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Tribalismo Heathen

Fonte: EverybodyWiki Bios & Wiki

"Estandarte de Corvo", símbolo comumente usado por etenos tribais no Brasil

Etenismo tribal (do inglês Tribal Heathenry), é um movimento específico do neopaganismo germânico, com enfoque tribal, nas estruturas e relações familiares, sendo assim uma reconstrução da mentalidade e cultura pagãs germânicas dos tempos anteriores à conversão ao cristianismo, envolvendo tanto aspectos religiosos, sociais, éticos, bem como os costumes e visão de mundo destes povos tribais.[1] Muitas vezes o termo é usado como sinônimo pra Ásatrú ou Odinismo, mas todos os movimentos tiveram origens e propósitos diferentes, sendo o etenismo propriamente dito (e não usado como sinônimo para os movimentos anteriores) o mais recente destes, surgindo principalmente das ideias de Gárman Lord com o theodismo e Bil Linzie com seus artigos sobre reconstrucionismo. Na atualidade, o termo é usado para classificar diversas tradições etenas que compartilham de uma abordagem similar no trato das informações do paganismo do presente, embora se voltando a povos específicos diferentes. Entre essas tradições, as de maior destaque são Fyrnsidu, Forn Siðr, Thia Frankisk Aldsido entre outros reconstrucionismos etenos de menor destaque.

Hoje em dia o etenismo tribal é pouco conhecido no Brasil no que ele tem de particular e diferente de outros movimentos de neopaganismo ou reconstrucionismo germânico como a Ásatrú e o Odinismo. Alguns dos grupos mais conhecidos de etenismo fora do Brasil são o Hvergelmir International, sediado em Bergen, Noruega, o Lārhūs Fyrnsida, o Allodium Francorum, Ravens Knoll Kindred entre outros.

No Brasil, a mais conhecida é a Hermandad Odinista del Sagrado Fuego, curiosamente, a primeira organização etena no Brasil.

História[editar]

Em 1976 Gárman Lord fundou uma forma anglo-saxônica de etenaria mais tarde (1985), conhecida como Þéodisc Geléafa ("crença tribal" ou theodismo), inspirada por Seax Wica, mas com um ethos de precisão histórica chamado "reconstrucionismo".[2]

Em 1993, Eric e Swain Wódening eram membros da Winland Rice e foram fundadores da Wednesbury Shire. Chegando ao theodismo a partir de um alicerce na Ásatrú, os Wodenings introduziram o reconstrucionismo para os theods (tribos), bem como uma compreensão mais profunda e filosófica da tradição.[3]

Em 1994 é fundada a Sveriges Asatrosamfund, que em 2010 se tornaria a Samfundet Forn Sed Sveriges.[2]

Em 1996, Swain Wodening e Winifred Hodge fundaram o Angelseaxisce Ealdriht.[3]

Em 1997, Hoen Falker criou a Aliança da Águia Visigoda, posteriormente renomeada para Irmandade Odinista do Sagrado Fogo, uma aliança entre Brasil e México que marca a primeira organização Heathen Tribal na América Latina[4]

Eric Wodening fundou a Englatheod em 2007,[3] ano em que Bil Linzie publica "Reconstructionism's Role in Modern Heathenry".[5] A partir daí o heathenismo tribal passa a caminhar completamente de forma independente do theodismo, reforçado pela fundação do Jotun's Bane Kindred, também em 2007.[6] O Jotun's Bane é o primeiro kindred a usar o termo Tribal Heathenry para definir sua forma de religiosidade.

Em 2008 acontece a fundação do Runatýr Kindred no Canadá, o qual posteriormente daria origem a grupos baseados nele, como o Allodium Francorum.

Em 2013 no Brasil foi fundado o Guthiuda Thiudanassus uma organização Theodista focada na cultura visigothica.

Em 2014 é publicado o Odroerir: Heathen Journal com vários etenos reconstrucionistas trabalhando em conjunto. Entre um dos artigos mais interessantes ali publicados está "Reconstructionism in Modern Heathenism: An Introduction" de Joshua Rood.[7]

Em 2015 o Gutthiuda Thiudanassus forma um grupo maior juntando um Theod anglo Saxão, e assim cria a Theodismo Brasil

Em 2016 vários lares (hearths) etenos se unem no intuito de fundar uma tradição anglo-saxonista independente do theodismo, surgindo o Lārhūs Fyrnsida. Nesse mesmo ano, Erik Lacharity envia ao Vaticano a Declaração de Reversão dos francos ao paganismo, buscando assim uma religação com o passado pré-cristão, abrindo espaço para subsequente fundação do Allodium Francorum.[8]

Em 2018 o Allodium Francorum rompe abertamente qualquer associação com o theodismo.[9]

Similaridades e divergências com outros movimentos[editar]

