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Trabalhadores de plataformas digitais

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

{{#set:Bad content=Ciências sociais }} Os trabalhadores de plataformas digitais correspondem à categoria de trabalhadores que vendem sua força de trabalho[1] a empresas que operam vendas ou compras via aplicativos[2] na internet, de forma independente.

Com o desenvolvimento dos meios de produção[3] no capitalismo e o avanço do neoliberalismo as relações de trabalho sofreram mudanças radicais, uma delas é avanço das empresas digitais, sendo que estas são caracterizadas pelo não vínculo empregatício com seus trabalhadores e a falta da de uma sede fixa e a figura direta do patronato. A única relação que este trabalhador desempenha com a empresa na qual ele trabalha é o que aparece na tela de seu celular ou computador apresentando uma demanda, entrega ou busca de produtos ou pessoas.

Em diversos países, a classificação dos trabalhadores temporários ainda está sendo discutida, com as empresas classificando seus trabalhadores como “contratantes independentes”, mas os defensores do trabalho tem feito lobby[4] para que eles sejam classificados como “empregados”, e assim exige que eles recebam diversos benefícios (hora e meia para horas extras, licença por doença paga, assistência médica fornecida pelo empregador, direito de negociação e seguro-desemprego - entre outros)

Segundo plano[editar]

Desde os anos 2000, a internet vem ganhando mais força e com isso os trabalhos digitais também, principalmente com a propagação das informações e popularização dos smartphones. Porém, com as novas plataformas digitais foram criadas novas formas de empregos, com um maior nível de acessibilidade e competitividade de preços.

A definição de "trabalho" é um trabalhador em tempo integral com jornada de trabalho definida, incluindo benefícios. Contudo, essa definição começou a mudar por conta das novas tecnologias e meios de trabalhos independentes.

O mercado de trabalho digital atual[editar]

No Brasil, a porcentagem de trabalhadores informais só vem crescendo a cada ano, cresceu quase 11% desde 2016 [5]. De fato, em agosto de 2019, quase 90% dos novos ocupados entraram no mercado de trabalho pela via informal [5].

Com a pandemia do Covid-19 os trabalhos informais por meio de plataformas digitais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 68% dos trabalhadores que ficaram sem trabalho no segundo trimestre de 2020 tinham postos informais. Levantamento do mesmo instituto mostra que, até o fim de 2019, essa categoria representava 38 milhões de pessoas e, em muitos estados, o número de informais supera a barreira de 50% do total de trabalhadores [6].

Vantagens e desvantagens[editar]

Segundo alguns setores que estudam o mundo do trabalho consideram que esses trabalhadores têm maior flexibilização de horários, diminuição na quantidade de impostos pagos, autonomia variedade de tarefas e rendimentos rápidos.

No entanto, esse tipo de trabalho levantou algumas preocupações, primeiramente, conferem poucos benefícios fornecidos e proteção no local de trabalho, colocando em cheque as normas trabalhistas e os direitos conquistados pelos trabalhadores com as lutas históricas da classe.

Em segundo plano, segundo o professor Ricardo Antunes [7] [8] esse novo trabalhador está mais próximo de um desempregado do que um trabalhador empregado, justamente pelo fato de que o salário recebido é inconstante e geralmente baixo, fazendo com que o mesmo se lance a horas de trabalho desumanas para conseguir um “salário” digno. Esses mecanismos de controle podem resultar em baixos salários, isolamento social, trabalho não social e em horários irregulares, excesso de trabalho, privação de sono e exaustão.

Além disso, de acordo com um relatório de 2021 da Organização Mundial da Saúde e da Organização Internacional do Trabalho, a expansão dos trabalhadores de plataformas digitais pode ser vista como um fator significativo para o aumento das mortes de trabalhadores para aqueles que trabalham mais de 55 horas semanais.

Causas[editar]

Nas últimas décadas, a urbanização ampliou a ocorrência das atividades informais nas grandes cidades, com a grande quantidade de pessoas nas cidades a taxa de desemprego se torna alta, assim aumentando a busca por esse tipo de trabalho.

Dessa forma, é válido ressaltar outras causas que levam a população a esse tipo de trabalho [9]:

  • Crescimento urbano
  • Educação precária
  • Falta de emprego disponíveis
  • Altas taxas de juros
  • Inflação crescente


Referências

  1. Força de trabalho é a atividade que o trabalhador desempenha para transformação da natureza (categoria marxista)
  2. Ambiente virtual que pode comportar lojas, jogos, redes sociais, entre outros.
  3. Ambiente utilizado para transformação da matéria prima como mercadoria.
  4. É um novo conceito do liberalismo clássico. Sua principal característica é a defesa de maior autonomia dos cidadãos nos setores político e econômico e, logo, pouca intervenção estatal.
  5. 5,0 5,1 Rachter, Laísa (7 de novembro de 2019). «A informação do mercado de trabalho: "Economia GIG" ou precarização do trabalho? (Parte I)». Blog do IBRE 
  6. Minas, Estado de (2 de abril de 2021). «Pandemia aumenta numero de trabalhadores informais e condições precárias». Estado de Minas 
  7. É professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
  8. Peixoto, Heitor (3 de agosto de 2019). «"Uberização" do trabalho: caminhamos para a servidão, e isso ainda será um privilégio. Entrevista com Ricardo Antunes». Instituto Humanitas Unisinos 
  9. Mendonça, Gustavo. «Trabalho Informais». Mundo da Educação 


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