande período dado pelo Ciclo da Borracha.[8] Nesta época ocorreu ainda uma miscigenação intensa da população, com a união entre o branco nordestino de ascendência portuguesa, os afro-brasileiros e os índios, principalmente da etnia Culinas, em conjunto com povos vindos de outras regiões do mundo, principalmente os espanhóis, portugueses, libaneses, italianos e turcos.[9]
Etimologia[editar]
A capital ganhou este nome em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, que tornou-se amplamente conhecido pelo seu título nobiliárquico: Barão do Rio Branco.[10] Antes estabelecida no Seringal Volta da Empresa, a prefeitura teve sua sede transferida em 1909 para onde se localizava o Seringal Empreza.[10] Em 1912 a Vila Pennápolis, que se chamava assim em homenagem ao então Presidente do Brasil, Afonso Pena teve seu nome alterado para Rio Branco, em homenagem ao diplomata que anexara o Acre ao Brasil.[10]
O Barão do Rio Branco nasceu em 20 de Abril de 1845 no Rio de Janeiro. Iniciou-se na carreira política como promotor e deputado, ainda no Império. Assumiu o Ministério das Relações Exteriores, de 3 de dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Além de diplomata, foi geógrafo e historiador. Junto com Assis Brasil e José Plácido de Castro, teve papel de destaque na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e pequenas concessões territoriais.
História[editar]
A capital do estado do Acre (o nome Acre origina-se de Aquiri, transcrita pelos exploradores desta região da palavra Uwakuru do dialeto dos índios Apurinã), surgiu a partir do seringal fundado em 28 de dezembro de 1882, pelo cearense Neutel Maia.
Segundo a tradição, em fins de 1882, numa pronunciada volta do rio Acre, uma frondosa gameleira chamou a atenção de exploradores que subiam o rio e levou-os a abrir um seringal ali mesmo. Tratava-se do seringalista Neutel Maia, que, com sua família e trabalhadores, chegava à região do Acre.
Maia fundou o seu primeiro seringal, Seringal Volta da Empresa, à margem direita do rio Acre, ao longo da grande curva do rio, onde ainda hoje está a gameleira - no local em que hoje se encontra o Segundo Distrito. Ali foi iniciada a construção de barracões, em terras antes ocupadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris.
Em seguida, Maia abriu um outro seringal, na margem esquerda do rio Acre - onde atualmente está instalado o Palácio do Governo do Acre - com o nome de Seringal Empresa.
Anos depois, a mesma gameleira seria testemunha dos combates travados na Volta da Empresa, entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas, durante o crítico período da Revolução Acreana, que tornou o Acre parte do Brasil, no início do Século XX.
Terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, e a anexação definitiva do Acre - agora Território Federal do Acre - ao Brasil, Rio Branco foi elevada à categoria de vila, tornando-se sede do departamento do Alto Acre.
Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o departamento do Alto Acre, cargo que exerceu até 1905. No dia 19 de agosto de 1904, Cunha Matos decidiu estabelecer a sede provisória de sua prefeitura no povoado criado em torno do seringal Volta da Empresa, onde hoje está o Segundo Distrito da capital, à margem direita do rio Acre. A povoação passou a ser chamar-se Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904.
A "Villa Rio Branco" afirmou-se como o principal centro urbano de todo o vale do Acre, o mais rico e produtivo do território.
Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Acre, coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do rio Acre, onde hoje funcionam os principais órgãos públicos como o Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Palácio das Secretarias, nas terras do Seringal Empresa, recebendo o nome de Penápolis (em homenagem ao então Presidente Afonso Pena) , onde a terra era mais alta, não sujeita às alagações do rio Acre. Foi uma instalação definitiva.
Em 1910, o prefeito Leônidas Benício de Melo, assinou uma Resolução criando o município de Empresa, juntando a Vila Rio Branco (no Seringal Volta da Empresa, do lado direito do rio Acre) e a localidade de Penápolis (Seringal Empresa, do lado esquerdo do rio Acre).
Em fevereiro de 1911, o prefeito Deocleciano Coelho de Sousa, adotou novamente o nome de município de Penápolis. De forma definitiva, em 1912, os dois lados da cidade passam a se chamar "Rio Branco", em homenagem ao Barão de Rio Branco, chanceler brasileiro cuja ação diplomática resultou no Tratado de Petrópolis. Em 1920 o município de Rio Branco passa a ser a capital do então Território do Acre - depois Estado do Acre.
Durante todos esses acontecimentos, a rua surgida em torno da gameleira, na margem direita do rio Acre, era o centro da vida comercial e urbana dessa parte da Amazônia. Ali se situavam os bares, cafés e cassinos que movimentavam a vida noturna da cidade; ali se encontravam os principais representantes comerciais das casas aviadoras nacionais e estrangeiras que movimentavam milhares de contos de réis naquela época de riqueza e fausto. Ali moravam as principais famílias da elite urbana composta por profissionais liberais e pelo funcionalismo público.
Embora a administração política do Território tivesse sido transferida para a margem esquerda do rio Acre, cujas terras eram mais altas e não inundáveis, as ruas do centro da cidade - ruas Cunha Matos, 17 de novembro e 24 de janeiro - permaneceriam como a principal zona comercial, sendo paulatinamente dominadas pelos imigrantes sírio-libaneses, a ponto de, em meados da década de 1930, a área ser também conhecida como "Bairro Beirute".