O termo "eteno" usado para designar um praticante é comumente um termo genérico usado também por praticantes de Odinismo, Ásatrú e outras vertentes de reavivamento da religião germânica tribal. "Etenaria" ou "etenismo" também são usados de maneira ambígua dentro e fora do Brasil, por vários praticantes dessas vertentes de paganismos germânicos. Uma das diferenças básicas são o fato do etenismo tribal ser mais propriamente um retropaganismo em vez de neopaganismo: ele busca não apenas buscar aspectos imediatamente reconhecidos como "religiosos" nos povos germânicos pré-cristãos, mas entender a cultura e visão de mundo como um todo, e aplicar nos dias atuais como se ela tivesse se desenvolvido sem interferência do cristianismo.

Aparentemente isso é o objetivo de todos os movimentos neopagãos, todavia, a ênfase que praticantes de Ásatrú colocam nas divindades em detrimento de colocarem de lado o culto aos ancestrais, heróis e vættir (criaturas da terra) é uma das marcas mais claras da divergência. Não de maneira geral, uma vez que existem kindreds de praticantes de Ásatrú e Odinismo, mas o etenismo se baseia sobre ideais tribais, e não apenas individuais. O grupo tem muito mais importância que o indivíduo, como em tribos antigas. Há também uma negação firme das Nove Nobres Virtudes assumidas como uma espécie de dogma pelos praticantes de outras vertentes de neopaganismo, mas que foram só criadas no século XX por organizações odinistas. O ponto central de divergência é que o etenismo tribal enquanto tal busca fidelidade histórica sempre que isso seja possível, recorrendo ao conhecimento pessoal não verificável (da sigla UPG em inglês) somente quando impossível de se manter a precisão para com as fontes literárias e arqueológicas sobre os povos germânicos.[5]

Luta contra o Racismo[editar]

Diferente de outros movimentos que possuem uma complexa história de envolvimento com o racismo, o etenismo tribal não se foca em políticas racistas ou racialistas com origem no romantismo alemão do século XIX. Os praticantes do etenismo, por sua perspectiva tribal, rejeitam amplamente o conceito de racismo, e entendem que existem diversos casos onde pessoas não nativas eram aceitas nos grupos tribais germânicos.

Definindo "etenismo" e "eteno"[editar]

"Eteno" (Heathen) é um termo do inglês moderno que provém da palavra hǣþen no inglês antigo.[10] Etimologicamente, é proposto que as palavras para "eteno" nos vários povos germânicos (como no frísio antigo hêthin, hêthen, alto-alemão antigo heidan, nórdico antigo heiðinn, gótico *𐌷𐌰𐌹𐌸𐌽𐍃 ou haithns, atestado em gótico no feminino como 𐌷𐌰𐌹𐌸𐌽𐍉 ou haithno) tenham uma raiz comum com o termo grego ethnos.[11] Durante o período de conversão ao cristianismo todos os povos que seguiam as religiões originárias de seus povos (as quais eram comumente politeístas), isto é, todo aquele que não seguisse o cristianismo ou judaísmo eram considerados pagãos ou "etenos".[12][13][14] A ligação etimológica entre ethnos e "ética"[15] também aponta para o caráter real do etenismo, além do religioso, como os costumes ou maneira costumeira de uma tribo existir, o que compreende tanto vestimentas, crenças, ética, conceitos de justiça, folclore, etc. O etenismo entende a si mesmo como uma religião moderna, embora ela seja baseada em antigas religiões germânicas pré-cristãs.[16]

Paleopaganismo, Mesopaganismo e Neopaganismo[editar]

O cientista da religião Dannyel de Castro define da seguinte maneira o neopaganismo:

"O neopaganismo é um conjunto de expressões religiosas que se inspiram em antigas culturas do mundo, geralmente pré-cristãs ou pré-romanas. Consideram-se religiões da natureza por envolverem princípios filosóficos dotados de uma mística natural entremeada pela noção de sagrado imanente, além de realizarem celebrações e ritos religiosos que estão em sintonia com os ciclos naturais, tanto sazonais como ligados ao calendário agrícola. O quadro metaempírico de significados dessas religiões geralmente envolve a crença em diversos deuses (o politeísmo), a noção de que todas as coisas possuem alma (o animismo), além da aceitação da ideia de reencarnação da alma. Trata-se de movimentos religiosos como Ásatrú, Wicca, Druidismo, Reconstrucionismo Céltico, Rodnovery, Romuva, Hellenismo, apenas para citar alguns. Essas religiões não possuem nenhum tipo de poder centralizador nem textos sagrados que ditam normatizações".[17]

