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TV Ribamar

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

TV Ribamar
Rádio Ribamar LTDA
Parque Bom Menino, S/N, Centro
Cidade de concessão São Luís, MA
Canais 📺
6 VHF analógico
Rede Rede Bandeirantes
Proprietário Grupo Vieira da Silva
Fundação 8 de setembro de 1981 (43 anos)
Extinção 8 de setembro de 1993 (31 anos)
Cobertura + ou - 60 a 70 km de raio de transmissão
Potência Alta

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A TV Ribamar foi uma emissora de televisão brasileira situada em São Luís, capital do Estado Maranhão. A emissora pertencia ao Grupo Vieira da Silva e era afiliada à Rede Bandeirantes. Além da TV, o grupo na época tinha a Rádio Ribamar AM (hoje Rádio Capital). A emissora entrou no ar em 1981 e foi extinta em 1993.

História[editar]

Concessão[editar]

Na tentativa da família Vieira da Silva de expandir-se na área da Comunicação nos anos 70, pois eram donos nos anos 30 da COTEMA (a primeira Companhia Telefônica do Maranhão), quando foi estatizada em 1963, ocorreu um “impasse de raízes políticas” que retardou a realização do projeto, de implantação de uma emissora de TV. “Houve uma indefinição muito grande sobre a sucessão do Estado”, afirmou Marco Vieira da Silva em 2006, momento político em que os Vieira unidos com Vitorino Freire faziam oposição ao José Sarney.[1]

Marco Antonio afirma ainda que “vários políticos passaram a ter comportamentos políticos piores que do Sarney” e em virtude disso, houve uma mudança de postura política dos Vieira, que passaram a apoiar em 1978 a campanha do João Castelo, então candidato do Sarney, que vence as eleições indiretas para governador do Maranhão (1979-1982).[1] Com a vitória do Castelo, a concessão da TV foi liberada para o Raimundo Vieira da Silva, na época deputado federal (PDS).[1]

Segundo publicação da Folha de S.Paulo, do dia 15 de maio de 1979, Vieira da Silva venceu a disputa de dois anos com outro empresário, que era cearense famoso e influente Edson Queiroz (proprietário da TV Verdes Mares de Fortaleza, afiliada à Rede Globo), após o decreto do Ministério das comunicações. O deputado garantiu ao jornal que vai colocar funcionamento do canal em 12 meses (maio de 1980),[2] o que não ocorre por falta de tempo.[1]

A Rádio Ribamar AM (Rádio Ribamar Ltda., hoje Rádio Capital) uma das mais antigas emissoras de Onda Média ou Amplitude Modulada e Ondas Tropicais (OT) do Estado do Maranhão, foi adquirida de Gerson Tavares por Raimundo Vieira da Silva. A partir dela foi implantada a TV Ribamar, cuja concessão foi dada pelo presidente do Brasil, João Figueiredo, em 1979.[1]

TV Ribamar (1981-1992)[editar]

Em 8 de setembro de 1981[1] (dia do aniversário de 369 anos da fundação da cidade de São Luís), foi inaugurada oficialmente a TV Ribamar, canal 6, afiliada à Rede Bandeirantes, umas das primeiras da Região Nordeste a afiliar a recente rede televisiva.

Até a entrada da emissora no ar, São Luís e arredores tinha apenas duas emissoras de TVs: o canal comercial TV Difusora do deputado federal Magno Bacelar (Arena-MA) e o educativo TV Educativa do Governo do Estado (administrado pela Fundação subordinada ao Governo),[2] que entraram no ar apenas na década de 60 (1963 e 1969).

Na época, a emissora tinha melhor imagem e som, se comparada com outras concorrentes (na época, tinham apenas TVs Educativa e Difusora), devido aos equipamentos adquiridos, entre eles transmissor.

Desde então, a administração da emissora ficou na responsabilidade dos filhos do Sr. Vieira: Marco Antonio, Fabiano e Paulo Sergio. Nessa época Vieira da Silva era deputado federal, o cargo exigia sua presença constante em Brasília, o impossibilitava de participar ativamente da direção da empresa.[1]

A emissora tinha programação voltada à cidade de São Luís, mas também dava cobertura às notícias no interior, principalmente ao sinal que atingia, que curiosamente só tinha a TV Tropical de Imperatriz, que de fato foi a primeira afiliada à Bandeirantes no Maranhão.