Porém, a partir da década de 1950, teve início um pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio Branco, que passou a ser chamada Segundo Distrito. Isso resultou da transferência de boa parte de suas principais casas comerciais para o Primeiro Distrito da cidade, na margem esquerda do rio, onde já estavam instaladas as principais repartições públicas e as residências das mais importantes famílias do território.
Geografia[editar]
Rio Branco se localiza a 9°58'29" sul e a 67°48'36" oeste, numa altitude de 153 metros acima do nível do mar. A cidade é cortada pelo rio Acre, que divide a cidade em duas partes denominadas Primeiro e Segundo Distritos. Atualmente, o rio é atravessado por seis passarelas - a mais nova é a Passarela Joaquim Macedo. Limita-se ao norte com os municípios de Bujari e Porto Acre, ao sul com os municípios de Xapuri, Brasiléia e Capixaba, a leste com o município de Senador Guiomard e a oeste com o município de Sena Madureira.
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[11] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Rio Branco.[3] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Rio Branco, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Acre.[12]
Rio Branco situa-se em ambas as margens do rio Acre, sua topografia à direita (na região hoje denominada pelo Segundo Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo na margem esquerda (onde fica o centro da cidade), caracteriza-se por sucessão de aclives suaves. Sua vegetação natural é composta basicamente por floresta tropical aberta (baixos platôs e aluvial).
Solo[editar]
Cerca de 90% dos sedimentos da Bacia do Acre são de idade terciária de origem continental fluvial, tendo sido estudados sob denominações diversas, como a Formação de Pebas Manaus, Puca e Rio Branco. Delas a mais conhecida é a Formação Solimões.
A Formação Solimões é composta por sedimentos típicos de planície de inundação, apresentando estratificações cruzadas, estrutura laminar em argilitos, siltitos acamados e em lentes, arenitos finos e grosseiros em lentes ou interditados com siltitos e argilitos, etc.
Levantamentos de solos feitas para o Zoneamento Econômico Ecológico do Estado do Acre e do município de Rio Branco, indicam as seguintes classes de solo:
- Argissolo Vermelho Amarelo, principal classe de solo do município e que apresenta caracteristicamente argila de atividade baixa em sua composição mineralógica, sendo solos ácidos, distróficos ou alumínicos, em relevo predominantemente ondulado a suave ondulado. São solos de baixa fertilidade natural, moderada susceptibilidade à erosão e à mecanização, notadamente em função das limitações do relevo. Esta classe de solos predomina ao sul do município de Rio Branco, na porção sul da bacia do rio Riozinho do Rola, compreendo quase a totalidade das bacias dos igarapés Espalha, Forquilha, Vai-Se-Ver, Bom Futuro e Caipora, além de porções de terra a oeste do rio Acre, ao norte da BR-364.
- Luvissolo Hipocrômico, com argila de alta atividade, textura média, hipereutrófico e com elevada acidez em profundidade. São solos de elevada fertilidade natural, porém, com deficiência de oxigênio devido a drenagem interna, sendo fortemente susceptíveis à erosão pela ocorrência em relevo ondulado. Para a mecanização destes solos deve-se priorizar técnicas de baixo revolvimento do solo, como plantio mínimo ou plantio direto. Esta classe de solo predomina ao norte do município de Rio Branco, na porção norte da bacia do rio Riozinho do Rola e ao sul da Rodovia Transacriana (AC-090), incluindo também a maioria das terras na margem oriental do rio Acre, principalmente entre a sede do município de Rio Branco e a divisa com o município de Porto Acre.
Estas duas classes de solos descritas acima são claramente diferenciadas em relação aos dois principais corpos de drenagem do município de Rio Branco: rio Acre e o rio Riozinho do Rola: os argissolos predominam na porção sul da bacia do Riozinho do Rola e na porção oriental da bacia do rio Acre, onde está a principal rede de recarga hídrica do município, facilmente identificada pela maior riqueza e maior extensão de canais de drenagem; por sua vez, os luvissolos predominam na porção norte da bacia do Riozinho do Rola e ocidental da bacia do rio Acre, onde a rede de drenagem é menos rica e menos extensa. Esta associação de rede de recarga hídrica e dos solos do município indicam a necessidade de políticas de gestão do uso da terra diferentes, onde o manejo conservacionista da bacia hidrográfica é particularmente importante nas áreas com argissolos.
