Valeska Zanello
Valeska Zanello | |
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Nome completo | |
Nascimento | 15 de julho de 1974 (50 anos) Brasília, Distrito Federal |
Morte | |
Nacionalidade | Brasileira |
Alma mater | Universidade de Brasília |
Ocupação | |
Instituições | Faculdade de Psicologia da Universidade de Brasília |
Campo(s) | Psicologia Filosofia Metodologia Científica Feminismo Gênero |
Valeska Maria Zanello de Loyola (Brasília, 15 de julho de 1974) é uma psicóloga, professora universitária, pesquisadora, filósofa, e escritora brasileira. Escreve livros e desenvolve projetos de pesquisa sobre gênero, saúde mental e interseccionalidades, tais como raça e etnia.
Biografia[editar]
Valeska é pós-doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho UNESP (2017), graduada em Psicologia (1997) e em Filosofia (2005), professora adjunta do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, orientadora de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura e coordenadora do grupo de pesquisa de saúde mental e gênero do CNPq. Realizou doutorado sanduíche na Université Catholique de Louvain, na Bélgica (2004).[1][2] Foi representante do Conselho Federal de Psicologia no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e no Grupo de Estudos do Aborto – (GEA) no período de 2014 a 2016, quando foi lançado o livro Aborto e (Não) Desejo de Maternidade(s): Questões para a Psicologia.[3][4] [5]
A Prateleira do Amor e dispositivos Amoroso, Materno e da Eficácia[editar]
A autora defende que, partindo de um binarismo estratégico, há caminhos privilegiados de subjetivação no tornar-se homem e mulher na cultura brasileira. A pesquisadora foi responsável pela criação do conceito de dispositivos separados por gênero em seu livro “Saúde mental, gênero e dispositivos” (2018). A saber: Dispositivo amoroso e materno para mulheres e dispositivo da eficácia para homens. O dispositivo da eficácia está baseado na virilidade laboral e sexual. Sucintamente, um “verdadeiro” homem seria um bom provedor/trabalhador e um “comedor” sexual ativo. [1] [6]
De acordo com a autora, o dispositivo amoroso aponta para a aprendizagem afetiva de certa forma de amar, em que ser escolhida (e manter-se como tal) por um homem tem um valor central em sua mulheridade. Para tanto, ela utiliza uma metáfora: a prateleira do amor. Essa prateleira é regida por um ideal estético construído no início do século XX e tem como valores: ser branca, loura, magra e jovem. O amor seria identitário para as mulheres. Quanto ao dispositivo materno, é um processo afetivo marcado pelo heterocentramento, no qual as mulheres aprendem a priorizar as demandas dos outros, em detrimento das próprias e de si mesmas. Também se relaciona com o lugar de cuidado e disponibilidade ao outro.[7]
A metáfora “prateleira do amor” gerou a publicação de livro de bolso com esse mesmo nome mas com linguagem não técnica, exemplifica os diferentes modos de amar que mulheres e homens aprendem na cultura brasileira atual. Também foi lançado livro ilustrado de tirinhas com a mesma temática chamado Dispositivo Amoroso: guia de autoconhecimento e sobrevivência para mulheres. [8][1][9]
O livro foi lançado no final de 2022 em diversas capitais Brasileiras, tais como São Paulo, Brasília e Fortaleza (entre outras) e contou com a presença de muitas leitoras para obtenção de um exemplar autografado. [10][11][12]
A autora explica que, em geral, para as mulheres, perder um homem não é simplesmente perder uma relação, é colocar em xeque o seu valor como mulher, o que afeta a sua autoestima. Muitas vezes as mulheres sofrem mesmo com a perda de um homem que não vale a pena, ao que chama de “perebado”, e isso tem a ver com a terceirização da autoestima da mulheres. Os homens lucram com isso pois as mulheres se apaixonam não pelo homem, mas pelo fato de ser escolhida. Então, é muito difícil um homem ficar sozinho, seja o “perebado” que for em qualquer esfera — caráter ou físico por exemplo. Na nossa cultura, os homens aprendem a amar muitas coisas e as mulheres aprendem a amar os homens, o que torna as relações homem-mulher muito assimétricas: as mulheres dão muito e recebem muito pouco.[13][14]
Foi uma das especialistas participantes da série Isso tem nome do Fantástico, exibido pela TV Globo em 2022, que ouviu especialistas com o intuido de explicar palavras certas para situações incomodas como forma de atalho para curar feridas, melhorar a auto estima e até denunciar um crime contra mulheres. Neles, conceitos com ghosting,mansplaining, gaslighting e etarismo foram abordados em episódios com duração de oito a dez minutos. Também foi convidada para participar do PodCast Prazer, Renata respondendo a perguntas de ouvintes sobre a dificuldade de retomar a vida afetiva após relacionamentos abusivos.[15][16]
Também propôs em março de 2023 a ideia legislativa de Criminalização da Misoginia, que seguindo a tipificação do racismo, da homofobia e da transfobia como crime, propõe que a misoginia seja incluída no grupo. a Ideia arrecadou mais de 15 mil apoios em 24 horas.[17]
Em seu movimento de fomentar o letramento de gênero às mulheres e homens brasileiros, possui mais de 214 mil seguidores no instagram, mais de 28 mil inscritos no canal do youtube e os vídeos mais populares tem mais de 45 mil visualizações, nos quais ela fornece informações úteis sobre os conceitos dispostos em seus livros e pesquisas, tais como o dispositivo amoroso e mulheres e sobre a casa dos homens. [18] [19]
Publicou dezenas de artigos, capítulos de livros e participou de centenas de congressos e eventos científicos sobre a temática saúde mental e gênero. [20] Possui 122 artigos publicados e 1693 citações de acordo com a plataforma Google Scholar. [21]
