Semyon Mikhailovich Vorontsov
| Semyon Mikhailovich Vorontsov | |
|---|---|
| Sereno Príncipe Vorontsov | |
 | |
| Cônjuge | Maria Vasilievna Stolypina (nascida Trubetskaya) |
| Nascimento | 23 de outubro de 1823 |
| Odessa, Império Russo | |
| Morte | 6 de maio de 1882 (58 anos) |
| São Petersburgo, Império Russo | |
| Enterro | Cemitério Lazarevskoe, Monastério Alexandre Nevsky, São Petersburgo |
| Pai | Mikhail Semyonovich Vorontsov |
| Mãe | Elizabeth Ksaverevna Vorontsova |
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Sua graça, o príncipe Semyon Mikhailovich Vorontsov ( 23 de outubro [ 4 de novembro ] 1823 - 6 de maio [18] 1882 ) - general de infantaria, participante das campanhas caucasianas. O último representante dos Vorontsov em uma linha reta masculina.
Família e infância[editar]
Semyon Mikhailovich nasceu em 23 de outubro ( 04 de novembro ) de 1823 em Odessa. Semyon era o 4° filho de um total de 6 crianças que seus pais tiveram, sendo também o único filho homem a sobreviver a infância, tornando-se o único herdeiro do vice-rei Caucasiano, o marechal Mikhail Semyonovich Vorontsov de seu casamento com Elizabeth Ksaverevna, nascida condessa Branitskaya. De seus 5 irmãos, apenas sua irmã Sofia também sobreviveu a infância, assim como Semyon. Os primeiros anos de vida de Semyon foram passados em Odessa, onde a família morava no suntuoso Palácio Vorontsov em Odessa, que o príncipe Vorontsov havia mandado construir quando foi nomeado para o cargo de Governador-geral de Novorossiysk-Bessarabian. Muitas vezes as crianças ficaram na companhia da avó materna, a condessa Alexandra Vasilievna Branitskaya (sobrinha de Gregório Alexandrovich Potemkin) em sua propriedade na cidade de Bila Tserkva, atualmente território da Ucrânia. Semyon e sua irmã só viam seu pai durante as viagens ao exterior e no resto do tempo apenas nos fins de semana e feriados, durante um curto período de tempo.
Em 1833, Semyon contava com 10 anos quando foi enviado junto de sua irmã para passar uma temporada em Londres. Querendo proteger as crianças das doenças e ações imprevisíveis dos camponeses famintos que assolavam Odessa na época, seus pais decidiram enviar seus filhos a Londres para fica com a tia paterna de Semyon, Catarina Semyonovna, condessa Pembroke, que tinha já cinco filhos. Em Londres, as crianças vorontsov foram para Londres com a mãe, e depois que sua mãe se convenceu de que seus filhos haviam se estabelecido e foram calorosamente recebidos por seus primos e cunhada, ela voltou a Odessa.
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Em 1845 seu pai foi nomeado Governador do Cáucaso e mandou construir um suntuoso palácio as margens do mar negro, em Alupka, na península da Crimeia, para servir de residência de verão da família, o Palácio Vorontsov, que se tornaria uma das construções mais magníficas da região. As portas do palácio estavam abertas para a sociedade local e nos jantares a família recebia de 70 a 120 pessoas. Os serviços de visitantes eram prestados por funcionários do estaleiro, cujo número chegava a 100 pessoas. Cada hóspede tinha dois quartos no palácio privativos, um terceiro para um criado e um para carruagem ou cavalo. Em 1837 o imperador Nicolau I, a Imperatriz Alexandra Feodorovna e sua filha mais velha, a Grã Duquesa Maria Nikolaevna durante sua visita ao sul da Rússia. No dia da partida dos visitante imperiais, sua mãe Elizabeth, entreteu os convidados tocando piano, com a ajuda de Sofia e seu irmão Semyon.