Outras classes de solo que ocorre no município de Rio Branco trata-se do Latossolo Vermelho, cauliníticos, distróficos, profundos e de textura argilosa, em relevo suave ondulado, associados a Argissolo Amarelo e Argissolos Vermelho, normalmente de textura mais leve (média a argilosa), distróficos ou ácidos, e em relevo ondulado. Estes solos ocorrem na porção oriental da bacia do rio Acre, principalmente entre as sedes dos municípios de Rio Branco e Senador Guiomard. Do ponto de vista da fertilidade natural, são os solos de menor fertilidade natural e, extremamente susceptíveis à erosão devido a maior erodibilidade de seu solo, embora, o relevo suave ondulado minimize tal risco. Entretanto, nestes solos é comum observar a formação de voçorocas em áreas manejadas inadequadamente. São solos bem drenados e adequados para a mecanização intensiva e podem proporcionar excelentes produtividades desde que corrigidas as deficiências de fertilidade. Do ponto de vista da recarga hídrica, constituem o ambiente mais importante para a captação de água e provavelmente sua posição em relação ao aquífero sob a cidade de Rio Branco indica que estes solos podem constituir-se na principal fonte de reabastecimento do aquífero, indicando a necessidade de cuidados especiais quanto a utilização de produtos químicos e instalação de indústrias que possam contaminar este aquífero.
De menor importância quanto a sua abrangência territorial no município de Rio Branco, mas importante devido a estar associado as bacias de sedimentação do bacia do rio Acre e do Riozinho do Rola está o Gleissolo Melânico, de textura argilosa e eutróficos, associados as várzeas em relevo plano ao longo dos principais canais de drenagem, e os Plintossolos Háplicos, também de textura argiloosa, eutróficos, porém, mais profundos e associados a relevo suave ondulado, em posições mais afastadas da zona de sedimentação. Estes solos são extremamente férteis, propícios para agricultura de pequena escala e familiar, porém, com fortes restrições quanto a deficiência de oxigênio, sendo, em alguns locais, sujeitos a alagação periódica. Por estarem associados a mata ciliar, em áreas de proteção permanente, também apresentam restrição ambiental para seu uso.
Também com menor expressão territorial, encontra-se o Argissolo Vermelo plintico associado ao Argissolo Vermelho Amarelo plíntico e ao Plintossolo Argilúvico, todos solos com gradiente textural entre o horizonte superficial, de textura média, e o horizonte subsuperficial de textura argilosa, normalmente distróficos e em relevo variando de suave ondulado a ondulado. Estes solos localizam-se em uma pequena extensão no norte da bacia do rio Riozinho do Solo.
Do ponto de vista das potencialidades do uso da terra, o município de Rio Branco possui paisagens diversas, desde solos de baixa fertilidade e de excelente aptidão para agricultura intensiva, como solos de excelente fertilidade, porém, mais apropriados para um uso agrícola menos intensivo no que diz respeito à mecanização. Os solos também variam em relação ao seu papel na conservação dos recursos hídricos, havendo deste importantes áreas de reabastecimento de aquíferos (Latossolos), como redes de drenagem extensas (Argissolos) ou restritas (Luvissolos). Esta variabilidade de paisagens indica a possibilidade de uma grande variabilidade de uso agrícola e prestação de serviços ambientais.
Clima[editar]
Rio Branco possui um clima quente e chuvoso. Dentre todas as capitais da Amazônia Legal e do Nordeste, é a que tem o clima mais agradável, caracterizado por temperaturas mínimas frequentemente próximas de 20 °C e máximas próximas de 30 °C e influências de frentes frias durante alguns meses do ano. O clima é equatorial, com temperatura média anual ao redor dos 25 °C e precipitação de chuvas de aproximadamente 2 000 mm/ano. O período compreendido entre os meses de novembro a abril corresponde à época mais chuvosa do ano.[13]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Rio Branco (INMET) por meses (06/1969-presente)[14] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 118,2 mm | 16/01/1974 | Julho | 68,4 mm | 11/07/1978 |
Fevereiro | 159,2 mm | 14/02/2018 | Agosto | 71,9 mm | 05/08/1997 |
Março | 113,8 mm | 22/03/2004 | Setembro | 95 mm | 10/09/2014 |
Abril | 129,2 mm | 19/04/1985 | Outubro | 102,2 mm | 11/10/1986 |
Maio | 87 mm | 22/05/1974 | Novembro | 134 mm | 06/11/2015 |
Junho | 57,4 mm | 25/06/1993 | Dezembro | 135,2 mm | 10/12/1987 |
Entre maio e setembro ocorre ocasionalmente o fenômeno da friagem, registrando temperaturas mais baixas (geralmente chegando aos 12 °C) para os padrões regionais. Porém esse fenômeno tem uma duração curta, nunca superior a uma semana consecutiva. No entanto, é nos meses de agosto e setembro que normalmente são registradas as maiores temperaturas do ano, podendo chegar aos 37 °C, baixos índices de umidade relativa do ar e precipitação, o que favorece a ocorrência de fumaça das queimadas nessa época.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1969 (a partir de 01/06) a menor temperatura registrada em Rio Branco foi de 6 °C em 19 de julho de 1975,[15] e a maior atingiu 39,8 °C em 8 de dezembro de 1970.[16] O maior acumulado de precipitação foi de 159,2 mm em 14 de fevereiro de 2018, superando os 135,2 mm registrados em 10 de dezembro de 1987. Outros grandes acumulados foram 134 mm em 6 de novembro de 2015, 129,6 mm em 24 de dezembro de 1971, 129,2 mm em 19 de abril de 1985, 121,4 mm em 19 de fevereiro de 1993, 118,9 mm em 4 de dezembro de 1998, 118,2 mm em 16 de janeiro de 1974, em 13 de novembro de 1976, 113,8 mm em 22 de março de 2004, 108,7 mm em 27 de março de 2010, 107,6 mm em 114,4 mm em 29 de dezembro de 1988, 107,1 mm em 8 de abril de 1994, 105 mm em 20 de janeiro de 1998, 102,2 mm em 11 de outubro de 1986, 101,8 mm em 10 de dezembro de 1986, 100,9 mm em 15 de fevereiro de 2003, 100,4 mm em 2 de novembro de 1978 e 100,3 mm em 6 de março de 2013.[14]