Esse movimento inicial do paganismo é comumente atribuído a Gerald Gardner, segundo Bil Linzie[5] tendo se iniciado entre as décadas 1950 e 1960 nos Estados Unidos. Várias tradições culturais como budismo, xamanismo, antiga religião dos astecas, maias, celtas, gregos e germânicos etc. inspiravam novas religiões, focadas na individualidade, e sem uma preocupação maior além disso. Segundo Bil Linzie:

"Em meados da década de 1960, no entanto, os indivíduos estavam começando a questionar a validade da Wicca e começaram a se perguntar o que as religiões tradicionais teriam parecido se tivessem ficado vivas. As antigas religiões dos celtas, gregos, egípcios, romanos, etc. e alguns dos exploradores espirituais, incluindo este autor, afastaram-se da abordagem alternativa misturada oferecida pela Wicca e começaram a se concentrar em recriar a religião de uma cultura única".[5]

Isso corresponde ao que o druidista Isaac Bonewitz[18] chama de paleo, meso e neopaganismo. Segundo ele, o paganismo antigo, antes de passar ou nunca tendo passado por uma ruptura, é melhor chamado de paleopaganismo. Nesse grupo as religiões nativas da Europa, América, África, hinduísmo e xintoísmo, por exemplo. Após a cristianização, as primeiras ondas de revivalismo ou continuação parcial das religiões paleopagãs que haviam sido extintas, é considerada por Bonewitz como mesopaganismo. Nesse grupo, segundo Bonewitz, se encontram formas de espiritualidade como rosacrucianismo, teosofia, espiritualismo, bem como formas de druidismo e paganismo nórdico influenciadas por elas, além de religiões de diáspora africana como vudu, santeria e candomblé. Bonewitz considera como neopaganismo formas de religiosidade que tem uma preocupação secular e humanista, bem como um maior interesse direto no mesopaganismo, evitando a influência de doutrinas mesopagãs em sua forma de religiosidade. Foi essa a forma mais radical do que Bonewitz chama de neopaganismo que deu origem ao reconstrucionismo. Aplicando a ideia de se reconstruir uma tradição pagã específica, surge então o theodismo. Dan O'Halloran define o theodismo, o primeiro movimento reconstrucionista da seguinte forma:

"O movimento é ao mesmo tempo um sistema cultural, religioso e social; Seu propósito é reviver não só a religião de nossos antepassados, mas também o tecido e as maneiras populares dos povos germânicos da Europa – e fazê-lo dentro de um contexto tribal. Semelhante a Ásatrú, na medida em que se baseia no complexo religioso pré-cristão germânico, o theodismo difere na sua aplicação porque, no seu núcleo, busca a retribalização. Utilizando as disciplinas de história, antropologia e estudos comparativos aplicados, é a esperança da comunidade theodista reconstruir as religiões tribais pré-cristãs do ramo germânico dos povos indo-europeus; tudo dentro do quadro cultural e ambiente comunitário de tribos antigas específicas". Por outro lado, os theodistas internamente veem a si mesmos como retropagãos (que é um sinônimo daquilo que Bonewitz chama de neopagão), uma vez que prezam pela fidelidade histórica sempre que possível em suas práticas, e consideram o neopaganismo aquilo que Bonewitz chama de mesopagão, ou seja, práticas influenciadas pelo esoterismo ocidental.[19] Na prática, a diferença entre o que Bonewitz chama de neopaganismo e o que os theodistas chama de retropaganismo está apenas nas nomenclaturas, não na postura religiosa. O etenismo tribal encaixa-se no que Bonewitz chama de neopaganismo e os theodistas de retropaganismo, enquanto tradições como a Ásatrú e Odinismo são formas do que Bonewitz chama de mesopaganismo.

Reconstrucionismo versus recriação ou reencenação histórica[editar]

Ver artigo principal: Reconstrucionismo politeísta

Por outro lado, o reconstrucionismo pagão é comumente confundido com a recriação histórica. Isso se deve ao fato de que muitos reconstrucionistas são também reenactors. Todavia, a recriação histórica é uma atividade com fins de entretenimento ou educação, voltada à recriação da cultura material de um determinado período.

"Recriacionismo histórico, ou Historical Reenactment, é uma prática educativa que tem por objetivo recriar alguns aspectos de um determinado período ou evento, havendo a possibilidade de se focar em apenas uma grande batalha, como a de Hastings, na Inglaterra, ou em um período que dure séculos, tal como alguns museus o fazem na Europa, criando um conceito dinâmico de ensino, ao invés de apenas apresentarem "resíduos" de uma época desprovidos de seus contextos [...] Um recriacionista recria uma época REAL da maneira mais fiel possível, buscando sempre evitar anacronismos e erros conceituais, o que sempre o leva a pesquisas sobre equipamentos, acessórios e vestes, os materiais usados para sua confecção, cortes e formas apropriados, funcionalidade, etc...".[20]

