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Solival Menezes

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Professor Solival Menezes (fonte: arquivo pessoal)

Solival Menezes é um economista brasileiro, Doutor em Economia pela USP Universidade de São Paulo[1][2] e foi professor de Economia da USP, lecionando na Escola Politécnica da USP e na Escola de Engenharia da USP do campus de São Carlos,SP [3] [4].

Ele é o autor do livro Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente[5], que foi pioneiro na aplicação da Teoria da Dependência[6] para analisar uma realidade fora da América Latina[7]. Esta obra tornou-se, nas últimas décadas, uma importante referência para teses de doutorado, dissertações de mestrado e artigos científicos de estudantes de diversas partes do mundo, especialmente os dos países africanos[8].Em muitos países da África contemporânea a dinâmica socio-econômica é muito parecida com a de Angola, o país retratado no livro, que experimentou séculos de submissão colonial (1484-1974) e viveu um longo processo histórico em que sua economia transitou da condição de “economia colonial” para a de “economia centralmente planejada”, baseada no modelo da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), até sua inflexão para uma “economia de mercado", depois do declínio da URSS[9].

Solival Menezes, ao escrever o livro, se destaca pelo pioneirismo e originalidade, primeiro por ser a primeira obra a realizar uma análise sistemática da sociedade e da economia angolana, incluindo uma perspetiva teórica sólida, com receptividade nos meios acadêmicos [10], mas, sobretudo, se destaca pelas circunstâncias preliminares à elaboração do livro, que lhe confere originalidade, quando Solival Menezes aceitou integrar um grupo de professores da Universidade de São Paulo que tiveram coragem de viajar a Angola em um período em que o país enfrentava uma de suas fases mais intensas da guerra de guerrilha que marcou sua história recente, com tropas cubanas lutando ao lado das tropas do governo de Angola, e batalhas ocorrendo em todo o território do país, além da capital, Luanda, o que, entretanto, não limitou suas ações, tendo Solival Menezes decidido viajar – mesmo desencorajado - por várias regiões do país, muitas vezes com o apoio de militares, para conhecer a realidade dos povos angolanos, inserindo, assim, uma visão autóctone e original em sua obra[11][12].

A trajetória pessoal e acadêmica de Solival Menezes permite entender o contexto e o processo de elaboração de Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente[13] e como essa obra se tornou seminal para os interessados em estudar a África e particularmente Angola. Permite também compreender, ainda que parcialmente, o processo de cooperação de professores da Universidade de São Paulo para com a transição dos países ditos “socialistas” para “economia de mercado”[14].

O amadurecimento intelectual e cultural de Solival Menezes, incluindo sua participação no Grupo de Estudos de Economia e Politica[15] do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo[16] (IEA/USP), bem como as viagens de cooperação para os países “socialistas”, realizadas por ele e por outros professores da USP, contribuem também para uma compreensão geral de como se deu a cooperação de técnicos, professores e intelectuais de todo o mundo para o processo de transição dos países da órbita do Pacto de Varsóvia para o lado capitalista do planeta.

Nascimento e Educação[editar]

Solival Silva e Menezes[17] nasceu em São Paulo, Brasil, filho de Manoel Farias de Menezes e de Luzia Valdete Silva e Menezes.

Após ser aprovado em exames vestibulares, Solival Menezes foi admitido simultaneamente, em 1983, na Universidade de São Paulo (Faculdade de Economia e AdministraçãoFEA/USP), e na Fundação Getúlio Vargas (Escola de Administração de Empresas de São Paulo FGV/EAESP)[18], onde, além de estudante, tornou-se monitor acadêmico, uma espécie de assistente de professor, fazendo pesquisas, corrigindo provas, aplicando exercícios e lecionando em classes especiais de revisão. Nessa atividade, na FEA/USP, ele foi orientado pelo professor Paul Israel Singer durante todo o Curso de Graduação em Economia. Na FGV/EAESP, ele foi monitor desde o segundo semestre do Curso de Graduação em Administração até a conclusão do Mestrado acadêmico em Administração de Empresas, no qual ingressou em 1987, servindo a diversos cursos, sobretudo dos departamentos de Métodos Quantitativos, Contabilidade e Finanças e Marketing e Administração Estratégica. No ano seguinte, ele também ingressou no Curso de Direito da tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, situada no Largo de São Francisco, em São Paulo, SP[19]. Foi durante suas atividades como monitor acadêmico, sobretudo na FGV/EAESP, onde tinha muitas atividades em sala de aula, que ele descobriu sua vocação para ser professor, o que o levou a se preparar para ingressar no mestrado.