Dados climatológicos para Rio Branco | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 35,7 | 37,2 | 37,2 | 38,2 | 39,7 | 35,2 | 37,8 | 38,3 | 39,2 | 38,4 | 37,5 | 39,8 | 39,8 |
Temperatura máxima média (°C) | 30,9 | 30,8 | 31,1 | 31 | 30,4 | 30,3 | 31,3 | 32,9 | 33,2 | 32,9 | 31,8 | 31 | 31,5 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,7 | 25,5 | 25,7 | 25,4 | 24,4 | 23,6 | 23,4 | 24,6 | 25,5 | 26,1 | 25,9 | 25,7 | 25,1 |
Temperatura mínima média (°C) | 22,2 | 22 | 22 | 21,6 | 20,1 | 18,3 | 17,5 | 18,2 | 19,8 | 21,6 | 21,9 | 22,2 | 20,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 14,2 | 16 | 14 | 10,4 | 8,2 | 7,8 | 6 | 8 | 10 | 12,4 | 13,6 | 13,4 | 6 |
Precipitação (mm) | 294,4 | 298,4 | 278,1 | 207,4 | 87,7 | 32,8 | 31,9 | 56,5 | 84,8 | 153 | 206,7 | 265,9 | 1 997,6 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 19 | 17 | 17 | 13 | 8 | 3 | 3 | 4 | 6 | 10 | 14 | 18 | 132 |
Umidade relativa compensada (%) | 88,6 | 88,8 | 88,8 | 88,5 | 87,3 | 85,6 | 81,3 | 77,9 | 78,3 | 82,6 | 85,9 | 88,2 | 85,2 |
Horas de sol | 109,7 | 90,4 | 113,8 | 127,4 | 154,8 | 174,3 | 218,4 | 180,5 | 158 | 162,8 | 138,8 | 118,6 | 1 747,5 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[13] recordes de temperatura de 01/06/1969 a 31/07/2018)[15][16] |
Hidrografia[editar]
No comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes. A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens.
O rio Acre, afluente direto do rio Purus, por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes. Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.
O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km² e densidade de drenagem de 1,37 km/km², é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.
O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.
Canal da Maternidade encontra-se bastante poluído, por cortar a cidade é um grande coletor de águas pluviais.
Demografia[editar]
A população do município em 2016 era estimada pelo IBGE em 377,057 habitantes, sendo o maior município do estado e o 65°mais populoso do Brasil, apresentando uma densidade populacional de 40,18 habitantes por km².[17] Segundo o censo de 2000, 51,79% da população são homens e 48,2% mulheres, e 92,73% da população vive na zona urbana e 7,22% vive na zona rural.[18] Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a população de Rio Branco equivale a 0,16% da população nacional. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Rio Branco possuía 233.073 eleitores em 2014.[19]
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Rio Branco é considerado Alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor de 0,754. Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,860, enquanto o do Brasil é 0,849, o índice da longevidade é de 0,697 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,704 (o do Brasil é 0,723).[20] Rio Branco possui a maioria dos indicadores médios segundo o PNUD. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,52, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[21] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 37,21% e a incidência da pobreza subjetiva é de 39,39%.[21] Rio Branco tem melhorado todos os seus indicadores nos últimos anos, saindo de um quadro preocupante, para uma estabelecida qualidade de vida.
Etnias[editar]
Cor/Raça | Percentagem |
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Branca | 26.% |
Negra | 5.5% |
Parda | 63.4% |
Amarela | 2.1% |
Indígena | 0.2% |
Fonte: Censo 2010
Crescimento demográfico[editar]
- Evolução demográfica de Rio Branco
Religião[editar]
De acordo com o Censo 2010[23][24], a religião católica apostólica romana constitui 60.44% da população, os segmentos evangélicos 19,54%, a religião espírita 1,02% e os demais segmentos religiosos, juntamente com os habitantes que se declaram sem religião, somam 15,51%.
- Protestantismo
Rio Branco é um dos municípios do Acre em que o Protestantismo teve maior crescimento que o Catolicismo Romano no Censo de 2010.[25]
Dentre as denominações protestantes em Rio Branco a maioria da população é pentecostal, cerca de 15% e 4% não determinaram denominação.[22]
Em 2014, constatou-se que Rio Branco seria a capital mais protestante do Brasil.[26][27]
As Assembleias de Deus são o maior grupo pentecostal, com 10% da população, seguida pela Congregação Cristã no Brasil com 1,24% e Igreja Universal do Reino de Deus com 1,35% [22]
Subdivisões[editar]
A prefeitura de Rio Branco, diferente das demais prefeituras brasileiras, divide a cidade em 7 áreas urbanas, denominadas regionais.