Educação[editar]
Não muito diferente da educação destinada as crianças nobres de sua época, Semyon e sua irmã foram educados inicialmente por tutores e quase não tiveram contato com seus pais. Semyon foi educado no Liceu Richelieu em Odessa, formando-se em 1842 com o direito à classe XII e, no mesmo ano, entrou ao serviço do Departamento de Relações Exteriores do Ministério das Relações Exteriores. Em 1845, ele foi promovido a secretário da faculdade e nomeado à disposição de seu pai, que na época foi nomeado para o cargo de governador do Cáucaso.
Desde o início de sua permanência no Cáucaso, Vorontsov Jr. participou de campanhas contra os montanheses e, em 1846, pela diferença na campanha de Dargin, foi promovido a conselheiro titular com o prêmio do posto de junker de câmara.
Em 2 de outubro de 1847, Vorontsov transferiu-se do serviço público para as forças armadas, foi alistado como capitão do quartel-general no regimento de Life Guards Preobrazhensky e foi apontado como ala auxiliar . No mesmo ano, ele estava no negócio sob Gergebil e Saltami e, no início de 1848, pela distinção, recebeu a Ordem de São Vladimir do 4º grau com um arco. Na campanha de 1849, ele também atuou com honras e foi promovido a capitão e quase imediatamente coronel. Em 6 de outubro, recebeu um semi-sabre com a inscrição "For Courage" e depois foi nomeado comandante do Regimento Kurinsky Jäger . Em 1º de fevereiro de 1852, Vorontsov recebeu a Ordem de São George 4º grau (No. 8839 de acordo com a lista de cavaleiros Grigorovich - Stepanov) ''Em retribuição à distinção em janeiro de 1852, em casos contra os Highlanders, sob a liderança pessoal de Shamil. Em 1 de outubro de 1852, ele foi promovido a Major- General da Suíte de Sua Majestade .
Durante a Guerra da Criméia, Vorontsov esteve nas fileiras do exército e participou repetidamente de assuntos com os ingleses-franceses perto de Sebastopol , onde foi ferido; por distinção foi premiado com as ordens de sv. Stanislav 1º grau com espadas (em 1855) e St. Vladimir de terceiro grau com espadas (em 1856); 6 de dezembro de 1856 foi nomeado ajudante geral.
17 de abril de 1862 Vorontsov foi promovido a tenente-general ; em 1865 ele foi nomeado prefeito de Odessa; em 1869 recebeu a Ordem de São Anne 1º grau com coroa imperial e espadas; em 1870, ele foi demitido em licença por tempo indeterminado, com permissão para ir ao exterior para tratamento.
Retornando ao serviço em meados da década de 1870, Vorontsov foi nomeado comandante do 10º corpo militar , que durante a guerra russo-turca de 1877-1878 estava na reserva do exército e permaneceu na Crimeia , e em 1878 foi promovido a general da infantaria .
Ele morreu em de Maio de 6 ( 18 ), 1882 em São Petersburgo a partir de inflamação do fígado e rins, e foi enterrado no Cemitério Lazarevskoe no Monastério Alexandre Nevsky em São petersburgo.
Vorontsov foi o primeiro presidente da Sociedade de Belas Artes de Odessa; além disso, forneceu um apoio significativo à pesquisa arqueológica perto de Odessa.