Solival Menezes foi aprovado para o mestrado em Economia no Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (que pertence à FEA/USP), selecionado pelo Exame da ANPEC (Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia)[20]; e para os mestrados em Administração de Empresas (Finanças), na FGV/EAESP, e em Contabilidade e Controladoria, na USP (selecionado para ambos pelo Exame da ANPAD - Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração)[21], os quais ele iniciou simultaneamente em 1987, ano seguinte à conclusão dos cursos de Economia e Administração. Ele também iniciou sua carreira docente formal, tendo sido admitido, por concurso público, como professor da USP, lecionando Economia, Finanças, Custos e Marketing para os cursos de Engenharia na Escola Politécnica da USP e na Escola de Engenharia da USP no campus de São Carlos, tendo sido um professor homenageado pelos seus estudantes[22].

Os créditos do mestrado em Economia na USP foram concluidos rapidamente, em pouco menos de dois anos, em 1988, tendo ele sido, então, aprovado para fazer o doutorado no exterior. Como, entretanto, ele fora também aprovado para o doutorado em Economia na USP, decidiu fazer o doutorado direto no Brasil, com os créditos do programa sendo concluidos também em dois anos, até o fim de 1989. Sua tese de doutorado, entretanto, só seria defendida em 1996 [23].

Enquanto cursava o doutorado, ele finalizou o curso de Graduação em Direito na USP, em 1988[24], e tornou-se Advogado com registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP)[25], concluindo em seguida os outros dois mestrados, em Administração (FGV/EAESP)[26] e em Contabilidade e Controladoria na USP[27].

O Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP)[editar]

Quando ingressou nos mestrados e posteriormente no doutorado, seu orientador na área de Economia continuou sendo o professor Paul Israel Singer, que já o orientara como monitor durante o curso de graduação em Economia. Singer, que, junto com outros professores, a convite do reitor da USP, José Goldemberg, estava envolvido na criação do IEA/USP[28], convidou Solival Menezes para integrar o Grupo de Estudos de Economia e Política do IEA/USP[29], onde viveria experiências singulares, convivendo com as melhores cabeças do país, que pensavam soluções para a redemocratização do Brasil e para os dilemas econômicos e sociais do país, dentre eles a inflação galopante que perdurou por mais de uma década.

Inspirados em experiências internacionais, como o Institute for Advanced Study da Universidade de Princeton, fundado em 1930, que abrigou em seus quadros o cientista Albert Einstein, ou o Berlin Institute for Advanced Study, instituido em 1981, o IEA/USP foi inaugurado em 29 de outubro de 1986, pela Resolução 3269, com o propósito original de promover a discussão científica, apoiada pela crítica cultural, para além das limitações das disciplinas. Seu primeiro Conselho Diretor tinha como um dos integrantes o professor Paul Singer[30].

O formato adotado para a criação do IEA/USP foi o de um "grupo de estudos" e esse viria, posteriormente, a ser um dos formatos adotados para promover a discussão científica na instituição, com a criação dos Grupos de Estudo de Biologia Molecular (coordenado pelo Prof. Gerhard Malnic), de Economia e Política (inicialmente coordenado por Paul Singer), de História das Mentalidades (coordenado por Carlos Guilherme Mota), de Política Científica e Tecnológica (coordenado pelo Prof. Erney Plessmann de Camargo) ou o de Lógica e Teoria da Ciência (coordenado por Newton da Costa), dentre vários outros[31].