Cada regional possui peculiaridades, já que foram definidas com base em fatores socioeconômicos, compreendendo bairros e conjuntos com características semelhantes. Elas são numeradas de I a VII, sendo que cinco delas se localizam no 1º distrito: II, III, IV, V, VI; e outras duas no 2º distrito: I, VII. As regionais são compostas por aproximadamente 110 bairros:
Economia[editar]
Historicamente, a economia acriana baseou-se no extrativismo vegetal, sobretudo na exploração da borracha, que foi responsável pelo povoamento da região. Atualmente, a madeira é o principal produto de exportação do estado, que também é grande produtor de castanha-do-acre, carne, açaí e óleo da copaíba.[28][29]
Os cultivos de mandioca, milho, arroz, feijão, frutas e cana-de-açúcar são a base da agricultura. A indústria, por sua vez, atua nos seguintes segmentos: alimentício, madeireiro, cerâmica, mobiliário e têxtil. Rio Branco possui o maior PIB do estado do (AC), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de 6,767,743 Bilhões de reais. Um dos maiores centros financeiros da Região Norte do Brasil, Rio Branco passa hoje por uma transformação em sua economia; transformação essa que inclui a expansão ao agronegócio, vista anualmente na ExpoAcre,[31][32] feira de exposição local; à piscicultura e ao ecoturismo, fonte da demarcada política de estado acreana: desenvolvimento sustentável.[33][34][35]
Infraestrutura[editar]
Educação[editar]
A cidade de Rio Branco, em 2009, contava no ensino fundamental com 211 escolas, com o corpo docente de 2.367professores e 64.349 alunos matriculados.[36][37][38] O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no ensino fundamental foi calculado em 4,9 , o 10º entre as capitais do Brasil, e acima da média nacional(4,6).[39] O ensino médio era assistido por 51 escolas, uma rede docente de 813 professores e 17.425 matrículas.[40][41][42] O ensino médio municipal obteve a nota 4,2 no IDEB 2009, o terceiro melhor resultado entre as capitais, acima da média nacional(3,6).[39] O ensino infantil calculava 70 pré-escolas, 402 professores e 10.168 alunos.[43][44][45]
A capital ainda conta com diversas instituições de ensino superior. São algumas delas a Universidade Federal do Acre (UFAC), União Educacional do Norte (UNINORTE), Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO), Centro Universitário Meta (UNIMETA), o Instituto de Ensino Superior do Acre, Sinal Faculdade de Teologia e Filosofia, Faculdade Diocesana São José (FADISI), dentre outras. Estes absorvem a maior parte das matrículas, especialmente a primeira, por ser a única faculdade pública do estado.
Em 2008, a taxa de analfabetismo no estado é de 13%, uma das mais equilibradas do Brasil. Da população, 36,2% dos acreanos são analfabetos funcionais.
Saúde[editar]
Rio Branco possuía em 2009, 95 estabelecimentos de saúde.[46] A cidade conta com vários hospitais; Fundação Hospital do Acre[47], Pronto-Socorro de Rio Branco, um dos maiores da região[48], Hospital Santa Juliana[49], Hospital da Uninorte[50], além de diversos postos de saúde, clínicas particulares e Unidades de Pronto Atendimento (UPA)s espalhados pela cidade.[51]
Comunicação[editar]
Atualmente os rio-branquenses estão bem estruturados em relação a comunicação, sendo seus principais meios a internet, os jornais, as rádios, a televisão, e as telefonias fixas e móveis. Na cidade, os primeiros programas de TV foram iniciados na década de 1970, e alguns, incrivelmente, predominam até hoje. Os jornais impressos circulam na cidade desde o final dos anos 60, e o interessante, é que mesmo com o avanço da tecnologia, ler o jornal impresso logo cedo, continua sendo uma atividade muito apreciada pelos acreanos, coisa difícil de se ver hoje em dia.
Jornais[editar]
Circulam na cidade seis jornais, sendo quatro diários e dois semanais. São eles: O Rio Branco, A Gazeta, Página 20, A Tribuna, Opinião, O Estado (semanal), O Tabloide (semanal). Ler um jornal impresso ainda é uma atividade muito apreciada nesta cidade.
Telefonia[editar]
As operadoras que mantém cobertura na região são: a Vivo, a TIM, a Oi e a Claro.
As principais empresas que fazem a cobertura de telefonia fixa na cidade são a Embratel, Oi e a GVT.
Rádios[editar]
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Emissoras de televisão[editar]
As principais estações e emissoras de televisão de Rio Branco são: a TV Acre (afiliada da Rede Globo), a TV 5 (afiliada da Band), a TV União Rio Branco (afiliada da Rede União, rede de emissoras com origem no Município de Rio Branco), a TV Rio Branco (afiliada do SBT), a TV Gazeta (afiliada da Rede Record), a ABC TV (afiliada da RedeTV!), a TV ALEAC (afiliada da TV Senado e da TV Câmara), a TV Diocese (afiliada da Rede Vida), a TV Aldeia (afiliada da TV Cultura) e a TV Cidade (afiliada da Rede Brasil).