Já o reconstrucionismo é uma abordagem do paganismo, e não uma mera reencenação (reenactment) da cultura material religiosa. Segundo Marc Beneduci:

"O reconstrucionismo é uma metodologia. Não é uma prática religiosa por direito próprio. Não se pode ser um "reconstrucionista praticante". Não é, por falta de uma palavra melhor, uma denominação dentro do etenismo, ou Religio Roma, ou qualquer outra tradição religiosa pagã. O reconstrucionismo é uma série de atitudes em relação à interpretação empírica e factual. É a investigação dos empreendimentos acadêmicos e escolásticos, que gira em torno (mas não limitado a) estudos históricos, arqueológicos, antropológicos, literários e linguísticos, ou outros estudos acadêmicos".[21]

O objetivo principal, para a maioria dos reconstrucionistas é assim trazer o paganismo de um povo específico de volta à vida. Isso fez com que grupos dedicassem-se a grupos e tribos menores, em períodos específicos, muitas vezes, como saxões, anglo-saxões, frísios, francos, islandeses, noruegueses, suevos, visigodos entre outros povos germânicos em suas épocas pré-cristãs, entendendo que mesmo entre esses povos existem diferenças que devem ser levadas em consideração. Nas palavras de Joshua Rood: "A realidade é que a estrutura espiritual que rotulamos como "etenismo" (paganismo) é inexplicavelmente ligada à cultura e localidade a partir da qual desenvolveu-se e não pode ser separada dela. A própria ideia de que a religião e a cultura podem ser separadas é de fato, intrinsecamente "não-eteno" (não-pagã)".[7] Isso porque Rood, seguindo a abordagem reconstrucionista, considera que o paganismo historicamente era uma série de religiões étnicas (ou seja, populares, não raciais).[7] Para ele é essencial que

"A fim de reconstruir um modelo de qualquer das antigas religiões pagãs, o adepto deve investigar minuciosamente a cultura com a qual elas estão entrelaçadas. É preciso investigar a estrutura social, a linguagem, os costumes e o sistema político não para encontrar coisas para reconstruir ou formas de como fazer coisas. Estes são simplesmente a estética da visão de mundo cultural. Em vez disso, o pesquisador deve procurar entender o "porquê" que moldou esses sistemas e deve tentar compreender essa visão de mundo a partir da qual a religião investigada se desenvolveu. É a visão de mundo que formou a base da qual a prática, a ação, a crença e a tradição pagãs se desenvolveram entre os povos germânicos pré-cristãos. A visão de mundo produziu o "porquê" e é a própria visão de mundo que pretendemos reconstruir".[7]

Conceitos principais do etenismo[editar]

Embora o etenismo não tenha dogmas, existem alguns conceitos que norteiam e buscam diferenciar a mentalidade etena daquela majoritária no ocidente que a substituiu: a cristã. Os grandes conceitos que rodeiam a visão de mundo dos povos germânicos pré-cristãos são hoje alvo de análise e pesquisa para os etenos reconstrucionistas, buscando compreendê-los e aplicá-los na vida prática. Busca-se assim entender da maneira mais clara o possível a visão de mundo desses antigos povos, englobando as mais diversas crenças e o modo de se lidar com os eventos cotidianos, organização e autonomia familiar, com cada membro trabalhando pela friðr. Entre os principais desses conceitos estão: comunidade ou tribo, crença no sobrenatural; aceitação da realidade; culto aos ancestrais; crença no destino; reciprocidade e reputação.

Reconstrução de uma casa Germânica em Fyrkat.

Comunidade[editar]

A comunidade, historicamente falando, era o aspecto essencial da vida nos tempos anteriores à conversão. Analisando os primeiros habitantes germânicos da Inglaterra, o ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill nota que a "fundação do sistema germânico era o sangue e o parentesco. A família era a unidade, a tribo era o todo".[22] Isso reflete a ideia de que em qualquer comunidade etena antiga, as pessoas que estavam mais próximas e unidas pelo laço tribal, cultural, sentiam uma necessidade de mútua proteção, a qual era vantajosa para todos. A unidade básica não era o "eu" individual, mas a família, unida ao redor do fogo de um lar. Essa ideia de interrelacionade da personalidade humana, oposta ao individualismo moderno ocidental, não é estranha comparada a outros povos animistas pré-cristãos.[23] Tais ideias são bastante influentes e importantes também no paganismo atual, como destaca o eteno contemporâneo M. L. Stinson:

"Quando digo comunidade, não me refiro aos estranhos que vivem na proximidade acidental de nós. Quero dizer, as "Comunidades pagãs", incluindo vagamente os etenos, lares, kindreds e tribos individuais que nos cercam em nossa área local. Ao juntar-se a comunidade etena local e trabalhar para fazê-la crescer e fortalecer-se, todos os pagãos dessa comunidade se beneficiarão. Quando você é um grupo e não um indivíduo, sua sorte e talentos se tornam mais do que a soma de seus esforços individuais. O grupo mistura-se com Wyrd e desenvolve a sorte coletiva e Gefrain. O grupo se torna um "motor" de partes móveis trabalhando juntas para realizar algo maior que o que qualquer parte individual poderia realizar por conta própria. É apenas um fato simples que você obtenha melhores resultados de seus esforços pessoais e da prática do caminho de seu povo quando você tem um grupo ajudando e apoiando você".[24]

Ainda associado ao conceito de comunidade está a ideia de intragrupo e extragrupo (innangarðr e útangarðr em nórdico antigo, innanġeard e ūtanġeard, em inglês antigo). 'Innan’ significa ‘interior’ ou ‘dentro’, ‘ūtan’ significa ‘de fora’ ou ‘estrangeiro’ e ‘geard’ pode significar ‘quintal’, ‘habitação’, ‘tribunal’, ‘região’, ‘terra’ ou 'jardim'.[25] Grosso modo o innangarðr significa "intragrupo" ou "intratribo", e refere-se ao conjunto de pessoas que vivem sob laços de parentesco e/ou juramento. É formado pelo grupo de pessoas que reconhecem e respeitam as mesmas leis, valores e costumes, e não é apenas uma 'comunidade religiosa'. Segundo Eric Wodening:

Círculo de intragrupo e extragrupo

“A igualdade da sociedade com a lei talvez possa ser vista melhor no costume de fora-da-lei (outlawry) como um castigo para os malfeitores. Aquele que foi proscrito foi colocado fora da lei – isto é, expulso da sociedade. A frase em Inglês Antigo “butan ǣ”, que significa “fora-da-lei” (outlaw), significava literalmente “sem lei” ou “exterior à lei.” Os proscritos tinham, na melhor das hipóteses, apenas um estatuto quase-humano. Eles poderiam ser mortos com pouco medo de represálias. Eles não podiam sequer receber um enterro decente ou cremação. Eles estavam “estrangeiros à lei” e, portanto, “fora da sociedade”.[26]

Crença no sobrenatural e animismo[editar]

Também possuem grande importância para os etenos os seres sobrenaturais que os rodeiam, seja dentro do seu lar: os húsvættir ("espíritos" de casa); ou fora: os landvættir ("espíritos" da terra). O termo vættir (singular vættr, chamados de wihta, singular wiht, entre os anglo-saxões), são seres que segundo a visão animista, são percebidos habitando diversos lugares ligados a natureza como, árvores, pedras, montanhas, nascentes, entre outros. Podem ser entendidos grosseiramente como espíritos, seres ou criaturas, se dividindo em diversas categorias. Como vættir, também se enquadram as divindades, mas sendo percebidos como mais poderosos, sendo grandes portadores de mæġen.

Na homilia De Falsis Deis do arcebispo Vulfstano II de York, que viveu entre a metade final do século X e inicial do século XI, podemos ler:

Hi namon eac him ða þæt to widome, þurh deofles lare, þæt hy

wurðedon him for godas þa sunnan and ðone monan for heora scinendan

beorhtnesse and him lac þa æt nyhstan þurh deofles lare offrondon and forleton

heora Drihten þe hy gescop and geworhte. Sume men eac sædan be ðam

scinendum steorrum þæt hi godas wæron and agunnan hy weorðian georne

and sume hy gelyfdon eac on fyr for his færlicum byrne, sume eac on wæter,

and sume hy gelyfdon on ða eorðan, forðan þe heo ealle þing fedað.[27]

(Então eles também tomaram como sabedoria, através do ensino do diabo, a adoração do sol e da lua como deuses por causa de seu brilho poderoso, e eles fizeram sacrifícios a eles que não sabiam antes, mas aprenderam através do ensino do diabo e abandonaram seu senhor quem os criou e os fez. Alguns homens também disseram que as estrelas brilhantes eram deuses e começaram a crer que deuses também estavam no fogo por causa do calor repentino, alguns também acreditavam que havia deuses na água, e alguns acreditavam que deuses estavam na terra, porque ela nutre todas as coisas).

A condenação por um grande representante do credo cristão na Inglaterra do século XI de tais práticas serve como um grande indício de como a visão de mundo pagã ainda influenciava o cristianismo inicial neste país onde o paganismo primitivo foi praticado por tantas gerações, e concorda com outras proibições régias, como As Leis do Rei Canuto (cerca de 1000-1099):

“E proibimos fervorosamente todo paganismo: o paganismo é que os homens adoram ídolos; Ou seja, adoram deuses pagãos, e o Sol ou a Lua, fogo ou rios, fontes de água ou pedras, ou árvores da floresta de qualquer espécie”.