No dia 31 de dezembro de 1985, a emissora e o periódico Jornal de Hoje afirmaram que a Prefeitura de São Luís fez pagamento de dezembro e do 13º salário para os servidores públicos, mas os servidores que souberam da notícia, foram para agências bancárias e lá foram informados que não houve depósito.[3] Revoltados pela falta de pagamento, mais de 500 servidores foram à frente do Palácio La Ravadière (sede da Prefeitura Municipal) e a invadiram, expulsando seguranças, provocando quebra de móveis e quase conseguiram chegar perto do gabinete do então prefeito Mauro Fecury, que pediu pelo telefone a intervenção da Polícia Militar.[3] A PM chegou a tempo e conseguiu conter os mais exaltados que queriam linchá-lo e desarmou um deles estava com a faca peixeira.[3] Apesar da proteção, Fecury decidiu sair pelas portas dos fundos pra evitar multidão.[3] O prefeito responsabilizou a emissora e o jornal pelos caos na prefeitura por serem ligados ao PDS, da prefeita eleita Gardência Castelo, que considera que a contratação dos 30 mil novos servidores depois de 15 de julho como ilegais e irresponsáveis "as quais tem único objetivo inviabilizar financeiramente a prefeitura".[3]

Em outubro de 1989, a emissora protagonizou três polêmicas no mesmo mês.[4] A primeira, Vieira da Silva declarou em programa de debate político da emissora que o então candidato à presidência pelo PRN, Fernando Collor, é o candidato à presidência que vai votar, mas diz que a proposta da emissora é transmitir todos os discursos de presidenciáveis realizados em São Luís, mas apesar dessa declaração, a proposta da emissora não está sendo cumprida, pois quando Lula esteve em São Luís em setembro, deixou de transmitir comício.[4] Alguns dias depois, dia 7 de outubro, a emissora transmitiu ao vivo durante 148 minutos (2 horas e 18 minutos) o discurso do então candidato à presidência pelo PRN, Fernando Collor, em São Luís, que durante a transmissão, deixou de transmitir a programação da Bandeirantes (entre eles, o telejornal Jornal Bandeirantes e os primeiros minutos da propaganda eleitoral); na transmissão, o apresentador e proprietário da emissora, Marco Antônio Vieira da Silva, enalteceu a candidatura de Collor e chegou a afirmar que "o maranhão nunca viu uma expressão popular tão forte como essa".[4] No mesmo mês, o diretor-geral do TRE-MA, Erlane Santos, o tribunal está analizando cópia de fita e deve posicionar só daqui alguns dias, pois pela lei federal nº 7.773, a propaganda política está restrita ao horário eleitoral gratuito e os candidatos devem aparecer apenas em edições jornalisticas regulares e com isso a emissora pode ser suspensa por 10 dias.[4]

Em dezembro, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, o deputado-apresentador do programa O Povo com a Palavra, Jairzinho da Silva (PRN-MA), em tom contra Luiz Inácio Lula da Silva e a favor do Fernando Collor, insinuou que o candidato Lula era "comunista" e que gosta de "comer criancinhas": "Comunista come criancinha, sim e de preferencia os bebês, que têm carne mais mole."[5]

No dia 15 do mesmo mês, os transmissores da emissora foram lacrados por decisão do TRE local e a emissora ficou fora do ar até 18 de dezembro por abuso de campanha pró-Collor.[6]

Em 17 de julho de 1990, a emissora e órgãos de comunicações que apóiam a candidatura de João Castelo, aparecem numa área em que denunciaram o escândalo da desapropriação de 735 ha do povoado de Cumbique (25 km de São Luís), que teve a comitiva liderada pelo então ministro da Agricultura, Antonio Cabrera. Cabrera, que por sua vez, à época, era filiado ao PFL paulista, partido do rival de Castelo, o senador sarneísta Edison Lobão, mais tarde, dono da Rede Difusora.[7]

Extinção (1993)[editar]

Entre 1992 a 1993, o nome TV Ribamar não agrada a direção e proprietários da emissora, que decidem mudar nome da emissora.