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Transporte[editar]
O sistema de transporte público tem melhorado nos últimos anos, principalmente devido à reforma e ampliação do Terminal Central de Ônibus da cidade próximo ao centro, que é responsável por interligar a maior parte das linhas, de um total de 36 operados por 3 empresas: Via Verde, Floresta e São Judas Tadeu.[52] Algumas ruas da cidade têm um corredor preferencial para o transporte público, como a Avenida Brasil, por onde passa boa parte das linhas que chegam ao centro através da Avenida Getúlio Vargas. Os táxis e mototáxis também são muito utilizados pela população.
Em 2016, Rio Branco possuía uma frota de 160,784 veículos.[53]
Rio Branco é a capital com maior malha cicloviária proporcional por habitante do Brasil.[54][55]
Aeroporto[editar]
O Aeroporto Internacional de Rio Branco que fica no quilômetro 18 da BR-364 na zona rural do município. O local foi construído em 1999, já que o aeroporto da época, o Aeroporto Internacional Presidente Médici, estava instalado numa área pertencente a um particular que, na justiça, conseguiu a reintegração de posse.
A BR-364 então foi duplicada para facilitar o seu acesso que até hoje é complicado pela distância enorme do centro da cidade. Atende à aviação doméstica, internacional, geral e militar, com operação de companhias aéreas regulares e táxis aéreos. O terminal está preparado para receber 460 mil passageiros por ano e realiza cerca de 6 operações diárias. Até dezembro de 2014 foi o 6º aeroporto mais movimentado da região Norte, e o 31º aeroporto mais movimentado do Brasil. Hoje em dia, é considerado um dos aeroportos mais modernos do País.
Rodovias[editar]
As principais vias que ligam a cidade às rodovias são a Avenida Ceará, Via Chico Mendes e a Via Verde que funciona como anel viário.
- BR-364 - Principal rodovia do estado; que liga Rio Branco à Região Sudeste do Brasil. A oeste corta todo o estado, ligando a capital do estado à Cruzeiro do Sul, segundo principal município do estado, passando pelos municípios de Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves.
- BR-317 - Tem extensão de 330 km, liga Boca do Acre, no Amazonas, a capital (entroncamento da BR-364) e ao sul do estado, passando pelos municípios de Senador Guiomard, Capixaba, Epitaciolândia, Brasileia na fronteira com a República da Bolívia, a partir de Brasileia a estrada continua por mais 110 km até chegar no município de Assis Brasil, já na fronteira com o Peru. A rodovia se tornará um importante eixo de exportação do Brasil, pois quando a estrada no lado peruano estiver concluída, o Brasil estará totalmente ligado a Cuzco e aos dois principais portos do país vizinho.
- AC-040 - Possui extensão de 100 km.[56] Liga Rio Branco até o município de Plácido de Castro também fazendo fronteira com a Bolívia, passando por Senador Guiomard.
- AC-010 - Tem extensão de 62 km[56], ligando Rio Branco, até o município histórico de Porto Acre, já na divisa com o Amazonas.
Há ainda a Rodoviária Internacional de Rio Branco para as pessoas que acessarem a cidade de ônibus.
Atrações turísticas[editar]
- Gameleira
Árvore histórica. Fica na "curva" do Rio Acre, onde a cidade nasceu. Em dezembro de 1882, à sombra de uma árvore acampou o corajoso desbravador Neutel Maia. Hoje, mais de um século depois, a gameleira é uma frondosa árvore com mais de 2,5m de diâmetro no tronco, com 20m de altura e, com o sol a pique, sua sombra tem por volta de 30 metros de diâmetro.
É um dos mais famosos palácios de Rio Branco, construído em 1930 para abrigar a sede do governo do estado. Em 1999, iniciou-se um processo de restauração do imóvel, respeitando suas características históricas e seu inegável valor político, arquitetônico e cultural. Em 2008 foi transformado em um museu, onde são expostos fatos importantes da história do estado desde os seus primórdios.
- O Casarão
O Casarão, foi construído na década de 1930 por Abdon Massari. Foi residência do governador do ex-território do Acre e hoje, serve de espaço para atividades culturais e ponto de encontro de artistas e intelectuais.[57][58]
É um monumento construído pelo governo do Acre em memorial aos heróis da Revolução Acreana (também chamada de Guerra do Acre).
- Sociedade Recreativa Tentâmen
Fundada em 1924, a Sociedade Recreativa Tentâmen, localizada no bairro 6 de Agosto, foi palco de grandes eventos sociais de Rio Branco, tais como formaturas, jantares importantes, aniversários, festas juninas e, principalmente, os famosos bailes carnavalescos que movimentavam toda a cidade, em meados dos anos 1950 e 1960. Tradicionalmente, com intensa mobilização social, em 1999 a administração foi entregue para a Fundação Elias Mansour.
- Praça Plácido de Castro
Conhecida também por Praça da Revolução, localiza-se no centro da cidade, em frente ao quartel da Polícia Militar do Estado do Acre. Passou por uma reconstrução recente, sendo a mais arborizada da cidade.
- Catedral de Nossa Senhora de Nazaré
Inaugurada em 1958, é uma construção em estilo romano - basilical. No seu interior, possui três naves separadas com 36 vitrais coloridos na parte superior e 11 na inferior, doados por famílias acrianas. A parte exterior é formada por frontões, cruz e adro.[59] Em 2007, a igreja foi considerada patrimônio público do estado do Acre. Em Rio Branco também, no mês de outubro de cada ano, celebra-se o Círio de Nazaré, longa tradição religiosa regional.[60]
O acervo do museu reúne peças de arqueologia, paleontologia, história, coleção de manuscritos e documentos referentes à História do Acre.