O Grupo de Estudos de Economia e Política foi um dos primeiros a serem constituídos e destacou-se sobretudo por tratar de dois pontos centrais da realidade de então, a economia e a política, e de modo multidisciplinar, atraindo por isto pensadores e interessados no tema provenientes de diferentes áreas. Intelectuais, professores e políticos, como o escritor Antonio Candido, o acadêmico e político Antonio Kandir, Amaury Guilherme Bier, Aziz Ab'Saber, Bento Prado Júnior, Bolívar Lamounier, Boris Fausto, Celso Daniel, Celso Furtado, Celso Lafer, Crodowaldo Pavan, Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Homem de Melo, Florestan Fernandes, Gerhard Malnic, Hans-Joachim Koellreutter, Jacob Gorender, Jacques Marcovitch, João Sayad, José Goldemberg, o advogado José Martins Pinheiro Neto, José Roberto Mendonça de Barros, José Serra, Leda Maria Paulani, Lenina Pomeranz, Lourdes Sola, Luiz Carlos Bresser Pereira, Mario Covas, Mario Schenberg, Octavio Ianni, o ator Paulo Autran, Dom Paulo Evaristo Arns, Paulo Freire, Pérsio Arida, Raymundo Faoro, Embaixador Sebastião do Rêgo Barros Netto, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Rodolfo Hoffmann, Zélia Cardoso de Mello e muitos outros eram frequentemente convidados e se reuniam semanalmente para discutir os problemas do país e para formular políticas ainda que no campo das ideias[32].

Muitos dos integrantes desse grupo – vários com visões opostas, para a maior riqueza das discussões – viriam a integrar, nas próximas duas décadas no país, como ministros, políticos, assessores e dirigentes, os governos dos presidentes Fernando Collor de Mello (1990-1992), Itamar Franco (1992-1994), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), pondo em prática muitos dos projetos e idéias nascidos nesse grupo de estudos IEA/USP. Outros tantos foram atores políticos importantes da história do país.

O IEA/USP e particularmente o Grupo de Estudos de Economia e Política também receberam convidados estrangeiros, incluindo alguns futuros membros de governos da Argentina ou de outros países, e também Agustín Cueva (Equador), Alain Touraine (França), Cristopher Hill (Reino Unido), John Kenneth Galbraith (EUA), Jürgen Habermas (Alemanha), Manuel Ramón Moreno Fraginals (EUA e Cuba), Marc Ferro (França), Richard Morse (EUA) e Kenneth Maxwell (Inglaterra), dentre outros[33].

Na época, um grupo de economistas da então União Soviética, liderados por Abel Agabenguian[34], o principal líder da Perestroika, que viam semelhanças entre os problemas brasileiros e os problemas da antiga URSS, se reuniram por diversas vezes com os pensadores brasileiros em busca de opiniões e orientações. Foi através das idéias discutidas nesse grupo que Solival Menezes viria a participar do processo de transição das "economias socialistas" para "economias de mercado", integrando grupos de professores da USP que visitaram e cooperaram com a transição de vários países "socialistas", na África[35], na Europa e na própria URSS, sendo recebidos mais de uma vez pelo então lider sovietico, Mikhail Gorbachev.

Nesta época, Solival Menezes[36], além de lecionar, participar dos grupos de estudos do IEA/USP e de escrever suas teses e dissertações[37][38][39], conduzia pesquisas como professor da USP, escrevia livros e compêndios para uso de seus estudantes[40] e contribuia com artigos para periódicos[41][42]. Foi no contexto desse envolvimento acadêmico que ele foi convidado e participou oficialmente da cooperação do Brasil com Angola, na condição de professor da Universidade de São Paulo, tendo viajado para Angola em 1990 e em 1992.

Do “Socialismo Real” para a Economia de Mercado[editar]

O "processo de transição" do “socialismo real” para a “economia de mercado”[43] foi um movimento que teve início no princípio da década de 1980, quando se diagnosticou o enfraquecimento contínuo e crescente da então União Soviética - e a própria URSS revelaria suas fraquezas ao longo do tempo, como ocorreu quando da aproximação com o IEA/USP, no Brasil, na segunda metade da década de 1980 – e para que este “processo” se completasse houve a participação de muitos colaboradores, professores, técnicos, pesquisadores de universidades e instituições de diferentes países, financiados com verbas provenientes do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, de fundações públicas e privadas e das próprias instituições envolvidas, culminando, finalmente com a criação de instrumentos (jurídicos, econômicos, políticos) que deram sustentação para o desmembramento da URSS e para o nascimento ou renascimento de países que pertenciam ao Pacto de Varsóvia e agora eram integrantes do "lado capitalista" do planeta.