Casamento[editar]
Em 26 de agosto de 1851, Semyon Mikhailovich se casou com Maria Vasilievna Stolypina, nascida princesa Trubetskaya (1819-1895), filha do príncipe Vasili Sergeievich Trubetskoy (1773-1841) e de Sofia Andreevna Weiss (1795-1848), viúva de Alexei Grigorievich Stolypin. A dama de honra da imperatriz, Maria Vasilievna, era uma famosa beldade de São Petersburgo, era um tipo de mulher aristocrata secular, na qual o sofrimento europeu combinava com uma verdadeira nobreza russa. Sob quaisquer condições, ela sabia como se sentir confortável. Sua imagem L. N. Tolstoy trouxe a história "Hadji Murad". De seu primeiro casamento, ela teve um filho, Nicolau (1843-1898), a quem a família apelidou de ''Bulka''. Maria Vasilievna também foi descrita como uma mulher extraordinariamente bela e inteligente, mas muito frívola. Muito se falou sobre suas aventuras em Paris e a morte repentina de seu marido, Stolypin. O casamento ocorreu no magnífico Palácio Vorontsov em Alupka. O enlace matrimonial foi recebido com desaprovação pelos pais de Semyon, que não queriam estar presentes na cerimônia de casamento e mais tarde não compareceram ao jantar de casamento. Sobre o casamento de Semyon e Maria, V.A Sollogub recordou:
"O casamento de Semyon Vorontsov com a viúva de Alexei Stolypin, é claro, não pôde atender aos desejos dos velhos Vorontsovs. No entanto, desde que o casamento foi decidido, o príncipe e a princesa Vorontsov, com seu tato característico de ont fait bonne mine au mauvais jeu (fizeram uma boa cara em um jogo ruim) e receberam em Alupka, onde esse casamento ocorreu, sua futura nora com carinho e bondade . Não se pode dizer que Maria Vasilievna lhes respondeu o mesmo. Com relação aos pais de seu marido, ela se manteve grosseira, riu do suposto provincialismo e fez com que se sentissem de todas as maneiras que uma princesa da Rússia, a princesa Trubetskaya, quase fizera, em termos franceses, une mesaillance (casamento desigual) casando com o recém-concedido príncipe embora esquecesse completamente, no entanto, que sua mãe havia nascido modestamente em Veit."
O casal incessantemente recorreu a todos os tipos de medicamentos, a curandeiros e vários charlatões na tentativa de conceber uma criança, contudo o casamento permaneceu sem descendentes. Imitando a gravidez, a esposa de Semyon tentou passar o bebê de outra pessoa por seu filho. Mas no último momento, toda a farça foi descoberta, estourou um escândalo que, no entanto, não levou ao divórcio. A esposa de Semyon foi perdoada e o "incidente" desagradável foi esquecido. Como o casal permaneceu sem filhos, a linhagem masculina da famíla foi interrompida.
Últimos anos[editar]
Após a morte de seu pai, em 1856, Semyon herdou uma enorme manjerona e provou ser um proprietário verdadeiramente zeloso, especialmente no campo da viticultura e vinificação. Os vinhos de suas propriedades na costa sul eram bem merecidos e se destacavam em qualidade no exterior. Em 1879, a única irmã de Semyon faleceu, seguida pela mãe de Semyon em 1880. Na mesma época Semyon ordenou a construção de um novo palácio na Criméia, desta vez em Massandra, região onde Semyon já possuía extensas vinhas. O projeto foi feito no estilo Louis XIII, criado pelo arquiteto Etienne Bouchard e seria mais aconchegante do que o Palácio Vorontsov em Alupka. Em 1879, Bouchard chegou a Massandra e começou a trabalhar no projeto. Um ano depois, os desenhos já estavam prontos para aprovação Semyon. Ao mesmo tempo, eles começaram a se preparar para a construção e materiais vieram de toda a península da Crimeia. Devido ao ritmo acelerado das obras, em meados de setembro 1881, o edifício do palácio estava praticamente pronto. Tragicamente, depois de um forte frio, Bouchard morreu inesperadamente, sendo enterrado no cemitério de Yalta. Tendo ficado profundamente afetado pela tragédia, Semyon decidiu cuidar da família de Bouchard. Assim que possível, a construção continuou. Tragicamente Semyon não viveria para aproveitar completamente seu novo palácio, vindo a falecer em 1882 devido a uma inflamação do fígado e rins, deixando a construção inacabada, até que posteriormente fosse adquirida pelo imperador Alexandre III. Semyon Mikhailovich foi enterrado no Cemitério Lazarevskoe no Monastério Alexandre Nevsky em São petersburgo.