Aceitação da realidade[editar]

O etenismo é extremamente prático, voltado para a manutenção da comunidade humana, e não possui claramente definidas noções de vida após a morte. Segundo os estudos Alexandra Sanmark[28] existia a crença de que corpo e determinadas partes da hamr (que grosseiramente equivale ao conceito de alma humana) não se separavam definitivamente após a morte, permanecendo no local de sepultamento, e interagindo com a comunidade viva. Hilda Ellis Davidson[29] demonstra que haviam significativas crenças que não resumiam o pós-vida germânico tribal exclusivamente a Valhalla ou Hel. Todavia, Hel pode ser entendido mais literalmente como o próprio solo no qual os mortos são depositados e não um mundo à parte. Segundo Ellis:

“Um estudo das evidências dos costumes funerários na Escandinávia deixou-nos com a impressão de duas concepções principais preservadas na tradição literária, uma de outra vida após a destruição do corpo e a outra de uma vida após a morte na terra onde o corpo está. A partir deste ponto de partida, então podemos abordar a evidência para ideias sobre a vida futura dada nas sagas e poemas, para ver até que ponto eles irão suportar esta impressão. Uma vez que a crença em uma vida após a morte após a destruição do corpo parecia em várias das passagens que estudamos estar conectado com o culto de Othin, a primeira parte da evidência a ser examinada em detalhes é a descrição do paraíso de Odin, Valhöll, como é dado nos poemas e na Edda em Prosa de Snorri. Os problemas a considerar são, primeiro, até que ponto a ideia de um paraíso de guerreiros com eterno conflito e festejo é meramente uma concepção imaginativa dos poetas, sem qualquer significado religioso, e, em segundo lugar, até onde é possível equiparar a concepção de Valhöll na literatura com a do outro mundo além do túmulo”.[29]

Tudo isso aponta para a materialidade e importância da vida material, em oposição às aspirações por pós-vida comuns em outras religiões. O etenismo é, assim, focado na vida das pessoas, e como potencializar a friðr entre elas.

Culto aos ancestrais[editar]

Ver artigo principal: Culto dos mortos

O culto aos ancestrais era uma característica importante nas religiões nativas de muitos povos, e não era diferente no paganismo germânico antigo. Na homilia De Falsis Deis do arcebispo Vulfstano II de York, nós lemos que

Gyt ða hæþenan noldon beon gehealdene on swa feawum godum swa

hy ær hæfdan ac fengon to wurðienne æt nyhstan mistlice entas and strece

woruldmen þe mihtige wurdan on woruldafelum and egesfulle wæron þa

hwyle þe hy leofedon, and heora agenum lustum fullice fulleodan[27] .

(No entanto, os pagãos não se restringiriam a tão poucos deuses como antes, mas passaram a adorar vários gigantes e homens violentos do mundo que se tornaram poderosos nas potências mundanas e inspiravam admiração enquanto viviam, e eles seguiam seus próprios desejos).

Essa ideia em geral concorda com exposições mais tardias, presentes nas sagas nórdicas, como discutido por Hilda Ellis Davidson:

"Uma evidência mais convincente para o culto dos mortos, porém, é encontrada em outros lugares no Flateyjarbók, na história de Olaf Geirstaðaálfr. Este Olaf, pode-se notar, é o irmão de Hálfdan, o Negro. O rei Olaf tem um sonho que anuncia uma terrível praga e sua própria morte. Ele dirige seu povo, portanto, para construir um grande monte sepulcral [howe] em um promontório, no qual todo homem importante carregará meia marca de prata. Neste monte sepulcral [howe], ele diz a eles, ele mesmo será carregado quando morrer:

E eu dou esta advertência a todos vocês: não deve haver seguimento do exemplo daqueles que sacrificam a homens mortos em quem depositam sua confiança enquanto estavam vivos, porque não creio que os mortos tenham poder para ajudar. [...]

Estou com muito medo de que uma fome venha na terra depois de sermos postos em terra. E então os sacrifícios serão feitos a nós, e nós seremos transformados em trolls; e será sem culpa nossa.

Esse temor do rei era justificado, pois quando a fome seguinte veio "eles recorreram ao plano de sacrificar ao rei Olaf por abundância, e o chamaram de Geirstaðaálfr" [elfo de Geirstaðr].