Na segunda metade dos anos 1980, membros do governo e intelectuais de Angola – eventualmente influenciados pelo potencial enfraquecimento dos soviéticos e sentindo a necessidade de reestruturarem o sistema econômico angolano – se aproximaram da USP e solicitaram a cooperação de docentes da universidade através da então Comissão de Cooperação Internacional da Universidade de São Paulo CCInt-USP[44]. O projeto de cooperação teve seus custos cobertos pela USP, pelo Governo de Angola e, sobretudo, por verbas vindas de entidades financiadoras, como o Banco Mundial e a Fundação Ford, dos EUA.

As viagens dos professores da USP para Angola ocorreram individualmente, a partir de meados de 1989, conforme designado pela CCInt-USP. Cada professor escolhido (e que aceitava os riscos de viajar para um país em guerra – muitos convidados efetivamente desistiram) viajava por dois ou três meses para Angola, onde ficavam hospedados no Hotel Le Presidente Meridien, na Praça 4 de Fevereiro, em Luanda, não muito longe da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto e próximo de várias empresas e ministérios do governo[45].

Para Solival Menezes essa primeira viagem – que no caso dele ocorreu em junho1990 - foi permeada de eventos negativos ao encontrar um país que, a despeito de já caminhar para a segunda década de independência e de gozar de receitas petrolíferas abundantes, estava todo destruído, incluindo a infraestrutura urbana em Luanda. Para ele não se justificava tamanho abandono, sobretudo quando se olhava para a conta de receita nacional, mesmo estando o país sob uma guerra fratricida e persistente[46][47]. Mais assombroso ainda foi o vigente e visível culto à personalidade dos dirigentes do país (com fotos gigantescas espalhadas pela cidade), com quem, entretanto, Menezes esteve em contato para trabalhar e foi sempre recebido com muita cordialidade. Havia também regras e normas de proibição que não faziam qualquer sentido – mas que, na visão de Solival Menezes, serviam mesmo para humilhar e demonstrar poder e opressão sobre as pessoas[48].

Já nessa primeira viagem, contudo, Solival Menezes descobriria o “povo angolano”, fosse ele os dirigentes governamentais e estudantes universitários com quem teve maior contato ou as pessoas que encontrava nos mercados de rua ou nas praias da Ilha de Luanda. Cordiais e encantadores, aquela experiência de contato falou alto sobre a cultura do Brasil, revelando para Solival Menezes, de forma surpreeendente, o quanto o Brasil tem de Angola, de influências culturais, de hábitos e de costumes. Foi nessa ocasião que Menezes refletiu sobre o fato de Portugal e Angola, conjuntamente, serem as duas matrizes culturais que mais influenciaram o Brasil, derivando daí o nome “Mamma Angola” que viria mais tarde a ser o título de seu livro[49].

Entretanto, mesmo sendo tratado sempre com o maior respeito por todas as pessoas, tendo sido entrevistado sobre os problemas do país pela Rádio Nacional de Angola e pela TPA, na época chamada Televisão Popular de Angola, com demonstrado interesse em ajudar no tal "processo de transição" (assim como o fizeram, certamente, os demais professores da USP que estiveram em Angola), algo marcaria essa primeira estada quando um conjunto de artigos escritos para o Jornal de Angola quase foi confiscado pelo burocrata de plantão que foi designado para acompanhar Solival Menezes durante toda a sua estada em Angola[50].

Professor Solival Menezes e estudantes da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola (1992). Fonte: arquivo pessoal

Isto o deixou aterrorizado, pois o autor de um artigo tem por obrigação possuir e guardar cópia daquilo que produz e sai publicado. A justificativa do burocrata de que aqueles meros artigos poria em risco a segurança nacional de Angola foi por demais pueril e ofensiva para Solival Menezes, que, por sorte, tinha os artigos escondidos no fundo da mala, os quais não foram encontradas na revista feita pelo burocrata. A segunda viagem, que, em princípio, não aconteceria, dada, sobretudo, essa experiência final negativa da primeira, ocorreria quase dois anos depois, em 1992, e duraria oito meses, tempo em que Solival Menezes, já familizarizado com alguns problemas e caracteristicas da realidade angolana, pode fazer observações mais pausadas, pesquisas, aprofundar relações, ao mesmo tempo em que servia ao país como professor, como consultor dos ministérios e da Presidência da República, como coach de líderes locais, e como contribuinte da TV, da rádio e jornais, tanto de Angola quanto de Portugal e outros países, fazendo conferências em diferentes lugares do país, como em escolas, em empresas e no Clube dos Empresários em Luanda[51].