- Casa dos Povos da Floresta
a Casa dos Povos da Floresta imita uma maloca indígena e retrata a história de ribeirinhos, seringueiros e índios. Está localizada dentro do Parque da Maternidade — em Rio Branco. Com o intuito de valorizar e guardar toda essa história é que surgiu a proposta de criação da Casa, a fim de que cada vez mais os acreanos pudessem ter conhecimento da sua história, orgulhando-se do seu passado, preservando para o futuro.[61][62]
- Memorial dos Autonomistas
Possui um museu sobre a aquisição do Acre pelo Brasil, exposições de quadros de pintores regionais, um café e um teatro. O Memorial disponibiliza ao público um grande acervo de fotos históricas do estado, além de objetos históricos usados durante a Revolução Acreana.
- Passarela Joaquim Macedo
Passarela de pedestres que liga os dois distritos da cidade. Passando sobre o rio Acre, foi construída com a tecnologia de suspensão por cabos, e concluída em 2006, tem iluminação diferenciada, contrastando com as águas do rio Acre.
- Parque da Maternidade
Inaugurado em 28 de setembro de 2002, é a obra de maior expressão na cidade de Rio Branco. Com uma extensão de 6.000m, corta grande parte da cidade. Possui quadras de esportes, quiosques, restaurantes, ciclovia e pistas de skate. Um lugar destinado à prática de esportes.
- Via Verde Shopping
Inaugurado no dia 8 de novembro de 2011, o Via Verde Shopping possui 6 lojas âncoras, 4 megalojas, 132 lojas satélites, 6 salas de cinemas, sendo 3 3D, além de praça de alimentação com quatorze lojas e estacionamento com capacidade de 1169 vagas. Serviço de táxi e ônibus coletivos são disponibilizados aos clientes. É o primeiro shopping center do estado.[63][64][65][66]
- Mercado Velho
Localizado à margem esquerda do rio Acre, foi construído na década de 1920, sendo uma das principais construções em alvenaria da época. Passou por uma obra de revitalização, que resgatou a importância do espaço.
Cultura[editar]
Devido à sua ocupação territorial ter sido feita por colonos nordestinos (refugiados da Seca na Região Nordeste do Brasil), movidos pelo incentivo e promessa do Ciclo da borracha, no final do século XIX, é a 2ª capital mais antiga da Amazônia Ocidental Brasileira, após Manaus, e sendo assim, é, portanto, mais antiga que algumas outras capitais interioranas do país, tais como: Goiânia, Porto Velho, Brasília, Palmas e Boa Vista; a cultura da região, assim como a gastronomia local sofreram fortes influências do Nordeste do Brasil. Mas, na década de 1930, começaram a chegar no Estado vários emigrantes da Região Sul (Principalmente do Rio Grande do Sul, e do estado centro-oestino do Mato Grosso do Sul, especialmente de Campo Grande), para trabalhar nas obras de construções que tinham início no Estado na época, além dos imigrantes vindos de outras partes do mundo. Outro fato marcante da Cultura Acreana é que no Estado, a bebida chamada antes de tererê foi renomeada para tereré, sendo modificada até o modo de seu preparo, ao invés de água, é usado suco de limão ou abacaxi.
Datas importantes[editar]
- 6 de agosto de 1903 - Revolução Acriana.
- 11 de agosto de 1910 - começa a funcionar a primeira agência dos Correios e Telégrafos.
- 11 de fevereiro de 1911 - instalação da Estação Radiotelegráfica.
- 13 de abril de 1916 - Rio Branco recebe sua primeira usina elétrica.
- 7 de setembro de 1917 - inauguração do primeiro serviço telefônico.
- 13 de abril de 1918 - inaugurado o primeiro hospital de Rio Branco chamado de “Santa Casa de Misericórdia do Acre”.
Teatros e bibliotecas[editar]
Em Rio Branco, há localmente tradicionais teatros, como o Cine Teatro Recreio, Teatro Plácido de Castro e os da Biblioteca da Floresta Marina Silva, Biblioteca Estadual do Acre, Colégio Acreano, Museu da Borracha e Casa dos Povos da Floresta.
Eventos tradicionais[editar]
- Boca de Mulher
Espetáculo de mulheres acreanas que apresentam músicas e performances sobre o universo feminino. Realizado anualmente próximo ao dia da mulher, 8 de março, o Boca de Mulher é organizado por várias entidades.
- ExpoAcre
Feira de indústria e comércio do Acre, promovida pelo governo do estado. Com exposição agropecuária, oferece apresentação de shows artísticos e elementos da cultura local, como artesanatos típicos acreanos, roupas, comida, e etc. Acontece durante o mês de Julho, durando um pouco mais de uma semana. Além destes, outro acontecimento que mobiliza a ExpoAcre são os rodeios de touros, que participam vários peões de todos os estados brasileiros e até estrangeiros como americanos e peruanos. É considerado o maior festival country do Norte do Brasil, e o segundo maior do país, ficando apenas atrás do Festa do Peão de Barretos. Cerca de 450.000 por ano participam da ExpoAcre, pois pessoas de todas as cidades do Acre e de outros estados marcam presença neste grande evento. Também já foi registrada a presença de turistas da Bolívia, Argentina, Chile, Equador e Peru que apreciavam este festival acreano.