Visto através dos olhos um tanto antipáticos de um escritor posterior, esta história, penso eu, estabelece um culto ativo dos mortos na Escandinávia para além de qualquer dúvida".[29]

Basicamente os familiares mortos, bem como pessoas importantes, que modificaram o curso da vida, e trouxeram benefícios para a comunidade humana enquanto vivos também são enxergados como dignos de culto, podendo os etenos engajando-se num ciclo de presentes com essas pessoas falecidas, obter ajuda em suas vidas e força. É importante notar essa relação principalmente pois as ancestrais femininas acompanhavam cada ser humano, tornando-se parte da sua hamr, sendo aí conhecidas como ættarfylgjur (seguidoras familiares), influenciando a sorte e bem-estar de cada pessoa a que elas acompanhassem ,[30] ou então responsáveis por tecer o fio do destino dos recém-nascidos de uma família.[31] É importante também destacar celebrações como o dísarblót onde as dísir ou ancestrais femininas era cultuadas entre os escandinavos.

Os montes reais de Velha Upsália na Suécia são dos séculos V e VI. Originalmente, o local tinha 2000 a 3000 túmulos, mas devido a pedreiras e agricultura apenas 250 restaram. Ali acontecia parte importante da religiosidade pagã: o culto ancestral.

O culto dos ancestrais era um elemento na cultura escandinava pré-cristã. Os antepassados eram de grande importância para a auto-imagem da família e as pessoas acreditavam que ainda eram capazes de influenciar a vida de seus descendentes a partir da terra dos mortos. O contato com eles foi visto como crucial para o bem-estar da família. Se fossem tratados da maneira ritualmente correta, poderiam dar suas bênçãos aos vivos e assegurar sua felicidade e prosperidade. Por outro lado, os mortos poderiam assombrar os vivos e trazer má fortuna se os rituais não fossem seguidos. Não está claro se os antepassados foram vistos como forças divinas em si, mas sugere-se que estavam ligados a outras forças relacionadas com a morte como os elfos.

O status do morto determinou a forma do seu túmulo e os montes tumulares foram vistos como a morada dos mortos. Eles eram lugares de poder especial que também influenciavam os objetos dentro deles. A evidência de aberturas pré-históricas em montes pode, portanto, não indicar pilhagem, mas os esforços da comunidade local para recuperar objetos sagrados do túmulo, ou para inserir ofertas. Uma vez que a escavação de um monte era uma tarefa demorada e laboriosa que não poderia ter acontecido sem ser notada, o historiador religioso Gro Steinsland e outros acham improvável que os saques de sepulturas fossem comuns nos tempos pré-históricos.

Há também vários contos e lendas mitológicas sobre a recuperação de objetos de túmulos e um relato na Ynglingasaga de ofertas a Freyr continuando através de aberturas em seu monte tumular em Uppsala.

A conexão entre os vivos e os mortos foi mantida através de rituais ligados ao local do sepultamento como sacrifício de objetos, comida e bebida. Normalmente os túmulos foram colocados perto da habitação da família e os ancestrais eram considerados como protegendo a casa e seus habitantes contra a má sorte e dando fertilidade. Assim, o culto dos ancestrais foi de importância crucial para a sobrevivência e há sinais de que ela continuou até os tempos modernos em áreas isoladas. A adoração dos ancestrais era também um elemento nas festas, onde os brindes comemorativos aos falecidos faziam parte do ritual. Também o álfablót estava intimamente ligado à família.[32]

Na atualidade[editar]

Uma característica importante dentro da ritualística reconstrucionista é o culto aos ancestrais, sendo que esse possui um dos papéis centrais. Embora não tão mencionado na nascente comunidade brasileira, possui relevância reconhecida e destaque na prática nos EUA, por exemplo.

Existe o chamado orþanc (inglês antigo: literalmente "inteligência, habilidade, entendimento"[33]) que é aquela parte do sangue de uma pessoa que ela compartilha com seus familiares, e os une em destino comum. Tal linha, segundo alguns, chega mesmo aos deuses, uma vez que o próprio deus Óðinn é reconhecido como fundador de linhagens reais.

Mas não apenas isso. Existia entre os germanos continentais, por exemplo, o culto às Matronae, o qual se assemelhava em muito ao das dísir escandinavas. Ambas seriam, essencialmente, espíritos femininos, das mulheres da tribo, família ou clã, cultuadas por sua capacidade de influenciar o destino dos descendentes vivos. Havia também o culto aos elfos, que em muitos aspectos não parece claramente separado dos ancestrais, habitando ambos montes fúnebres, em vários casos.[34]

Acompanhando a divisão proposta por M. L. Stinson,[35] ele pode ser dividido, hoje, em três abordagens complementares entre si:

Abordagem idealizada dos ancestrais[editar]

O culto geral, feito aos heróis dos germanos (para aqueles com tal ascendência), retratados em sagas e histórias míticas.

Abordagem de identidade cultural[editar]

Nessa caso, tenta-se recuperar e reviver, ou mesmo preservar as tradições do povo específico do qual se descende. Como comer comidas típicas da região de seus ancestrais, ter elementos decorativos, por exemplo, de alemães, para um descendente de alemães, ou suecos, para quem tem tal descendência.