Capa do Livro Mamma Angola Economia e Sociedade de um Pais Nascente (fonte: EDUSP/foto arquivo pessoal)

Nessa segunda viagem, a interação de Solival Menezes com estudantes e membros do governo foi intensa e a sugestão de que algo fosse escrito sobre Angola por parte dessas pessoas com quem Menezes se relacionou mexeu com suas emoções, de modo que, ao fim de alguns meses após a sua volta ao Brasil, Menezes já tinha o livro Mamma Angola quase todo esboçado. Para a elaboração do livro foram importantes a convivência, a observação in loco, e sobretudo o sentimento de conexão que Solival Menezes percebeu entre Brasil e Angola, que serviu como motivação primeira para a empreitada. Todavia, um outro fator foi preponderante: os materiais e informações que Menezes pode recolher com a ajuda de estudantes e funcionários estatais, muitas vezes contrabandeados sob risco, que permitiram uma “leitura por dentro” do sistema, possibilitando escrever a obra[52].

Após o seu retorno ao Brasil e com Mamma Angola elaborado, Solival Menezes foi convidado para participar de diversos programas de ajustes de governos de países africanos, com atividades na Europa, nos EUA e no Oriente Médio, tornando-se também conselheiro e coach de empresários e famílias em processos de sucessão nesses países. Atuando no Brasil e também a partir de um escritório de consultoria na América do Norte[53] , ele também participou de negociações confidenciais para redução de conflitos e para a transição pacífica de países da Primavera Árabe e de Cuba, incluindo a solução de problemas econômicos específicos e a redução de dívida e controle da inflação. Muitos desses trabalhos, entretanto, por terem sido contratados por uma entidade privada, foram feitos sob a cláusula "NDA", de Non-Disclosure Agreement ou Acordo de não-divulgação, e não podem ser divulgados.

O livro Mamma Angola foi lançado em 2000 pela EDUSP Editora da Universidade de São Paulo com suporte da FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, contando com prefácio de Paul Singer. O lançamento foi feito em cerimônias e sessões de autógrafo no Centro Maria Antonia da USP, em São Paulo; no Congresso Nacional do Brasil e no Restaurante Piantella, em Brasília; no Paço Imperial, no Rio de Janeiro; e no Centro Cultural Casa de Angola na Bahia, localizado em Salvador, BA.

Tal qual Solival Menezes expressou desejo na introdução do livro[54], a obra logo tornou-se um hit entre estudantes de mestrado e de doutorado, e também de cursos de graduação, em várias partes do mundo, interessados em estudar a realidade africana e de Angola em particular, tendo sido adquirido nas fontes convencionais ou mesmo reproduzido por xerografia entre os estudantes, estando disponível em várias bibliotecas de diferentes países, como a Toronto Public Library[55], no Canadá, e a ''Library of Congress''[56] , em Washington, D.C., nos Estados Unidos.

Mesmo após decidir-se por deixar a posição de Professor e Pesquisador na USP, Solival Menezes continuou sua contribuição com a Universidade de São Paulo, especialmente com o Grupo de Estudos de Economia e Política do IEA/USP, o que durou até 2007. Atualmente, Solival Menezes é consultor de Economia e Negócios, consultor de instituições de ensino superior, coach e palestrante na SoliConsulting International. Ele continua orientando informalmente estudantes que desenvolvem trabalhos tendo a África e Angola em particular como preocupação central.

Principais Publicações[57][editar]

● Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente. São Paulo: EDUSP, 2000.

● Dinâmica da Transição de uma Economia Dependente Colonial para Economia Centralmente Planejada e sua Inflexão Recente para Economia de Mercado. São Paulo: USP/Instituto de Pesquisas Ecônomicas, 1996.

● Estudo de Caso sobre os Mecanismos de Defesa Contra a Inflação Utilizados por uma Empresa Nacional em Situação de Forte Ritmo de Ascensão de Preços. São Paulo: FGV/EAESP, 1991

● Registro na História da Contabilidade: Estudo de Caso da Experiência de Auditoria Aplicada a Organizações em Economia Socialista. São Paulo: USP/FEA, 1994.