- Festival do Açaí de Feijó e Festival de Praia
O Festival do Açaí de Feijó e Festival de Praia é um evento que acontece todos os anos no mês de Agosto, na cidade de Feijó. O evento marca principalmente o grande consumo da fruta tipicamente do Norte do Brasil, o açaí. O açaí produzido em Feijó é considerado por muitos críticos da área como o melhor do Brasil, com a sua espessura mais grossa e com o sabor mais doce por natureza. Este festival mobiliza o Estado inteiro que se dirige a cidade de acontecimento do mesmo. Além de poder saborear o melhor açaí do Brasil, os festeiros poderão curtir shows de celebridades locais e nacionais, gratuitamente, o que faz com que o Festival tenha muito crédito com a população acreana. Logo após o fim do Festival do Açaí, tem início o famoso Festival de Praia de Feijó. A Praia de Feijó é conhecida regionalmente por sua beleza. A Praia de Feijó, como outras do Acre, são consideradas umas das praias mais lindas de água doce do Brasil.
- Festival de Arte da Praia do Amapá (Bairro de Rio Branco)
Lazer e grandes apresentações com artistas locais e convidados.
- Flora
Feira de produtos da floresta do Acre, promovida pela prefeitura de Rio Branco, Secretaria de Indústria e Comércio.
- Festival Varadouro
Festival de cultura independente, com shows de música, peças de teatro e debates jornalísticos, que reúne diversos artistas da cena independente do Brasil. O Festival já é considerado o maior da cena independente da Região Norte, e faz parte do Circuito Fora do Eixo de Música Independente e da Associação Brasileira de Festivais Independentes, com patrocínio do Governo do Estado e iniciativa privada.
- FETAC (Festival de Teatro do Acre)
Traz para o Acre peças da região norte, além de expor peças genuinamentes acreanas.
Estádios[editar]
São usados, atualmente, para jogos em Rio Branco, três estádios: o José de Melo, o Arena da Floresta e o estádio da Federação de Futebol do Estado do Acre.
- Estádio Adauto de Brito - Rua 17 de novembro, s/n. Estádio do Atlético Acreano, foi inaugurado no final da década de 1970 e tem capacidade para 4.000 pessoas. Mas tem mando de campo na Arena da Floresta para os jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019 - Série C.
- Estádio Dom Giocondo Maria Grotti - Avenida Getúlio Vargas, s/n. Estádio do Atlético Clube Juventus.
- Estádio Arena da Floresta - O estádio estadual foi construído no local onde ficava o velho aeroporto Presidente Médici no Segundo Distrito da cidade. É um dos mais modernos do país em termos de estrutura, possui capacidade para 25 mil pessoas mas ainda passará por uma ampliação para uma capacidade de 40.000 espectadores. Foi também construída na região uma Vila Olímpica, chamada cidade do esporte, com espaço para shows, hotel, piscina, pista de atletismo, ginásio, alojamentos e restaurante.
- Estádio da Federação de Futebol do Estado do Acre - O estádio tem capacidade para cerca de 40.000 espectadores e fica na nova Via Verde no oeste da capital acreana.
- Estádio José de Melo - Avenida Ceará, 1.356. Inaugurado em 1935, com capacidade para 6.000 pessoas, o estádio do Rio Branco Football Club que divide com o Arena da Floresta para os jogos do Campeonato Acreano e do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019 - Série D.
Zoológicos[editar]
Na cidade de Rio Branco há um zoológico; este possui vários animais da região e situa-se na AC-040, dentro do famoso Parque Chico Mendes. Existe no parque vários animais, entre eles: onça pintada, jacaré-açu, sucuri, harpias, entre outros. Alguns parques ecológicos da cidade; Horto Florestal de Rio Branco, Parque Capitão Ciríaco, Parque São Francisco, Círculo Militar de Rio Branco e Parque do Tucumã.[67][68][69][70][71]
Cidades-irmãs[editar]
Rio Branco tem 3 cidades-irmãs, que são:
Ver também[editar]
Referências
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- ↑ http://www.riobranco.ac.gov.br/index.php/noticias/noticias-itens/ultimas-noticias/15492-prefeitura-de-rio-branco-lan%C3%A7a-programa%C3%A7%C3%A3o-da-semana-da-crian%C3%A7a-nesta-quarta-feira.html
- ↑ (em italiano) Gemellaggi e dichiarazioni di amicizia, Comune di Reggio Emilia. Consultado em 13 de abril de 2018.
Ligações externas[editar]
- Página da prefeitura
- Página da Câmara Municipal de Rio Branco - Acre
- Informações de documentário sobre a História do Acre
- Galeria de fotos de Rio Branco
- Hotéis de Rio Branco
- Rio Branco no WikiMapia
- Roteiros de Cicloturismo na APA do Amapá em Rio Branco
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