Legado Vorontsov[editar]
Após a morte de Semyon Mikhailovich, sem filhos, a linhagem masculina da família foi interrompida e de acordo com a lei, os priores de Vorontsov deveriam ser transferidos para o filho mais velho de sua irmã Sofia Mikhailovna Shuvalova. Contudo, nos últimos minutos de sua vida, Semyon Mikhailovich assinou um testamento, que foi autenticado e transferido pelo Tribunal Distrital de São Petersburgo em 24 de junho de 1882 para execução. De acordo com este testamento, a sua esposa viúva, Maria Vasilievna Vorontsova, foi reconhecida como a única herdeira, que recebeu os direitos de dona do prefeito
Desde então iniciou-se uma disputa judicial entre a Princesa Viúva Maria Vasilievna Vorontsova e os Shuvalovs. Após um longo litígio, o tribunal levou em consideração as regras de titularidade, segundo as quais o direito de herdar bens imóveis (principalmente a propriedade da terra) foi inteiramente transferido para o mais velho da família.
No período de 1831-1845, 14 apóstolos foram criados no Império Russo. No estabelecimento voluntário de propriedades reservadas, o reconhecimento das obrigações do herdeiro da primogenitura geralmente se expressava na oneração de sua propriedade com pagamentos obrigatórios em favor de outros herdeiros. As propriedades Murinskoe e Alupkinskoe foram passadas por herança ao sobrinho de Semyon Mikhailovich, filho da irmã de Sophia, ao Conde Paulo Andreievich Shuvalov (1846-1885), um capitão aposentado. Como pagamento dos encargos obrigatórios, Maria Vasilievna levou a maior parte da decoração do palácio para Nice. As heranças foram leiloadas. O Palácio Vorontsov em Alupka ficou sem móveis finos, pinturas, tapeçarias, vasos, estátuas e outros objetos de valor. A princesa Maria Vasilievna doou parte dos livros da biblioteca dos Vorontsovs para a Universidade Novorossiysk.
Dentre as numerosas propriedades de Vorontsov, Massandra e Ai-Danil pertenciam às propriedades da família, portanto, de acordo com a vontade espiritual do príncipe, após sua morte, passaram a ser propriedade dos parentes mais próximos - sua esposa, a princesa Maria Vasilievna e sobrinha EA Balashova, nee Shuvalova, para quem as posses de Staroselya foram transferidas: a propriedade do palácio e 45 mil e quinhentos hectares de terra.
A enorme riqueza herdada pela princesa Maria Vasilyevna Vorontsova não só na Crimeia, mas também em outras províncias da Rússia, encontrou nela uma péssima amante. O jornal Moskovskie vedomosti escreveu com indignação em 1888 que a princesa, vivendo permanentemente no exterior, não só não se importava com suas propriedades na Crimeia, mas até vendeu partes das terras adjacentes ao “monumento altamente artístico do falecido Príncipe M.S. Vorontsov ". A própria princesa se casou no exterior pela terceira vez, com um italiano, e continuou a viajar, para receber reis em seu castelo em Florença. Ela morreu em 28 de fevereiro de 1895 e foi enterrada com seu marido Semyon Mikhailovich na Igreja Isidorovskaya do Monastério Alexandre Nevsky.
Sob os termos da primazia, o sobrinho de Semyon, Paulo Andreevich Shuvalov recebeu o brasão, o título e o sobrenome dos Vorontsov por um decreto pessoal, após o qual foi chamado de "O Mais Sereno Príncipe Vorontsov, Conde Shuvalov". Como resultado, as duas famílias mais influentes, Vorontsov e Shuvalov, se fundiram, o que deveria ter contribuído para a preservação de tradições, títulos e brasões de família. Paulo possuiu as propriedades de 1882 a 1885. No início de 1885, aos 39 anos,ele casou-se pela primeira vez com uma viúva de 33 anos, ex-mulher do cadete P.V. Stolypin para Elizabeth Karlovna, nascida Baronesa Pilar von Pilchau. Ela tinha uma filha de 12 anos, Maria Pavlovna Stolypina. Os jovens fizeram uma viagem de lua de mel ao exterior. Na França, ele morreu inesperadamente em 4 de abril de 1885 e foi enterrado no cemitério de Montmartre, em Paris.