● Matemática Financeira e Engenharia Econômica em Economia Inflacionária: curso introdutório. São Carlos: USP/EESC, 1989

● Matemática Financeira: Exercícios e Soluções. São Carlos: USP/EESC, 1991

● Apontamentos de Microeconomia: Teoria do Consumidor. São Carlos: USP/EESC, 1991

● Engenharia Econômica e Inflacão. São Paulo: FGV/EAESP, 1990

● Formação de Preços: Breve Visão Prática. São Carlos: USP/EESC, 1989

● Macroeconomia e Demanda Efetiva: roteiro de estudos. São Carlos: USP/EESC, 1989

Referências[editar]

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  1. Tese de Doutorado do Professor Solival Menezes. Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE/USP).https://teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-09022011-121834/pt-br.php</ref</ref
  2. Professor Solival Menezes. Pesquisador FAPESP. Biblioteca Virtual da FAPESP. https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/103707/solival-silva-e-menezes/[1]
  3. Importante: os dados biográficos do Curriculum Lattes são automaticamente confirmados junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (vide o símbolo da Receita Federal no início do currículo – se o símbolo estiver ausente é porque não houve confirmação – no caso do Prof. Solival Menezes o símbolo está lá). Também as publicações e atividades podem ser atestadas junto às instituições onde ocorreram - apenas a apresentação inicial do profissional é redigida pela própria pessoa. Curriculum Lattes. Solival Silva e Menezes. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782252Z7[2] ou http://lattes.cnpq.br/0566549001254131[3]
  4. USP Universidade de São Paulo. Relação de Homenagens Professor Solival Menezes http://vision.ime.usp.br/~jmena/fea-usp/egressos-economia/Pm-1.html
  5. Mamma Angola: sociedade e economia de um país nascente. Disponível para consulta no Google Books. In https://books.google.ca/books/about/Mamma_Angola.html?id=oniHYgivYeIC&redir_esc=y[4]
  6. Este livro é mencionado aqui porque é considerado fundamental no Brasil para o estudo da Teoria da Dependência. CARDOSO, F.H.; FALETTO, E. Dependência e Desenvolvimento na América Latina. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1977. Ver online in https://books.google.ca/books/about/Depend%C3%AAncia_e_desenvolvimento_na_Am%C3%A9ri.html?id=v5UlAAAAMAAJ&redir_esc=y[5]
  7. SINGER, P. I., “(...) uma aplicação original da teoria da dependência (...)” In “Prefácio”, Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente. São Paulo: EDUSP, 2000, p.18 [6]
  8. Citações Google Scholar Professor Solival Menezes. https://scholar.google.com/citations?user=zn-BUtkAAAAJ&hl=en[7]
  9. BIRMINGHAM, D. Breve História da Angola Moderna: séculos XIX-XXI. Lisboa: Guerra & Paz, 2017. ISBN 9789897022425. Especialmente Cap. 5 a 9. Ver também “História de Angola” na Wikipedia:https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Angola.[ https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Angola.]
  10. Citações Google Scholar Professor Solival Menezes. https://scholar.google.com/citations?user=zn-BUtkAAAAJ&hl=en[8]
  11. ABDALA JUNIOR, B. Revista FAPESP, Ed. 60, Dezembro/2000. Resenha do livro Mamma Angola: “Angola Como Nação Formadora do Brasil: horizontes comunitários sobre o sistema econômico e social angolano”. Também em https://revistapesquisa.fapesp.br/2000/12/01/angola-como-na%c3%a7%c3%a3o-formadora-do-brasil/[9]
  12. MENEZES, S.S. “...procurei conhecer melhor o país (...) realizando muitas viagens...” p.28, Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente. São Paulo: EDUSP, 2000. Também em https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false [10]
  13. Mamma Angola: sociedade e economia de um país nascente. Disponível para consulta no Google Books. In https://books.google.ca/books/about/Mamma_Angola.html?id=oniHYgivYeIC&redir_esc=y[11]
  14. SINGER, P. I. “(...) Brasil deu alguma ajuda à nova Angola, inclusive enviando-lhe professores de ensino superior. Solival Menezes foi um deles (...)" Opus cit. p.18
  15. Grupos de Estudos no IEA/USP. Por Marilda Gifalli - publicado 26/11/2013 14:45 - última modificação 31/01/2020 10:08. In http://www.iea.usp.br/pesquisa/grupos-de-estudo[12]
  16. http://www.iea.usp.br/[13]