Em meio à estratégica para atrair mais atenção de anunciantes e telespectadores, a emissora anuncia constantemente sobre os 10 anos da Rádio Cidade FM em 1993, que por vez anuncia que o nome da emissora de TV vai mudar.

Ao chegar o dia 8 de setembro, a emissora passa a se chamar TV Cidade, mesmo dia em que a Rádio Cidade FM completa 10 anos e os 12 anos do Canal 6. Com isso, a TV Ribamar é extinta e a direção mantém afiliação com a Bandeirantes.

Curiosidades[editar]

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  • Para colocar e manter a TV Ribamar no ar, a direção fez diversos empréstimos. Porém, nos primeiros anos, a emissora passa por problemas financeiros e não consegue sanar os seus débitos, dentre eles os empréstimos feitos em moeda japonesa (yenes), para implantação da emissora.[1]
  • Então o governador do Maranhão, Luiz Rocha recebeu a proposta do Vieira da Silva, para a compra de 50% das cotas da Rádio Ribamar Ltda. Este dinheiro foi usado para a quitação dos financiamentos feitos pelo Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Desde modo, com a entrada de Luiz Rocha como sócio na década de 80, a constituição acionária da Rádio Ribamar Ltda. ficou da seguinte forma: Raimundo Lisboa Vieira da Silva com 50% e Luiz Alves Coelho Rocha, também com 50%.[1]
  • “(...) Mas como ele era governador (Luiz Rocha), e não podia receber essas cotas, não tinha como justificar os recursos financeiros que ele teria para investimento e compra de 50% da televisão. Ele passou para um outro sócio dele em Tocantins, chamado Luis Pires (...). Aproximadamente em 1989, nós autorizamos que Luis Pires passasse 50% das cotas da empresa para a propriedade de Luiz Rocha.”, disse Marco Vieira da Silva em 2006. O fato relatado por Marco Antonio, constituiria a primeira alteração contratual.[1]
  • Curiosamente, a direção da emissora nunca deram razões pela mudança do nome TV Ribamar para TV Cidade. Talvez pelo nome, a emissora pertencesse à Familía Ribamar e não Família Vieira da Silva.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Referências retiradas abaixo:
    Amanda Lea Soares BARBOSA, Danielle Morais ALMEIDA, Lucio da Silva FARIAS, Polyanna Bittencourt CORREIA e Renato Vilar Sá PEREIRA. DE TV RIBAMAR À TV CIDADE Histórico e polêmica atual sobre sua concessão. São Luís: Universidade Federal do Maranhão-UFMA, 2006.
    Que por vez baseou buscas em outras fontes publicadas e entrevistas abaixo:
    • Marco ANTONIO. Entrevista sobre a história da TV Cidade .São Luis, 22 mar. 2006.
    • Roberto ROCHA. Entrevista sobre a disputa acionaria na TV Cidade. São Luis, 18 mar. 2006.
    • Raimundo Vieira da Silva SILVA. “Amor” “Ilusão”. São Luis, LithoGraf (gráfica), 1997.
  2. 2,0 2,1 «Maranhão ganha outro canal de TV». Folha de S. Paulo. 15 de maio de 1979. Consultado em 4 de outubro de 2014 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 «Servidores invadem a prefeitura de São Luís». Folha de S. Paulo. 1º de janeiro de 1987. Consultado em 4 de outubro de 2014 
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Do correspondente de São Luís (8 de outubro de 1989). «TRE aprecia caso da tevê». Folha de S. Paulo. Consultado em 20 de outubro de 2014  Página 6.
  5. «Contraponto (colloridos e comunistas)». Folha de S. Paulo. 12 de maio de 1990. Consultado em 20 de outubro de 2014  Página 4.
  6. «Suspensão». Folha de S. Paulo. 16 de dezembro de 1989. Consultado em 20 de outubro de 2014 
  7. Gutemberg de Souza e Ederaldo Kosa (23 de julho de 1990). «Governo ignora área destinada à reforma agrária». Folha de S. Paulo. Consultado em 20 de outubro de 2014  Página 8.


Precedido por
Emissora Inexistente
Canal 6 VHF analógico de São Luís
1981 a 1993
Sucedido por
TV Cidade


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