Abordagem de ancestrais pessoais[editar]

Por último, mas não menos importante, o culto aos ancestrais dos quais se descende diretamente, através da recomposição de árvores genealógicas, preservação de memórias como músicas, escritos, ou atos dos ancestrais. Tem uma importância enorme, e visa a manutenção do elo, que, segundo muitos etenos, não se rompe entre vivos e mortos quando alguns morrem.

Mæġen[editar]

Mæġen é uma ideia central no etenismo. Segundo Eric Wodening, ela refere-se ao poder, magnitude, uma espécie de energia que permeia todas as coisas e que pode ser passada através de presentes, através de bendições reais (sendo aí chamada de spéd), mas também empregados em trabalhos de natureza mágica ou bruxaria. Nesse sentido parece se equivaler ao que Storms chama de cræft ao analisar a magia anglo-saxã.[36]

"Em inglês antigo cræft é empregada para denotar as mesmas coisas [que mana e orenda]:é poder, força, força; astúcia, conhecimento, habilidade e destreza; prescrição e solução. É usado em mais de vinte e cinco compostos: ela é bealu-cræft, dry-cræft, dwol-cræft, gealdor-cræft, leodu-cræft, todos indicando algum aspecto da magia; mas também é æ-cræft, 'conhecimento das leis'; guþ-cræft, 'poder de guerra'; læce-cræft, 'arte da medicina, receita médica'; hyge-cræft, 'conhecimento,sabedoria'."[36]

Crença no destino[editar]

A crença no destino é um assunto complexo, e tem especial importância dentro de tradições anglo-saxônicas como o Fyrnsidu. Em poemas como O Andarilho e Béowulf fica subjacente a ideia de que a ação humana está subordinada aos desígnios da Wyrd, termo que grosseiramente se traduz como "destino".[37] Wyrd, segundo Stephen Pollington aponta para a rigidez dos eventos que foram designados ao nosso redor, mas ao mesmo tempo para a necessidade de encará-los com determinação, o único destino possível diante do perigo e da ameaça, segundo a poesia anglo-saxã antiga: [38]

[...] Wyrd oft nereð

unfaégne eorl      þonne his ellen déah.

"A Wyrd, muitas vezes, salva um herói não condenado, desde que sua coragem persista"

Beowulf, linhas 572-3[39]

Reciprocidade e Ciclo de presentes[editar]

Esperava-se que senhores, chefes ou reis recompensassem seus þegnas e gesiþs com presentes pelo seu serviço, por exemplo. Os anéis são mencionados como um desses presentes, os quais os lordes costumavam dar. Assim, mesmo nos altos escalões das sociedades germânicas, ninguém estava imune à obrigação de retribuir presentes e favores.

Assim, um presente dado a um amigo e a capacidade desse amigo de retribuir poderiam, em última análise, construir alianças entre famílias e clãs, até mesmo tribos e reinos. Assegurando a proteção do friþ de um innangeard. Isso também poderia ser aplicado entre as tribos para assegurar griþ, paz ou trégua entre essas tribos. Além disso, o ciclo de presentes pode muito facilmente ser aplicado em nossas vidas diárias também, é atemporal.[40]

Reputação[editar]

A reputação intra e extra-tribal era bastante importante, e nos tempos antigos causou contendas e feudos de sangue que podiam durar por gerações.[41] Ela era a forma que a sociedade via um determinado grupo e todos dentro desse grupo eram visto de forma similar, e não individualmente.[42] A reputação também se traduz em bons atos a serem feitos para o innangeard, sendo digno de respeito e boa memória aquele que cuida ou cuidou dos seus em vida.[43]

Referências

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  2. 2,0 2,1 «A Heathen Timeline». Ásatrú & Liberdade. 16 de junho de 2017 
  3. 3,0 3,1 3,2 «Eric Wodening Biography». Magick Books Library 
  4. «A Ideologia da Irmandade Odinista do Sagrado fogo». odinismo.com. Consultado em 9 de outubro de 2017 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 Linzie, Bil (2007). «Reconstrucionism's Role in Modern Heathenry» (PDF). Consultado em 2017  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Kindred Membrers at Temple of Our Heathen Gods». heathengods.com. Consultado em 11 de maio de 2018 
  7. 7,0 7,1 7,2 7,3 «Reconstructionism in Modern Heathenism: An Introduction». Óðrœrir (em English) 
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  41. Grönbech, Vilhelm (19 de abril de 2010). Stinson, Mr Mark Ludwig, ed. The Culture of the Teutons: Volumes 1 and 2 (em English). [S.l.]: CreateSpace Independent Publishing Platform. ISBN 9781452811338 
  42. «Honra: "Não acho que a palavra significa o que você pensa que significa"». Heathenry & Liberdade. 29 de maio de 2017 
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