  17. Importante: os dados biográficos do Curriculum Lattes são automaticamente confirmados junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (vide o símbolo da Receita Federal no início do currículo – se o símbolo estiver ausente é porque não houve confirmação – no caso do Prof. Solival Menezes o símbolo está lá). Também as publicações e atividades podem ser atestadas junto às instituições onde ocorreram - apenas a apresentação inicial do profissional é redigida pela própria pessoa. Curriculum Lattes. Solival Silva e Menezes. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782252Z7[14] ou http://lattes.cnpq.br/0566549001254131[15]
  18. Importante: os dados biográficos do Curriculum Lattes são automaticamente confirmados junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (vide o símbolo da Receita Federal no início do currículo – se o símbolo estiver ausente é porque não houve confirmação – no caso do Prof. Solival Menezes o símbolo está lá). Também as publicações e atividades podem ser atestadas junto às instituições onde ocorreram - apenas a apresentação inicial do profissional é redigida pela própria pessoa. Curriculum Lattes. Solival Silva e Menezes. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782252Z7[16] ou http://lattes.cnpq.br/0566549001254131[17]
  19. Faculdade de Direito da USP. Solival Silva e Menezes. Bacharel em Direito, 1988. http://www.arcadas.org.br/antigos_alunos.php?q=nome&qvalue=Solival&grad=#result_busca [18]
  20. Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia ANPEC, in http://www.anpec.org.br/novosite/br[19]
  21. Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração - ANPAD in http://www.anpad.org.br/index.php[20]
  22. Registro público de algumas homenagens ao Professor Solival Menezes, in http://143.107.92.173/CCPEAE/egressos-economia/Pm-1.html [21]
  23. USP Biblioteca Digital. Catálogo de Teses. Solival Menezes. DOI: 10.11606/T.12.1996.tde-09022011-121834. Disponível em https://teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-09022011-121834/pt-br.php [22]
  24. Faculdade de Direito da USP. Solival Silva e Menezes. Bacharel em Direito, 1988. http://www.arcadas.org.br/antigos_alunos.php?q=nome&qvalue=Solival&grad=#result_busca [23].
  25. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP). Solival Silva e Menezes. Advogado. Registro OAB/SP no. 101040, 16/10/1989. In https://www2.oabsp.org.br/asp/consultaInscritos/consulta01.asp [24]
  26. FGV Fundação Getúlio Vargas - Sistemas de Bibliotecas. Solival Silva e Menezes. Dissertação de Mestrado “Estudo de Caso Sobre os Mecanismos de Defesa Contra a Inflação Utilizados por uma Empresa Nacional em Situação de Forte Ritmo de Ascensão de Preços”. São Paulo: FGV/EAESP, 1991. In https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/5107 [25]
  27. USP – Repositório de Dissertações. Solival Silva e Menezes “Registro na História da Contabilidade: estudo de caso da experiência de auditoria aplicada a organizações em economia socialista”. São Paulo: FEA/USP, 1994. In https://repositorio.usp.br/item/000738954 [26]
  28. Criação do IEA/USP em 1986. In http://www.iea.usp.br/iea/quem-somos/memoria-institucional/o-mais-jovem-instituto-da-usp
  29. IEA/USP Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Grupo de Estudo de Economia e Política. Coordenação: Professora Lourdes Sola. http://www.iea.usp.br/pesquisa/grupos-de-estudo?searchterm=Grupos+de+Estudo [27]
  30. http://www.iea.usp.br/iea/quem-somos/memoria-institucional/o-mais-jovem-instituto-da-usp[28]
  31. http://www.iea.usp.br/pesquisa/grupos-de-estudo/grupos-de-estudo[29]
  32. http://www.iea.usp.br/iea/quem-somos/memoria-institucional/o-mais-jovem-instituto-da-usp[30]
  33. Professores Visitantes Estrangeiros no IEA/USP. In http://www.iea.usp.br/pesquisa/professores-visitantes/ex-professores-visitantes-internacionais [31]
  34. Aganbegyan, Abel Gyozevich Inside Perestroika: the future of the soviet economy (ISBN-10: 006091694X;ISBN-13: 978-0060916947).https://books.google.ca/books/about/Inside_perestroika.html?id=eCoUAQAAIAAJ&redir_esc=y [32] ou na Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Abel_Aganbegyan [33]
  35. https://www.oei.es/historico/divulgacioncientifica/reportajes_102.htm[34]