Além do reconhecimento do público em geral nos lançamentos dos livros e nas redes sociais, seu trabalho também vem sendo agraciado por premiações acadêmicas, tais como prêmio de melhor dissertação (na categoria orientadora), destaques em iniciação científica e menção honrosa, conforme descrito no currículo lates.[5]
Controvérsias[editar]
Valeska Zanello acusou o digital influencer João Luiz Marques de plágio, após mulheres notarem semelhanças entre a obra da pesquisadora e publicações e posicionamentos do influencer, que admitiu a cópia, omitindo a fonte. Para a antropóloga Débora Diniz, o ocorrido com Valeska Zanello não é atípico entre as violações de integridade acadêmica, sendo o plágio uma forma de criação de barreira às mulheres. [22][23] [24]
Reconhecimento[editar]
Prêmios |
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Livros publicados[editar]
Livros publicados – autoria exclusiva |
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Livros publicados – autoria compartilhada |
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Livros publicados como Organizadora |
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Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Rocha, Júlia (11 de janeiro de 2022). «Para conhecer: Valeska Zanello e o que não nos contam sobre amor e gênero.». UOL. Consultado em 22 de fevereiro de 2023
- ↑ «Prof. Dra. Valeska Maria Zanello de Loyola». PPGPSICC ) | Donna Sexo e Relacionamento. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Casatti, Alexandre (24 de março de 2015). «Sigilo profissional em casos de violência contra a mulher é debatido em seminário». CFP lingua=pt-BR. Consultado em 22 de fevereiro de 2023
- ↑ «Aborto e maternidade são tema de novo livro do CFP». CFP Notícias. 24 de novembro de 2016. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ 5,0 5,1 «Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Valeska Zanello)». buscatextual.cnpq.br. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Machado, Sandra (14 de março de 2018). «O sofrimento tem gênero e é feminino». Correio Braziliense. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Leal, Daniele (30 de setembro de 2022). «Não Tenho Filhos e Não Quero": Questões Subjetivas Implicadas na Opção pela Não Maternidade». Revista Psicologia e Saúde. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Barros, Jaciara (19 de outubro de 2022). «Psicóloga Valeska Zanello lança seu novo livro: "A prateleira do amor"». Portal Jaciara Barros. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Carla, Maria (7 de dezembro de 2022). «Lançamento do Livro "Dispositivo Amoroso: guia de autoconhecimento e sobrevivência para mulheres». ?SinproDF. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Melo, Maria Cristina (11 de novembro de 2022). «Livro "A prateleira do amor" é chave de compreensão para as relações amorosas». Gazeta da semana. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Psicóloga da UnB lança livro sobre a dinâmica das relações amorosas». Correio Braziliense. 3 de novembro de 2022. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Gadelha, Ana Louise (2 de fevereiro de 2023). «Valeska Zanello lança livro sobre saúde mental nesta sexta-feira, 3». O Povo. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Paludo, Letícia (12 de maio de 2022). «Valeska Zanello: "Na nossa cultura, os homens aprendem a amar muitas coisas e as mulheres aprendem a amar os homens"». GZH) | Donna Sexo e Relacionamento. Consultado em 22 de fevereiro de 2023
- ↑ Azenha, Manuela (5 de fevereiro de 2021). «"Na nossa cultura, homens aprendem a amar muitas coisas e mulheres, a amar os homens"». Globo.com – Marie Claire. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Isso Tem Nome: veja a definição dos termos mostrados no quadro». Globo.com – Fantástico. 24 de outubro de 2021. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Ceribeli, Renata (21 de agosto de 2022). «Prazer, Renata: como voltar a amar depois de um relacionamento tóxico? Com a psicóloga Valeska Zanello». Globo.com – Fantástico. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Zanello, Valeska (3 de março de 2023). «Ideia Legislativa: Criminalização da Misoginia.». Senado Federal - e-cidadania. Consultado em 3 de março de 2023
- ↑ «zanellovaleska». página pública. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Valeska Zanello». canal público. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Saúde Mental e Gênero». Saúde Mental e Gênero. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Valeska Zanello». Google Scholar. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ Botallo, Ana (12 de março de 2022). «Mulheres são apagadas na ciência com obras e ideias roubadas.». Folha de São Paulo. Consultado em 22 de fevereiro de 2023
- ↑ Souto, Luiza (4 de março de 2022). «Pesquisadora Valeska Zanello aponta plágio em post de João Marques: 'Podre'.». Universa - UOL. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Estudante assume que plagiou textos de masculinidade feitos por professora da UnB.». Correio Braziliense. 4 de março de 2022. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
Ligações externas[editar]
- TJDFT - Grupos para homens autores de violência contra as mulheres no Brasil: perspectivas e estudos teóricos [1]
- OAB - Panoramas da violência contra mulheres nas universidades brasileiras e latino-americanas [https://www.oab.org.br/publicacoes/pesquisa?termoPesquisa=panoramas#modal-publicac
- CFP - ABORTO E (NÃO) DESEJO DE MATERNIDADE(S): questões para a Psicologia [2]
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