  36. Importante: os dados biográficos do Curriculum Lattes são automaticamente confirmados junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (vide o símbolo da Receita Federal no início do currículo – se o símbolo estiver ausente é porque não houve confirmação – no caso do Prof. Solival Menezes o símbolo está lá). Também as publicações e atividades podem ser atestadas junto às instituições onde ocorreram - apenas a apresentação inicial do profissional é redigida pela própria pessoa.Curriculum Lattes. Solival Silva e Menezes. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782252Z7[35] ou http://lattes.cnpq.br/0566549001254131[36]
  37. Tese de Doutorado do Professor Solival Menezes USP Universidade de São Paulo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-09022011-121834/en.php [37]
  38. Dissertação de Mestrado FGV/EAESP Prof. Solival Menezes. FGV Digital Repository - https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/5107 [38]
  39. Dissertação de Mestrado Controladoria e Contabilidade, Professor Solival Menezes FEA/USP - USP Dissertation Repository: https://repositorio.usp.br/item/000738954 [39]
  40. Publicações Prof. Solival Menezes USP/EESC: http://repositorio.eesc.usp.br/handle/RIEESC/10/discover?filtertype=author&filter_relational_operator=equals&filter=Menezes%2C+Solival+Silva+e [40]
  41. Produção Acadêmica do Professor Solival Menezes. In https://scholar.google.com/scholar?hl=en&as_sdt=0%2C5&q=Solival+Menezes&btnG= [41]
  42. Artigos, Livros e Periódicos Prof. Solival Menezes: https://scholar.google.com/citations?view_op=search_authors&mauthors=Professor+Solival+Menezes&hl=en&oi=ao[42]
  43. ” Os seis motivos que levaram o império soviético à ruína de maneira surpreendente”Por Max Seitz, BBC Mundo, 25/Dezembro/2016. In https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38391137 [43]
  44. Do Grupo de Estudos de Economia e Política do IEA/USP derivou o Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP (GACInt), associado à antiga área de Relações Internacionais do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, criada em 1989. A partir de 1998, o GACInt vinculou-se à Comissão de Cooperação Internacional (CCint), que funcionava na Reitoria da USP, e, em 2005, passou a fazer parte do Instituto de Relações Internacionais da USP.https://www5.usp.br/tag/comissao-de-cooperacao-internacional/[44]
  45. MENEZES, S. S. Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente. São Paulo: EDUSP, 2000. p. 22 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[45]
  46. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 23-24 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[46]
  47. SERVA, L. “Capital Angolana Parece Terra de Mad Max”.Folha de S.Paulo, 07/Nov/1994, p.2-12.
  48. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 24 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[47]
  49. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 25 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[48]
  50. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 27 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[49]
  51. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 27 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[50]
  52. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 28-29 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[51]
  53. Veja o endereço organizacional no Curriculum Lattes. Solival Silva e Menezes. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782252Z7[52] ou http://lattes.cnpq.br/0566549001254131[53]
  54. MENEZES, S. S. Opus cit. p. 29 In https://books.google.ca/books?id=oniHYgivYeIC&pg=PA11&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false[54]
  55. Toronto Public Library, Solival Menezes. Mamma Angola: sociedade e economia de um país nascente. https://www.torontopubliclibrary.ca/detail.jsp?Entt=RDM2805098&R=2805098[55]
  56. Library of Congress, Washington, D.C., USA, Solival Menezes, Mamma Angola: sociedade e economia de um país nascente https://catalog.loc.gov/vwebv/search?searchArg=Solival+Menezes&searchCode=GKEY%5E*&searchType=0&recCount=25 [56]
  57. Produção Acadêmica do Professor Solival Menezes. https://scholar.google.ca/scholar?hl=en&as_sdt=0%2C5&q=Solival+Menezes&btnG=[57]


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